APOSTILA TLC - (ATUALIZADA)
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 5
Propósito deste treinamento 7
LIÇÃO UM – O que é uma célula 7
Definições de uma célula 7
O que não é uma célula 8
Onde a célula se reúne 8
Superioridade do modelo de célula sobre os modelos históricos 9
Bases bíblicas para as células na igreja 10
Base bíblica - Apostólica para as células na igreja 11
Funções das células 12
Propósitos das células 13
Benefícios de pertencer a uma célula 14
Elementos humanos componentes de uma célula 15
CAPÍTULO DOIS – Elementos do código genético de uma célula 17
O que é código genético 17
Primeiro elemento: Um bom líder 17
Segundo elemento: Um bom local 21
Terceiro elemento: Uma boa atmosfera 23
Quarto elemento: Louvor e adoração ungidos 24
Quinto elemento: Revelação da Palavra 27
Sexto elemento: Visão e prática do purê de batatas 29
Sétimo elemento: Um bom enxerto para as suas células 30
LIÇÃO TRÊS – As cinco funções da célula MDA 32
Primeira função: Evangelismo e integração 32
Segunda função: Pastoreio e discipulado 35
Terceira função: comunhão 36
Quarta função: Treinamento de líderes 37
Quinta função: Crescimento e multiplicação 38
LIÇÃO QUATRO – O compartilhamento na célula 41
Oito fatores indispensáveis a todas as células 41
Orientações práticas para o compartilhamento da Palavra 43
Como preparar e comunicar o seu testemunho pessoal 45
LIÇÃO CINCO – Princípios Poderosos a serem observados pelos líderes de células 49
Entender que estamos nos preparando para colheita 49
Conhecer nosso propósito e alcançar os perdidos (EVANGELISMO) 50
Praticar a grande comissão (DISCIPULADO) 52
Levantar pais e mães espirituais 53
Características de verdadeiros pais e mães espirituais 53
Devemos ver a igreja como pessoas, não um prédio 54
Os santos são chamados para fazer o trabalho do ministério 55
Esperar e promover multiplicação espiritual 57
Ser flexível e criativo 58
Capacitar o povo de Deus 58
LIÇÃO SEIS – Atitudes funcionais para líderes vencedores 59
Bons líderes têm boas estratégias 59
Oração e liderança eficazes 60
Nada de centralização 60
O cuidado com as reuniões 61
O líder da célula – Um pastor de verdade 61
Atitudes diante do fracasso 62
Nada de independência – preste conta 62
Nunca desista de ninguém 62
Invista em relacionamentos 63
Estabeleça alvos 63
RESOLUÇÃO DE CONFLITOS NA CÉLULA 64
Quando o conflito é sadio, normalmente o alvo do conflitante é 64
Um antagonista que traz uma dinâmica errada e doentia para a célula
dever ser identificado e confrontado 64
Como confrontar com compaixão 66
Alguns princípios muitos úteis para a repreensão 66
Restauração de relacionamentos quebrados de acordo com Mateus 18 66
LIÇÃO SETE – Perfil e modelos de uma reunião de célula 69
Exemplos de outras reuniões da célula 69
Recomendações para a reunião principal da célula 69
FORMATOS SUGERIDOS PARA UMA REUNIÃO EFICIENTE
DE CÉLULAS NA VISÃO DO MDA 71
Modelo para Reunião de Jovens 73
A CONSOLIDAÇÃO FEITA NA CÉLULA 75
Passos fundamentais para a consolidação na célula 75
ENVELOPE E RELATÓRIO DA CÉLULA 76
Função estatística do envelope 76
LIÇÃO OITO – O CAMINHO DA MULTIPLICAÇÃO CELULAR SEGUNDO JESUS E O MDA 79
A prioridade da multiplicação 79
Em que temos falhado? 79
O que fez Jesus? 80
Quatro disciplinas muito claras se destacam 80
Na vida e no ministério de Cristo 80
Os auxiliares: líderes de células em potencial 82
Planejando a multiplicação da sua célula 83
Conselhos práticos para selecionar e preparar novos líderes 85
Circunstâncias especiais 87
CONCLUSÃO GERAL 88
INTRODUÇÃO
Todo líder quer que sua igreja cresça. Todo líder quer ver suas ovelhas amadurecidas e envolvidas no trabalho do Sumo Pastor Jesus, prontas a gerar filhotes, ajudar a manter a casa em ordem e trazer novas crias para o aprisco.
Mas, quantos de nós possuímos uma clara compreensão de como funcionava o cuidado dos novos crentes na igreja do primeiro século? Como vemos o trabalho dos primeiros apóstolos, e como podemos relacioná-los, e como podemos relacioná-lo à nossa prática de igreja no século XXI? Será que não existem alguns segredos práticos, óbvios, saltando das páginas do Novo Testamento - e até do antigo diante dos nossos olhos, e nós nem percebemos?
O trabalho de Jesus e dos primeiros discípulos da igreja cristã era duplo: conformá-los à imagem de Deus e enviá-los a repetir o mesmo processo de formação da vida de outros. Como aqueles que estavam experimentando a salvação sentiam a necessidade de estar com outros que também tinham sido redimidos, as casas providenciaram o espaço natural pra que as pessoas pudessem se encontrar e crescer. Nessas reuniões se vivia um compromisso como o que uma família, e elas passaram a ser a expressão visível da igreja.
Ainda hoje deve assim. As células e o discipulado pessoal funcionam em qualquer contexto ou cultura. Pela graça de Deus a igreja da Paz – seguida pelas demais igrejas e pastores que adotam o MDA – tem aprendido muitas lições úteis. Depois de muitas de notas vermelhas e regulares, decidimos fazer algumas lições de casa (a as casas), e os resultados são um ministério pujante de células e discipulado pessoal um a um. Está tudo lá, na cartilha e no Manual do Mestre Jesus. Só precisamos estudar e colocar em prática as lições. Como fizeram os primeiros alunos Pedro, João, Tiago. Como fizeram os alunos da segunda geração Paulo, Barnabé e os de terceira geração, Timóteo, Tito, Silas, Apolo e tantos outros.
Não precisamos inventar a roda. Muitos já rodaram antes de nós. Mas podemos melhorar e aperfeiçoar a roda. E graças a deus as nossas notas melhoraram, e como melhoraram! Basta olhar para os milhares de discípulos e líderes treinados em todas as nossas igrejas. Aprendemos a fechar a porta dos fundos. Estamos engajados na tarefa de ganhar multidões e cuidar bem delas, par a glória de deus.
Este manual é resultado de muita prática, muita alfabetização celular, tentativas, erros e acertos. Aqui estão também as experiência e aprendizagens de muitos outros, as quais aparecem nas referências bibliográficas finais, e a quem de antemão agradecemos. Aquilo que temos aprendido, o que estamos praticando (e que pretendemos reciclar sempre), isto que3remos compartilhar, passar adiante. Em primeiro lugar, par treinar ossos próprios líderes, e em seguida para cooperar com o Corpo de Cris to, com outros líderes, pastores e igrejas que, assim como nós, querem ver toda a terra se enchendo da glória de conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar. Pesquisamos de muitos e esperamos que muitos também possam receber de nós e aperfeiçoar esses princípios e transmiti-los mais vivos às gerações futuras.
Hoje, mais do que nunca, precisamos de líderes com a visão e o compromisso de formar outros. Apesar de muitos estarem alheios no meio das igrejas a esta realidade, já existe uma preocupação crescente no meio de todas as igrejas cristãs com os cuidados de cada membro do corpo. Alguns põem uma ênfase errada em programas e em outros números. Outros estão corretamente valorizando os indivíduos, para assim poderem desenvolver uma igreja que avança rumo à perfeição, claramente encaminhada para ser a noiva gloriosa do cordeiro. A qualidade da igreja é a soma da qualidade de suas células e de seus discípulos individuais.
Este treinamento nos convida a nos concentrarmos naquilo que Jesus se concentrou. Ainda que tenhamos que seguir todos os passos e processos que Ele experimentou para transformar homens pescadores em pescadores de homens, vale à pena todo o esforço! Nós juntos, com a ajuda Dele, também produziremos o fruto que permanece pela eternidade.
Esperamos que os princípios e instruções aqui contidos ajudem cada líder de célula, cada supervisor, cada pastor a formar vem os seus líderes de células. Lembrando que treinamento real, segundo os parâmetros do Novo Testamento, é convivência, e investimento direto e pessoal. Contudo, um treinamento objetivo e sistemático como este ajudará toda a igreja a cumprir melhor o seu papel. Ajuda a transformar não crentes em discípulos, discípulos em líderes, e líderes em reprodutores de mais líderes.
Boa leitura e boa prática!
Os autores
Propósito deste treinamento
> Levar cada membro da igreja à compreensão do que é o Projeto de Deus sobre a terra;
> Fazer cada discípulo compreender seu valor e papel dentro do plano de Deus e tornar-se, assim, um parceiro para a sua concretização;
> Desafiar Cada discípulo de Jesus e membro da igreja a discipular outros e liderar pelo menos uma célula;
> Fornecer ferramentas e subsídios para que os antigos e novos líderes de células realizem com sucesso e eficiência o seu trabalho;
> Garantir o pastoreio de todos os membros da igreja, através de muito apascentadores especialmente treinados com esta finalidade;
> Promover o sacerdócio real e o exercício dos dons por parte de todos santos.
Lição 1
O que é uma célula
A Bíblia compara a Igreja de cisto ao corpo humano, mostrando que diversos membros compõem um mesmo corpo. A célula é à base de todo o organismo, e a somatória delas é o compõe o corpo.
Assim também é com a igreja: a célula é o que chamamos de comunidade cristã de base, um grupo de pessoas que se reúne semanalmente par comunhão, adoração, edificação e evangelização. Mas, como o que compõe o corpo é a somatória de todas as células, reunimos todas as células semanalmente para uma celebração conjunto no templo.
As escrituras ordenam desenvolver relacionamentos de edificação mútua. Congregar não se resume apenas a louvor e pregação, mas também a oração e ministração uns aos outros (Hebreus 10.24,25). Cada membro do corpo de Cristo é um sacerdote e deve servir a seus irmãos no Senhor, e a célula é onde melhor este princípio pode ser praticado.
Definição de uma célula
O QUE É UMA CÉLULA? - Uma célula é um grupo constituído de seis (6) a dezesseis (16) pessoas, reunindo-se semanalmente com o objetivo de crescimento espiritual e multiplicação, aprendendo ser uma família, adorando ao Senhor e edificando uns aos outros e levando pessoas a Cristo. (Comunidade Cristã Aliança de Amor)
Uma célula é um grupo constituído de seis (6) a dezesseis (16) pessoas, reunindo-se semanalmente para aprender como tornar-se uma família, adorar o Senhor, edificar a vida espiritual uns dos outros, orar uns pelos outros e levar pessoas ao Evangelho.(Igreja da paz)
Cada célula deve ter no mínimo seis pessoas e não é ideal que ela ultrapasse o limite de dezesseis. Os grupos de Moisés eram constituídos de 10 (Êxodo 18.21) e Jesus liderou doze. Dez ou doze pessoas são o número ideal de membros uma célula. Quando atingir o limite de quinze ou dezesseis pessoas, a célula deve se multiplicar.
A célula muito maior que a sua reunião. Se a célula só existe no dia da reunião, então não é uma célula, mas um culto caseiro. A célula acontece a semana toda: no supermercado, no shopping, na caminhada, no lazer, nas casas, na escola. Sempre que os irmãos se encontram, a célula acontece. A primeira característica da célula é ser comunidade, e não o fato de existir como uma reunião.
O que não é uma célula
Grupo de oração: Normalmente esse tipo de grupo é composto de pessoas que têm a seguinte atitude: “O que esse grupo pode fazer por mim?”
Grupo de estudo bíblico: O problema deste tipo de grupo é que ele não estimula o compartilhar de necessidade e nem a verdadeira comunhão; pelo contrário. Tende a se tornar um grupo restrito e fechado, onde o incrédulo não é bem-vindo.
Grupo de discipulado: Este tipo de grupo procura um crescimento espiritual num ambiente fechado e exclusivista.
Grupo de cura interior: É um tipo de grupo que usa técnicas da psicologia para buscar cura para os seus traumas emocionais. Muitos deles são estéreis, melancólicos e introspectivos.
Grupo de apoio: Grupos assim são semelhantes a alcoólicos anônimos: as pessoas se reúne para falar de seus problemas, vez após vez, semana após semana.
Ponto de pregação: Grupos assim têm como deficiência básica o fato de não compartilharem a realidade da vida do corpo. As pessoas vêm e vão e o grupo só um ajuntamento.
Qualquer grupo com as seguintes características:
> Grupo fechado, criado só para as pessoas de um departamento da igreja;
> Qualquer grupo que não tenha a multiplicação como objetivo;
> Qualquer grupo que não se submeta à liderança geral das células;
> Qualquer grupo que seja apenas uma reunião social.
> Cuidado! Não se engane! Esses grupos acima não são células!
Onde a célula se reúne?
A maioria das células se reúne em residências. Parece que a casa, o lar, a habitação da família, tem mais afinidade com a idéia da igreja no lar do Novo Testamento.
Apesar de preferirmos residências, uma célula pode se reunir também em empresas (na hora do almoço), em escolas, em salões de festas (de condomínios) e em qualquer lugar onde haja o mínimo de silêncio e privacidade. Só não recomendamos reuniões em bares ou lugares semelhantes. Quando a célula não se reunir numa casa, o anfitrião ali será o líder ou a pessoa que serve como referência.
SUPERIORIDADE DO MODELO DECÉLULAS SOBRE OS MODELOS
HISTÓRICOS
Abordagem de determinados temas nos dois modelos | ||
TEMA | IGREJA CONVENCIONAL | IGREJA EM CÉLULAS |
PERSPECTIVA E FOCO | O Ponto é a congregação | O ponto focal é a célula |
ATIVIDADES |
Cultos litúrgicos semanais | Diariamente de uns para com os outros:comunhão e serviço |
DEVER PASTORAL |
Pregar bons sermões, fazer casamento e enterros, festas ocasionais e muitas visitas | Modelar a vida de outros crentes para que eles ministrem |
TAREFA PRÍMARIA DO LIDER | Dirigir os programas da Igreja | Equipar cada crente para que ele faça o trabalho do ministério |
ESPECTATIVA DOS MEMBROS |
Freqüência; contribuição; trabalhar em programas, assuma cargos | Ministrar aos outros; desprendimento para servir e ajudar (exercer o sacerdócio) Aprender e praticar ganhar almas e cuidar bem delas |
COMPROMETIMENTO |
Para aumentar a instituição; uniformidade, fazer sua função | Para prover o crescimento do reino de Deus. Unidade, vida no corpo de Crispo |
TAMANHO DOS GRUPOS | Grandes, genéricos e impessoais | “Comunidade Cristã Básica” |
SISTEMA DE SUPORTE |
Tem um problema? Procure o pastor. Ele resolve tudo | Os membros e líderes das células edificam uns aos outros |
PARTICIPAÇÃO DOS MEMBROS |
Pesquisas mostram que 10 a 15% dos membros fazem todo o trabalho. 25% são dizimas | Pesquisa revelam que 95% dos membros estão ministrando. 100% dizimistas fieis |
RELACIONAMENTOS |
Possibilidades remotas. Pouca transparência. Individualismo | Intima, ajudando uns aos outros. Discipulado funcionando na prática, como estivo de vida. |
PALAVRAS CHAVES | “Vá e pregue o evangelho”. “Traga pessoas” | “Venha e cresça conosco”. “Então vá e faça discípulos”. |
DISCIPULADO |
Classes, anotações. Pouca modelagem, valores não compartilhados. Informações. | Da boca o ouvido, de coração a coração, modelagem, valores pessoais compartilhados. |
EVANGELISMO |
Evangelismo pessoal, Cruzadas evangelísticas. Busca pelo “re-avivamento”. 5% ou menos, dos membros são envolvidos. | A célula é a rede de pescar muitos peixes. “Com certeza Deus está entre vocês”! Malha fina. Avivamento constante! |
LOCALIZAÇÃO |
Reuniões no edifício da igreja, às vezes longe e pouco acessível. | Centrada nas casas, próximo do membro, em local de fácil acessibilidade. |
MULTIPLICAÇÃO |
Lenta, e às vezes inexistente; quando acontece, é com pouca maturidade e consistência.
|
Rápida e equilibrada, certeira, consistente, Líderes treinados na prática: “mão na massa” |
Base bíblica para as células
- O próprio Deus é uma “célula”: Podemos dizer eu o conceito de “célula” foi introduzido logo no primeiro versículo da Bíblia, onde lemos: “No princípio criou Elohim os céus e a terra” (Gênesis 1.1). A palavra hebraica Elohim é consistentemente usada para Deus nos dezesseis primeiros capítulos de Gênesis e é, na verdade, um plural, significando mais de uma pessoa.
- Células no ministério de Jesus: Jesus ensinava no lar, ministrando para pequenos grupos de pessoas. Grande parte do Seu ministério aconteceu nas sinagogas, às vezes no templo, me muitas vezes ao ar livre, mas uma parte significativa de seu trabalho e ensinos aconteceram nos lares, com um grupos pequeno de pessoas.
> A explicação de Jesus para as parábolas do Reino era dada para o pequeno grupo de discípulos (Mateus 13.36).
> Ele estava na casa de Pedro quando curou a sua sobra (Mateus 8.14).
> Ele estava ensinando numa casa quando curou o paralítico, ao ser descido para o mio da sala na sua cama, pendurado do telhado (Marcos 2.1).
> Ele visitava a casa das pessoas para curar os doentes (Mateus 8.14).
> Entrava nas casas para ressuscitar mortos (Marcos 5.38-42).
> Para conversar, durante uma refeição, e aconselhar aqueles que queriam segui-Lo (Lucas 7.36).
> Entrava nos lares para evangelizar, falar da salvação (Zaqueu – Lucas 19).
> Entrava nos lares para discipular aqueles que criam Nele (Marta e Maria Lucas 10.38-42).
> Quando Jesus enviou os doze (Mateus 10, Marcos 6) e mais tarde quando Ele enviou os setenta e dois para ministrar (Lucas 10), Ele os enviou para as casas. Eles foram mandados de dois em dois par ministrarem num contexto de pequenos grupos, de células.
> Mesmo dentro daquele grupo Jesus tinha um grupo ainda a menor de três discípulos (Pedro, Tiago e João), que eram parte de um relacionamento mais chegado (Mateus 17.1 e 26,37).
> Os ensinos de Jesus foram dados de uma forma mais completa asse grupo de doze, e as revelações mais profundas a esse grupo de três.
> Os doze receberam Dele bem mais do que qualquer outra platéia. Eles ficaram encarregados, portanto, de passar adiante todas as coisas que Jesus ordenou.
> Entendemos, assim, que o que faz da casa uma igreja não é apenas o seu uso para as reuniões de célula, mas também o seu cotidiano.
Base bíblica - Apostólica para as células na igreja
Jesus escolheu pessoas simples e comuns para seus discípulos.
Ele se preocupou mais com disponibilidade do que com habilidade.
1 – A Igreja primitiva se reunia em pequenos grupos
v Atos 2.46-47: “E, Perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão de casa em casa, comiam com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus, caindo na graça de todo o povo... E cada dia acrescentando-lhes o Senhor os que iam sendo salvos”.
v Atos “5.43 “E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus, o Cristo”.
v Romanos 16.3-5 “Saudai a Priscila e a Áquila, meus cooperadores em Cristo Jesus, os quais pela minha vida expuseram as suas cabeças; o que não só eu lhes agradeço, mas também todas as igrejas dos gentios. Saudai também a igreja que está na casa deles. Saudai a Epêneto, meu amado, que é as primícias da Ásia para Cristo”.
v I Timóteo 3.15: “ Para que, no caso de eu tardar, saibais como de deve proceder na asa de Deus, a qual é a igreja de Deus vivo, coluna e esteio da verdade”.
v Romanos 16.1,2: “Recomendo-vos a nossa irmã Febe, que está servindo à igreja de Cencréia, para que a recebais no Senhor como convém aos santos e a ajudeis em tudo que de vós vier a precisar; porque tem sido protetora de muitos e de mim inclusive”.
v Romanos 16.3-5: “ Saudai Priscila e Áquila, meus cooperadores em Cristo Jesus, os quais pela minha vida arriscaram a sua a sua própria cabeça; e isto lhes agradeço, não somente eu, mas também todas as igrejas dos gentios: saudai igualmente a igreja que se reúne na casa deles, Saudai meu querido Epêneto, primícias da Ásia para Cristo”.
v Romanos 16.7-9: “A Saudai Andrônico e Júnias, meus parentes e companheiros de prisão, os quais são notáveis entre os apóstolos e estavam em Cristo antes de mim. Saudai Amplíato, meu dileto amigo no Senhor.Saudai Urbano, que é nosso cooperador em Cristo, e também meu amado Estáquis”.
v Romanos 16.10 “Saudai Apeles, aprovado em Cristo. Saudai os da casa de Aristóbulo”.
v Romanos 16.11 “Saudai meu parente Herodião. Saudai os da casa de Narciso, que estão no Senhor.
v Romanos 16.12,13: “Saudai Trifena e Trifosa, as quais trabalhavam no Senhor. Saudai a estimada Pérside, que também muito trabalhou no Senhor. Saudai rufo, eleito no senhor, e igualmente a sua mãe, que também tem sido mão para mim”.
v Romanos 16.14: “saudai Asincrito, Flegonte, Hermes, Pátrobas, Hermas e os irmãos que se reúnem com eles. Saudai Filólogo, Júlia, Nereu e sua irmã, Olimpas e todos os santos que se reúnem com ele”.
v Romanos 16.16: Saudai-vos uns aos outros com ósculo santo. “Toda as igrejas de Cristo vos saúdam”.
v I Coríntios 16.19 “ AS igrejas da Ásia vos saúdam”. No Senhor, muito vos saúdam Áquila Le Priscila e, Bem assim, a igreja está na casa deles”.
v Colossenses 4.15: “Saudai os irmãos de Laodicéia, e Ninfa, e à igreja que ela hospeda em sua casa”.
v Filemom 2: “Paulo, prisioneiro de Cristo Jesus, e o irmão Timóteo, ao amado filemom, também nosso colaborador, e à irmão Afia, e a Arquipo, nosso companheiro de lutas, e à igreja que está em tua casa...”
Os pequenos grupos são a força motriz da Igreja do Novo Testamento
2 – As epístolas mostram que ninguém possui todos os dons; portanto, nós dependemos uns dos outros.
v I Coríntios 12.4 “ Porque também o corpo não é um membro, mas muitos”.
v I Coríntios 12.7: “A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito para o proveito comum”.
v I Coríntios 12.12 “Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros do corpo, embora muitos, formam um só corpo, assim também é Cristo”.
v I Coríntios 12.27: “Ora, vós sois corpo de Cristo, e individualmente seus membros”.
v I Coríntios 14.26 “Que fazer, pois, irmãos? Quando vos congregais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem, língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação”.
v Hebreus 10.24-25: “...e consideremos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras, não abandonando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia”.
FUNÇÕES DAS CÉLULAS
v Informalidade – Ajuda a combater a religiosidade. E fácil cultivar uma vida cristão de aparência, mas aqueles que crescem num ambiente de informalidade assimilam pelo exemplo a importância da transparência. Num ambiente informal as pessoas estão mais abertas ao mover do Espírito e à comunhão, praticamente impossível em reunião maior.
v Amizade e Comunhão – Quando a igreja cresce, as pessoas corem o risco de se tornarem numeras e mais recebem atenção, passando a sentir solidão no maio da multidão. As células, contudo, proporcionam um ambiente de intimidade onde a amizade é desenvolvida. Ninguém vive sozinho a vida cristã; criar vínculos é imprescindível par quem quer desenvolver uma fé sadia.
v Evangelismo – Muita pessoa jamais entrará numa igreja evangélica por puro
preconceito, tradição familiar ou pela generalização da mídia para com os evangélicos. Mas a igreja não foi chamada para ser sal e luz dentro do templo, e sim lá fora onde os pecadores estão. As estatísticas indicam que a grande maioria das pessoas se converte mediante contato com amigos ou familiares.
v Crescimento Limitado – Em todo o mundo, as igrejas em células transcendem o limite físico que seus templos comportam, pois não estão limitadas às acomodações de um prédio, mas espalhadas pelas casas; além de que são facilmente adaptáveis.
v Oportunidade Ministerial – No templo, poucas pessoas chegam a ter oportunidade de exercer seu ministério, pois eles se restringem a pregação, louvor, ensino infantil e recepção. Nas células cada membro pode exercitar seus dons e ministérios. Sem este tipo de reunião será impossível um funcionar em seu lugar (dom) no corpo de Cristo.
v Pastoreio – As células que se reúnem nas cassas são um tremendo meio de acomodação e pastoreio do rebanho. Cada líder cuida bem de sua célula, pois o número de pessoas é pequeno; por sua vez os líderes também recebem cuidado pastoral de seus supervisores, que também recebem acompanhamento de seus pastores, numa verdadeira cadeia hierárquica que alivia os líderes de sobrecarga.
O PROPÓSITO DAS CÉLULAS
v Crescer em relacionamento com Deus: As células providenciam um lugar eficaz para conhecer sobre deus e crescer em relacionamento com Ele. Buscar a Jesus numa célula também nos dá a oportunidade de aprender uns com os outros.
v Desenvolver relacionamentos uns com os outros: É cada vez mais difícil em nossa sociedade as pessoas exercerem confiança uns para com os outros. As células oferecem uma oportunidade segura de formar amizades seguras e duradouras. São também ambientes ideais para que se formem as relações de discipulado um a um.
v Equipar e treinar: Todo crente é chamado como ministro de Cristo e recebe o privilégio e a responsabilidade de ministrar nos dons do Espírito (1Coríntios 12).
v Providenciar apoio a cura: Todo mundo precisa de apoio e cura em algum momento de sua vida. Todos enfrentamos emergências, doenças e crises pessoais. A célula é o melhor espaço para percebermos aqueles que estão em necessidades, carentes de amor, de apoio e de oração, e o podemos ajudá-los como um grupo de amigos.
v Providenciar cuidado pastoral adequado: é impossível par um só pastor cuidar adequadamente de mais do que 85 pessoas! As células são um lugar onde podemos conhecer outros e ao mesmo tempo ser conhecido e reconhecido. 1Pedro 5 encoraja os líderes a “pastorear o rebanho de Deus”. Na célula isto pode se feito muito bem por meio da oração, ensino bíblico, comunhão e aconselhamento.
v Fazer o que a Bíblia ensina: É através da aplicação da Palavra de Deus às nossas vidas e por meio da submissão a esta Palavra que nos tornamos lãs pessoas que deus quer. Em Mateus 7.24 lemos que Jesus diz que somos sábios se fizermos o que Ele ensinou.
v Desenvolver novos líderes: A célula é um ambiente altamente propício par o treinamento de novos líderes. Por meio das células as pessoas são discipuladas, amadurecidas e conduzidas a um papel de liderança na comunidade.
v Alcançar outros: Um foco significativo das células é alcançar outros com o evangelho e o amor de Jesus. A célula pode visitar orfanatos, hospitais, abrigo de idosos Precisou estar mais centrados nos outros do que em nós mesmos.
v Trazer pessoas a Jesus: A célula é a ferramenta primária par o evangelismo. É um lugar pouco ameaçador par uma pessoa que está buscando resposta para suas questões pessoais, a que poderá abrir-se à vontade e ser a ajudado. Todos os membros são altamente encorajados a trazer para as reuniões da célula e demais eventos de comunhão.
BENEFÍCIOS DE PERTENCER A UMA CÉLULA
v A célula agrega valor às pessoas. Assim elas deixam de ser meros espectadores, mais um na multidão, e passam a ser pessoas que têm nome, endereço, data de aniversário, necessidade pessoais compartilhadas, vínculos de amizade, etc.
v A célula aproxima as pessoas umas das outras. Tornando-as importante se levando-as a ter relacionamentos fortes e significativos dentro da igreja,experimentando o sentido da verdadeira igreja família.
v A célula facilita o atendimento às diversas necessidades espirituais e materiais de cada pessoa do grupo, pois através do líder e dos auxiliares de célula, o grupo pode facilmente cuidar bem de cada um.
v As células ajudam a descobrir e identificar os dons das pessoas. Dão oportunidades para cada pessoa participar significativamente na vida da igreja. Nem todos serão pastores ou professores na escola ministerial, mas nas células há oportunidade par que todos participem em alguma atividade importante.
v As células ajudam a alcançar pessoas que nunca iriam numa “igreja de crente”. Por preconceito ou qualquer outra razão aceitam ir e sentem muito confortáveis numa reunião de célula na casa de um amigo ou mesmo na casa de um vizinho, pois lá está a igreja reunida num ambiente totalmente informa e familiar.
v As células viabilizam a concretização do amor fraternal. Isso produz segurança para os membros, PIS cada pessoa torna-se parte da família, produzindo assim um ambiente de proteção onde cada um cuida do outro.
v Na célula não há lugar para liturgia e formalismo religioso, pois tudo e feito num ambiente espontâneo e informal. Não há espaço para shows de qualquer espécie, pois na célula o centro das atenções é somente Jesus. - as células facilitam o processo de ensino-aprendizagem. Ali todos têm a oportunidade de falar e participar durante o estudo. Diferente dos cultos decelebração, onde a participação é limitada a alguns poucos.
v As células facilitam o processo de ensino-aprendizagem. Ali todos têm a oportunidade de falar e participar durante o estudo. Diferente dos cultos de celebração, onde a participação é limitada a alguns poucos
v As células viabilizam o crescimento numérico da igreja. As pessoas estão sempre motivadas a ganhar outros para Jesus. Fazem isso convidando novas pessoas, visitando e evangelizando amigos, vizinhos, parentes, colegas do trabalho, colegas de escola, etc. Nossas células são “redes espirituais”.
v As células integram os novos decididos com maior eficácia. Ela é o melhor ambiente para cuidar dos novos convertidos, proporcionando acompanhamento e alimento necessário para o seu crescimento espiritual. Assim chamamos as células de “berçário” para os novos bebês e “celeiro” ara pôr o trigo.
v As células estendem os limites de crescimento da igreja. A estratégia das células nos liberta da idéia de que nossa “missão” acaba quando o prédio se enche, pois com células n nosso crescimento é ilimitado. O nosso lugar de reunião é a casa dos irmãos, e os cultos de celebração podem ser feitos em dia e horários diferentes no mesmo prédio.
v As células ampliam as possibilidades de engajamento de todos os membros da igreja no ministério cristão. A célula nos liberta também da idéia errada de que a obra de deus só deve ser feita por pessoas de tempo integral financiadas pela igreja. Com as células a maior parte do trabalho de aconselhamento, pastoreio, visitas, etc. é feito por voluntários, uma vez que todos somos um reino de sacerdotes.
v A célula é um dos melhores instrumentos de formação de novos líderes, com respaldo ministerial e capacidade reconhecida pelo povo. Assim, nossos líderes não são colocados nessa posição por meio de eleição, ou por ter concluído um curso de seminário ou instituto bíblico, mas por experiência e evidência do seu chamado.
v As células ajudam a fechar a porta de trás da igreja. Qual é o pastor que um dia já não perguntou a si mesmo, e a outros, o seguinte: “O que fazer para evitar a evasão de membros da minha igreja?.
v As células são ágeis instrumentos de mobilização do rebanho. Para mobilizar toda a igreja, basta dar cinco telefonemas para os líderes certos, das células.
v As células levam a presença da igreja em todas as direções geográfica da cidade. Onde tem uma célula, a igreja está presente. Expansão e saturação.
v Na célula as pessoas passam a ser conhecidas com elas realmente são. As mascaras caem. Numa igreja grande as pessoas podem ser apenas mais um na multidão, mas numa igreja em células, mais cedo ou mais tarde todas vão entrar no sistema do discipulado um a um e começar receber ajuda no nível pessoal.
v As células garante que todos serão discipulados.
v As células garante um crescimento mais saudável da Igreja, ela cresce por multiplicação e não por adição.
ELEMENTOS HUMANOS COMPONENTES DE UMA CÉLULA
Membros: Todos aqueles que se reúnem regularmente, no grupo pequeno, com a intenção de exercer as funções e princípios já estudados nesta lição, de acordo com o modelo adotado e praticado por esta igreja. Normalmente é alguém convertido e que já está sendo devidamente acompanhado por um discipulador. Se não, isso deve ser corrigido o ais rápido possível.
Anfitriões: É aquele que abre a sua casa com disposição e amor para o funcionamento da célula. Deve se hospitaleiro e receber bem os irmãos. Deve manter sempre um sorriso aberto para com todos. É possível uma casa hospedar mais de uma célula em dias diferentes da semana. Também é normal haver uma célula de adultos e outra de crianças se reunindo simultaneamente na mesma casa.
O ideal é termos grupos somente em casas onde os dois cônjuges são crentes. Entretanto, há circunstâncias onde este padrão não pode ser seguido. Existem bons grupos, que funcionam em casas onde apenas um dos cônjuges é convertido. Se o não convertido não se opõe, podemos ter uma célula saudável em sua casa.
Líder de Célula: É um membro que amadureceu, entendeu a visão e o propósito do Reino de Deus e da igreja local, e está disposto a exercer o sacerdócio em benefício dos outros irmãos. Ele doa seu tempo, dons e talentos para ver a Grande Comissão de Jesus se cumprir na sua vida, sua família, sua igreja e no mundo.
O líder de células é alguém que cumpriu com todos os requisitos para assumir tal função. Ele está avançando no Trilho de Liderança da igreja, o que significa dizer que ele tem discipulador e discípulos, e reúne-se regularmente com todos eles. Ele freqüenta o culto de Celebração e o Tadel, é dizimista fiel, tem uma família exemplar, entre outros requisitos. Mais detalhes serão abordados a fundo no decorrer deste treinamento.
Supervisores: São aqueles líderes que já multiplicaram suas células várias vezes e agora funcionam na posição de “bispos”, ajudando a garantir o bom andamento das células. Os Supervisores de setor, que cuidam de cinco ou mais células, assim como os Supervisores de Área, pastores de Distrito e Região. Bem como os Pastores de Rede, são todos supervisores, apenas com a diferença de que alguns têm responsabilidades maiores do que outros.
Pastores da Visão: É o pastor titular da igreja, o coração central onde todas as “veias” da igreja estão ligadas. A visão e a responsabilidade final das células são dele, não podendo ser transferidas ou delegadas, apenas compartilhada com todos os demais níveis acima. Se não for assim a igreja sofrerá, e não refletirá os anseios do Espírito Santos para o cuidado eficiente do rebanho.
Lição Dois
ELEMENTOS DO CÓDIGO
GENÉTICO DA CÉLULA MDA
O QUE É O CÓDIGO GENÉTICO
De forma simples, podemos dizer que genoma é o código genético do ser humano, ou seja, o conjunto dos genes humanos. No material genético podemos obter todas as informações para o desenvolvimento e funcionamento do organismo do ser humano. Este código genético está presente em cada uma das células humanas.
O código genético ou genoma é, de certa forma, a chave para todos os segredos e funcionamento da vida biológica, cuja unidade básica é a célula. A célula é constituída de moléculas, de macromoléculas que funcionam como unidades estruturais, reservatórios de energia, repositórios de informações genéticas e como moléculas especiais para controlar os processos que mantém a célula viva.
Proteínas (que estão na base do DNA) formam o principal constituinte dos organismos vivos. Suas principais funções são:
v Controlar o metabolismo e liberar energia (enzimas);
v Defender o organismo de corpos estranhos (anticorpos);
v Definir e manter a arquitetura da célula (elementos estruturais);
v Carregar e dirigir os processos químicos da célula (reguladores metabólicos).
Em outras palavras, são as células que cuidam da alimentação, das defesas, do equilíbrio, da preservação e da reprodução de todo o corpo.
Utilizando as pesquisas genéticas e exames especializados, já é possível detectar se um embrião herdou doenças graves, possibilitando um tratamento adequado desde os primeiros dias de vida. Este procedimento reduz o impacto da doença sobre o organismo, assim como suas seqüelas. Futuramente, quando forem descobertas as funções de todos os genes humanos, muitos outros benefícios virão.
Semelhante à Biologia Molecular nós podemos, pela avaliação das células e do discipulado, determinar e garantir a saúde e o equilíbrio de todo corpo, de toda a igreja.
07 ELEMENTOS DO CÓDIGO GENÉTICO DAS CÉLULAS
Primeiro Elemento: UM BOM LÍDER
A liderança, tanto na célula como na igreja, tem uma importância fundamental. Sem uma boa liderança uma célula sempre vai sofrer e estar enferma. Um bom líder ajuda o grupo a clarear seu propósito e alcançá-lo.
A AUSÊNCIA DE LIDERANÇA PARA AS CÉLULAS EM MUITAS
IGREJAS TÊM ALGUMAS RAZÕES IDENTIFICADAS:
v Problemas de passividade na igreja, por falta de uma compreensão clara da Grande Comissão de Cristo e da missão da igreja sobre a terra;
v Más experiências anteriores, onde a pessoa foi “queimada” na tentativa de ajudar a ser útil;
v Outros compromissos e interesses que não a obra de Deus;
v Falta de oportunidade para desenvolver seus dons e habilidades;
v Falta de sabedoria e tato naqueles que lhes pediram algo ou tentaram lhes delegar responsabilidades;
v Falta de discipulado e cuidado pastoral adequados;
v Falta de capacitação adequada;
v Abandono daqueles que estão no processo de crescer e ser úteis.
O QUE JESUS E ESTA IGREJA OFERECERAM PARA ALGUÉM QUE
DESEJA TORNAR-SE LÍDER DE CÉLULAS A SERVIÇO DO REINO?
v Estabilidade ministerial e cuidada individualizado;
v Oportunidade de crescer e trabalhar junto com outro, num clima de parceria e cooperação;
v Confirmação e treinamento constante para o desempenho de sua tarefa;
v Apoio constante, através do discipulado e valorização do seu potencial;
v Compromisso com o seu trabalho, desejando acima de tudo que os projetos de Deus para a sua vida sejam cumpridos plenamente.
ATITUDES ERRADAS DIANTE DA POSSIBILIDADE
DE LIDERAR UMA CÉLULA:
v “Não sou capacitado para liderar”: Devemos conhecer e utilizar os dons espirituais que Deus nos deu. Quando Deus já nos capacitou, Ele não aceita desculpas.
v “Não estou disposto a liderar”: Se Deus nos deu os dons necessários, não liderar se torna uma desobediência aberta a Deus.
v “Não estou seguro se posso fazê-lo”: Deus só nos pede que estejamos dispostos e que nos preparemos para fazê-lo debaixo do seu poder. O resto é com Ele!
v “Meu dom é outro, não esse”: liderar pelo menos uma célula e discipular pessoas não são dons ou chamado específico, mas um mandamento a ser obedecido por cada cristão. A Grande Comissão inclui fazer discípulos, batizar e ensinar, e o ambiente mais propício para estas coisas é a célula.
O LÍDER COMO SERVO
v Cuidar de uma célula requer bastante trabalho, mas ao mesmo tempo é um privilégio muito grande e traz recompensas infinitas.
v Tenha bem presente em sua mente em seu coração que você não está trabalhando para homens, mas para o Senhor.
v Não busque recompensa e reconhecimento dos homens – apesar de que isso pode e deve acontecer – mas de Deus, que sabe exatamente como satisfazer o nosso coração.
v As bênçãos do Senhor são um resultado do nosso trabalho, não um preço ou uma condição para que façamos algo para Deus.
v O Sucesso de uma célula muitas vezes depende mais do que acontece durante a semana, entre uma reunião e outra, do que daquilo que acontece durante a reunião propriamente dita.
v Os discípulos de Jesus de vez em quando disputavam entre si para ver quem era o maior, o mais importantes, e quem ocuparia as posições de destaque ao seu lado no Seu governo soberano (terreno, na mente deles).
v Na noite em que Jesus foi traído, pouco antes da Última Ceia, Ele deu-lhes a última lição: colocou-se na posição de servo e lavou-lhes os pés (João 13:1-17).
v As pessoas só vão nos respeitar como líderes quando perceberem que estamos dispostos a servir-lhes de todo o coração – lavando os seus pés.
O BOM LÍDER BUSCA SATISFAZER AS NECESSIDADES DOS
MEMBROS
v O bom líder prepara sua célula para visitar as pessoas que estão no hospital;
v Proporciona comida (cestas básicas) em tempos de crise ou enfermidades;
v Providencia todo tipo de ajuda na necessidade, com a ajuda dos irmãos da célula e da Assistência Social da igreja;
v Não empresta dinheiro: Se for possível dar, dê, mas nunca empreste (este assunto você verá depois, com mais detalhes).
O LÍDER COMO PASTOR DA CÉLULA
O líder de célula é um pastor, pois pastorear envolve 5 princípios fundamentais.
v Cuidar das ovelhas (Atos 20:28-29): O líder visita, aconselha e ora pelo rebanho doente, é responsável por cuidar da célula, como um pastor cuida do seu rebanho.
v Conhecer as ovelhas (João 10:14-15): O líder procura conhecer cada pessoa que entra no grupo. Promove encontros privados para conhecer melhor a pessoa e fazer descobertas especiais acerca dela.
v Procurar as ovelhas (Lucas 15:4): Vai atrás da ovelha que deixou de freqüentar a célula.
v Alimentar as ovelhas (Salmo 23:1-3): O encontro da célula não é um estudo bíblico, mas a Palavra de Deus sempre tem um lugar central. As reuniões são baseadas nas pregações do pastor que é feita nos finais de semana.
v Proteger as ovelhas (João 10:10; Efésios 6:12; I Pedro 5:8-9): Na igreja em células, cada 10 membros em média estão sob os cuidados e orientação de um líder (pastor da célula) e um auxiliar, que são responsáveis pela proteção do seu rebanho (Atos 20:28-31). Pessoas problemáticas são comuns em grupos pequenos e o líder da célula precisa ser diligente, cuidado para que o comportamento delas não afete negativamente o seu rebanho.
REQUISITOS DO LÍDER DE CÉLULA
v Vida espiritual exemplar: Anda em amor e santidade – fiel no seu TSD (Tempo Sozinho com Deus) – submisso a todos os seus líderes – atitude ensinável – uma pessoa quebrantada – tem uma vida de oração consistente (I Tessalonicenses 4:17; Efésios 6:18).
v Vida Familiar Sólida: Anda em amor no seu lar; está ganhando toda sua família para Jesus. Se casado, governa bem a sua família (Efésios 5:33; 6:4; I Timóteo 3:4). Se solteiro/a, tem uma vida santa e exemplar (I Tessalonicenses 4:3-7).
v Discípulo: É um seguidor obediente de Jesus, está sendo discipulado e por sua vez discípula outros (Lucas 6:40; Mateus 28:19-20).
v Freqüência Fiel aos Cultos de Celebração e ao TADEL: Os auxiliares e irmãos da célula devem ver no seu líder o maior exemplo de freqüência aos cultos, inclusive levando visitantes, e sendo exemplo de pontualidade e serviço: ajudando como conselheiro, na hora do apelo.
v Conduta Clara: Para não servir de tropeço aos outros (I Coríntios 10:31-33).
v Cheio do Espírito Santo: Os fruto do Espírito Santo aparecem em sua vida, não somente os dons (Gálatas 5:22-23).
v Bom Administrador: Dizimista, usa bem o seu tempo, dons, capacidades, bens, corpo, descanso, etc.
v Testemunha: Dá testemunho de sua fé de uma maneira clara. (Atos 1:8).
v Coração e Atitude de Pastor: Cuida de ama as pessoas (Gálatas 6:2; Rm 12:9-16).
v Cumprir com os Requisitos do Trilho de Liderança: isso inclui levar os seus discípulos e auxiliares da célula a fazer o mesmo, pois assim estará gerando novos líderes.
v Participar dos Treinamentos para Líderes de Células: Inclui, dentre outras coisas:
§ Participação Permanente no TADEL;
§ Participar do Treinamento de Discipuladores: Ide e Fazei discípulos (fundamentos);
§ Fazer o Treinamento de Líderes de Células – TLC (este curso atual);
v Ser Aprovado pela Liderança: Pelo seu discipulador, pelos seus supervisores e pastor de distrito, região ou rede (Atos 13:1-3).
RESPONSABILIDADES DO LÍDER DE CÉLULA
v Orar diariamente pelos membros de sua célula;
v Garantir que cada membro da célula está sendo bem discipulado – de preferência por alguém de dentro da própria célula;
v Pastorear os membros da célula e ajudá-los a viver uma vida cristã vitoriosa;
v Garantir que cada semana o relatório da célula (no envelope das ofertas) seja preenchido fielmente e entregue à liderança;
v Cuidar da parte do ensino da palavra de Deus na reunião da célula;
v Guiar e motivar os membros de sua célula a envolver-se na vida da célula de todas as formas possíveis (participando, opinando, trazendo pessoas novas, etc.);
v Conduzir cada membro de sua célula a traçar sua estratégia pessoal para alcançar essoas para Cristo;
v Garantir um clima de companheirismo, alegria e comunhão entre os membros;
v Distribuir tarefas e responsabilidades entre os membros, e formar novos líderes, treinando-os de acordo com os mesmos valores e princípios;
v Preparar a multiplicação, de maneira que uma nova célula seja gerada de forma natural e saudável.
O LÍDER DE CÉLULA TEM SOB SEUS CUIDADOS O QUE A IGREJA TEM DE MAIS VALIOSO: AS PESSOAS.
Segundo elemento: UM BOM LOCAL
QUANTO AO ASPECTO FÍSICO DO LOCAL
v O local de reuniões normalmente é uma casa, o lar de irmãos da igreja. Um ambiente institucional pode não ser muito propício para uma boa comunhão, a não ser que tenha aquela atmosfera agradável de casa.
v Salas de conferências ou escritórios de reuniões podem ser usados com sucesso, mas devemos ter em mente que pessoas de negócios essas salas com a realização de negócios, não com relacionamentos profundos.
v As casas, por outro lado, são associadas com famílias e amigos, e os lares são o ambiente mais apropriado para a comunhão depois da reunião.
v Evite fazer a reunião em locais de comércio, de muita circulação de pessoas passando pelo local.
v O local deve ter uma boa iluminação, nem fraca nem excessiva.
QUANTO À DISTRIBUIÇÃO DOS ASSENTOS
v Se a casa for muito grande e tiver uma grande mesa, e o grupo não for muito grande (entre 6 e 12 pessoas), pense na possibilidade de fazer a reunião ao redor de uma mesa. Este tipo de reunião produz o máximo de concentração, além de apoio para as Bíblias e outros materiais que a pessoa queira usar, até mesmo para escrever.
v Caso prefiram o método das mesas, pode ser necessário conseguir ou construir uma mesa grande, ou juntar várias mesas antes da reunião.
v A reunião pode ser feita com as pessoas sentando em sofás e poltronas. O ideal é que eles não fiquem muito longe uns dos outros, nem num formato muito quadrado ou irregular.
v Evite cadeiras de balanços ou espreguiçadeiras, pois elas podem produzir muito ruído ou fazer com que as pessoas durmam.
v As pessoas precisam estar olhando uma para as outras. O formato de igrejinha, com as pessoas olhando umas para a nuca das outras, não é recomendado.
v Use as cadeiras ou bancos em forma de círculo, quando o ambiente permite. Isto permite que todos possam se olhar de frente.
v Evite cadeiras desconfortáveis, com as pernas moles, quebradas ou rangendo. Evite também colocar pessoas “bem nutridas” em cadeiras plásticas de capacidade duvidosa.
QUANTO AO FUNCIONAMENTO FÍSICO DA REUNIÃO
v A célula ficar muito grande não é um terrível problema, pois ela logo vai se multiplicar, mas evite, a todo custo, que ela se pareça com mais um culto de celebração ou uma reunião de sócios de um clube.
v Dentro das possibilidades, o lugar das reuniões deve ser bem arejado, com uma temperatura agradável e circulação de ar. Muito calor deixa as pessoas tontas e sonolentas. Se possível, use ventiladores discretos, pouco barulhentos.
v Anfitriões e auxiliares da célula devem limpar bem o chão, varrendo, passando o pano ou aspirando, se for o caso.
v Guardem os papéis, sapatos, copos, xícaras, livros e brinquedos que às vezes se acumulam pela sala ou área de entrada.
v Antes da chegada das pessoas, coloque os sofás e cadeiras em forma de círculo. Se necessário, traga as cadeiras da sala de jantar, para que haja suficientes assentos para todo mundo.
v Deixe o círculo largo o bastante para que ninguém se sente for dele. Caso algumas pessoas faltem, vocês podem estreitar o círculo depois.
v É importante, se possível, ter uma mesinha pequena (ou outro móvel parecido) no centro ou ao lado do círculo, tipo mesinha de café.
v Desde o início da reunião já tenha um pacote de guardanapo de papel na mesinha, pois normalmente algumas pessoas precisam, para chorar ou tossir, ou os dois.
v O banheiro deve estar limpo, com papel higiênico, toalha e sabonete para as mãos bem vista.
v Desligue ou desconecte as extensões de telefone que ficarem no local onde será a reunião, assim como mantenha seu próprio telefone celular no modo silencioso ou desligado.
v Dependendo do caso e idade dos membros, mantenha uma jarra com água ao lado do círculo desde o início. Se todos gostarem, tenha café e copinhos à disposição também.
v O anfitrião ou líder não precisam providenciar o lanche toda semana; peçam aos outros membros para trazer o lanche, observando uma escala de rodízio entre os membros que podem fazê-lo.
Terceiro elemento: UMA BOA ATMOSFERA
v Todas as reuniões e atividades da célula, seja a reunião no lar ou qualquer comunhão fora, deve se constitui numa atmosfera de alegria, de fé, de amor e carinho, de intimidade e comunhão.
v A Atmosfera de alegria vai contagiar todos os presentes e os novos, pelo clima de descontração e presença de Deus, produzindo encorajamento e bem-estar.
v A atmosfera de fé atrai o sobrenatural, move a mão de Deus em favor da célula; gera-se uma expectativa de milagres, de cura, de manifestação de Deus, a ponto da vizinhança inteira ser afetada pela presença de Deus na vida daquela célula.
v A atmosfera de amor vai unir cada vez mais os membros da célula, a ponto desse amor transbordar para os de fora, que saberão que somos verdadeiramente discípulos de Jesus, e vão querer sê-lo também.
v A boa atmosfera da célula deve ser claramente perceptível pelos de fora, de maneira que possam ser atraídos para Deus, mas para nós também.
v Membros e visitantes devem sentir-se em casa. Essa atmosfera deve ser gerada pela fé, em oração, mas deve ser expressa por obras de atenção, cuidado, serviço e amor.
v Os moradores da casa, anfitriões, devem ser bons acolhedores, amigáveis, ter bom relacionamento com vizinhança, e ser os primeiros a dar as boas vindas aos visitantes, deixando-os bem à vontade.
v É recomendável ter uma garrafa de café e copinhos à disposição antes do início da reunião. O café age como estimulante e para pessoas que tiveram um dia puxado de trabalho, ele servirá para mantê-las acordadas e atentas.
v Antes que qualquer pessoa chegue, o líder e o anfitrião devem separar uns cinco minutos para eles mesmos, sentar-se no círculo e orar pela reunião, para que a bênção de Deus venha sobre todos.
v De novo, cheque a atmosfera física e espiritual de sua casa. Veja se não está muito calor, se é preciso abrir ou fechar janelas, ligar ventilador, coisas desse tipo. A iluminação deve ser adequada.
v Gatos, cachorros e outros animais domésticos devem ser postos em
outro cômodo da casa durante a reunião. Alguém pode ter medo, não gostar de animais, ter alergia ou qualquer outro sentimento, e por mais que amemos nossos bichinhos, Jesus ama muitos mais as pessoas, e nós devemos seguir os seus passos. Todos os membros da casa devem cooperar com a reunião!
v Se possível, que a reunião seja num lugar que dê para a socialização depois da reunião. Algumas células precisam mudar de lugar para lanchar, o que não é um problema em si, desde que seja nas dependências da mesma residência.
v Não é bom quando a comunhão precisa ser fora, num restaurante, lanchonete ou na casa de um vizinho. Você pode perder pessoas nessa transferência, e normalmente aqueles que se afastam nesses momentos são os que estão dando mais trabalho para ganhar e manter.
Quarto Elemento: LOUVOR E ADORAÇÃO UNGIDOS
DEFINIÇÃO DE LOUVOR
v Louvor é algo que expressamos em direção a Deus. Louvor é algo que expressamos aos sobre Deus;
v Louvor normalmente é expresso vocalmente e espiritualmente;
v Louvor sempre se relaciona com Deus e com o que Ele tem feito;
v Louvor é aclamação acompanhada de cânticos, gritos, proclamação, danças, clamor, sons instrumentais musicais e outras e outras formas;
v Louvor é honrar;
v Louvor é também um instrumento para batalha espiritual (II Crônicas 20:20-28);
DEFINIÇÃO DE ADORAÇÃO
v Adoração significa reconhecer ou valorizar, ou dar crédito a quem merece. Ex.
Reconhecer que Ele é merecedor;
v Adoração é dada a Deus...de todo o nosso ser;
v Adoração é uma expressão de amor do coração, adoração e louvor a Deus são uma atitude de reconhecimento de sua supremacia e de seu senhorio;
v Adoração é a habilidade de se expressar a Deus com todo nosso ser – corpo, alma e espírito;
v O coração em adoração é uma depuração de nosso ser, desprovido de vergonha, colocando-nos diante do Senhor em profunda devoção;
v Adoração é “amor extravagante”; é comunhão com Deus, que apenas pode ser experimentada pelos seus filhos queridos;
v Adoração normalmente é, comunhão envolvente e partilha.
EFEITOS DO PERÍODO DE LOUVOR
v Levar as pessoas para próximo de Deus. As pessoas devem estar liberadas para louvar e expressar o que está em seu coração ao Senhor;
v O período de louvor ajuda a criar um ambiente para unção do Espírito Santo e para a manifestação dos dons (2 Rs 3:15);
v Prover uma base para a ministração da Palavra;
v Ajuda a elevar o impulso espiritual das pessoas para que se possa obter uma meta espiritual.
COMO PREPARAR O TEMPO DE LOUVOR
v Canções que possam ser entoadas ao Espírito Santo e que lhe tocaram durante a semana.
v Organize, escolha as músicas de acordo com a ocasião:
· Por ordem: Louvor – altos louvores – saudação – adoração – apelo – cura – ofertas;
- Tema: Celebração? Batalha? Intercessão? Evangelístico? Cura interior? Unidade?
- Foco: A quem você está cantando? Em direção aos homens ou a Deus? Cuidado com a “progressão negativa” – quando você canta uma música de vitória e depois uma de tristeza ou derrota.
v Tempo: Planejem de antemão, entre líder da célula e ministrante do louvor, a quantidade de tempo que será usado, a menos que o Espírito Santo realmente “tome conta” do tempo e a unção role solta.
v Não devem ser músicas muito longas e de difícil compreensão, como aquelas feitas para adoradores maduros e experientes.
v Como a maioria das células não tem tocadores nem cantores experientes, use músicas de CD para os irmãos acompanharem.
v Mesmo que haja músicos e cantores experientes na célula, preferimos os CDs, pois a lógica da sabedoria aqui é não fazer na célula mãe aquilo que eles não vão poder reproduzir nas células-filhas.
v A pessoa que vai cuidar do louvor deve se preparar antes, orar, buscar direção de Deus, e ficar afinado com a seqüência das músicas no CD, para não ficar procurando na frente dos irmãos, ou tocando um pedaço da música errada e tendo que trocar ou procurar rapidamente a música certa. Isso dá impressão de desorganização.
ADORAÇÃO COM “SABEDORIA”
v O ministrador deve escolher as canções com antecedência e providenciar cópias para os demais presentes;
v Leve em conta o conhecimento que os membros já têm das músicas;
v Não gaste muito tempo falando, nem introduza toda canção que você
canta;
v Não pregue – você pode levar a distração;
v Só fale se... as pessoas não estiverem à vontade e se for necessário dar explicação para novatos ou estranhos;
v Conheça as canções que vão ser cantadas e nunca use canções se você não está familiarizado com elas – saiba bem a melodia e a letra da música;
v Se as pessoas não estão cantando, dê uma parada e ensine novamente;
v Procure conhecer bem as pessoas do grupo e descubra quais as suas canções preferidas, e surpreenda-os cantando as suas canções prediletas;
v Cante várias vezes se for necessário (leva tempo para as palavras descerem da cabeça para o coração!);
v Você não tem que cantar somente as músicas que você planejou: de repente, na hora, o Espírito Santo te leva a cantar uma música diferente...Amém!;
v Mantenha um fluxo contínuo. Não pare depois de cada canção, mas mantenha a música que flui entre canções e enquanto compartilha;
v Se estiver esperando por uma palavra profética, espere no máximo 15 a 20 segundos... caso contrário, as pessoas vagarão.
OPERAÇÃO DE DONS ESPIRITUAIS DURANTE ADORAÇÃO
v Uma palavra ou profecia pode ser manifesta durante o tempo de adoração;
v Escolha um momento e baixe a música, ponha uma música somente instrumental ou desligue-a totalmente;
v Quando o tempo chegar, faça a música tocar suavemente, e então encoraje as pessoas da célula dizendo: “Enquanto adoramos o Senhor, Ele vem e está conosco, falando aos nossos corações. Se um de vocês tem uma palavra do Senhor, compartilhe isto conosco para que possamos todos ouvir
e sermos edificados”;
v Permita que até 3 a 4 pessoas compartilhem. Num momento qualquer, quando não houver mais palavra ou profecia, o líder de adoração deve assumir. Ele também pode resumir a palavra lançada;
v Não force profecia ou palavra... você pode se equivocar e levar a reunião para baixo.
COMO ENCORAJAR CÂNTICOS ESPIRITUAIS DURANTE TEMPO DE ADORAÇÃO?
v Explique à célula o que é e por que nós cantamos um cântico novo ou uma canção no espírito;
v Mostre a eles o que a Bíblia fala sobre isto (Salmo 33.3; 40:3; 96:1);
v Explique que é uma resposta espontânea a Deus em adoração; nós não cantamos letras de canções escritas ou de melodias já conhecidas, mas do coração. Nós também podemos cantar em línguas;
v Isso exercitará nosso ser espiritual para adorar Deus no espírito. Encoraje que os participantes exercitem isto na próxima oportunidade ou em suas devocionais pessoais com Deus;
v Para encorajar a participação, sejam o Líder de Adoração e o Líder da célula os exemplos. Sejam os primeiros a começar uma canção nova ou uma canção no espírito de forma mais proeminente, ou seja, cante mais alto.
Quinto Elemento: REVELAÇÃO NA PALAVRA
PORQUE O COMPARTILHAMENTO DA PALAVRA NA CÉLULA
v Porque ela permite que Deus fale conosco através da Sua Palavra escrita;
v Porque leva os membros e visitantes à obediência à Palavra de Deus;
v Porque nos leva a uma atitude de responsabilidade e transparência;
v Porque acelera o aprendizado, que é o processo eficaz para mudança de valores.
DUPLO PROPÓSITO DO COMPARTILHAMENTO DA PALAVRA
v Permitir que Deus nos fale através de textos e exemplos – através do compartilhamento da mensagem;
v Permitir que o sistema de valores dos membros seja mudado – através da discussão das perguntas.
REVELAÇÃO PARA MINISTRAÇÃO DA PALAVRA
v A igreja pode fornecer um estudo bem elaborado, dinâmicas criativas, perguntas bem feitas, mas o rhema do alto só vem através do instrumento humano que é o facilitador da mensagem;
v A pessoa que vai facilitar o estudo deve se preparar bem, organizar o material, revisá-lo e ter o estudo bem fixo na sua mente no seu coração;
v O preparo maior é a oração e a dependência do Espírito Santo;
v É bom usar dinâmicas apropriadas; podem ser as fornecidas no estudo, ou algumas que o facilitador possa ter, e que se apliquem bem o assunto;
v A pessoa que vai facilitar a mensagem deve ter estado na igreja no domingo anterior, deve ter ouvido a mensagem e absolvido-a bem, pois quase sempre ela será o tema do estudo na célula;
v A mensagem da célula não é uma pregação, mas uma reflexão interativa, com a participação de todos, num clima descontraído e espiritual;
v Você é um facilitador – não um preletor que quer mostrar eloqüência e conhecimentos;
v Discuta a passagem bíblica – não apenas o sermão do pastor;
v Todos devem ter a chance de compartilhar, mas não precisam ser coagidos a isso: não direcione a pergunta diretamente para a pessoa, principalmente os novos;
v Use perguntas abertas, inteligentes e definidas;
v Dê a todos a chance de falar, mas tenha o controle da conversa, da discussão;
v Responda perguntas com novas perguntas, se isso puder trazer mais clareza;
v Líderes não são enciclopédias, e não precisam ter todas as respostas;
v Finalize sempre com uma ministração (oração) pelas pessoas presentes;
v Lembre-se de fazer aplicações para a realidade prática e orar;
v O estudo não deve ser longo: deve ter entre 20 e 30 minutos, 25 é ótimo.
PREPARO DA APRESENTAÇÃO
v Aprenda a preparar sua exposição o mais breve possível;
v Tente olhar o mínimo possível para a folha ou para as suas anotações;
v Você deve decorar, saber os pontos-chave da folha e da mensagem.
REVELAÇÃO PARA INICIAR A REUNIÃO
v Nunca inicie uma reunião com uma declaração negativa: desculpas, dúvidas ou confusão;
v Sempre crie uma atmosfera de expectativa, de antecipação de coisas boas;
v Fale sobre Deus e não sobre o ego – sobre você mesmo;
v Fale do poder de Deus presente para operar milagres, sinais e maravilhas;
v Fale de vitória para o momento presente e não de derrota;
v Inicie com uma frase positiva de fé que lide com o agora.
REVELAÇÃO NA PALAVRA NA HORA DA MINISTRAÇÃO
v Nem toda pregação necessariamente ministra e nem toda ministração é necessariamente uma pregação;
v Ministração é mais do que simplesmente falar, é permitir que o poder de Deus toque e mude as vidas das pessoas;
v A Ministração da Palavra é tão importante quanto à pregação, você deve sempre permitir que as pessoas sejam ministradas;
v Sinais, maravilhas e milagres são os ingredientes básicos da ministração;
v Quando impuser as mãos ou simplesmente orar pelas pessoas, você deve estar consciente de que você está mergulhando em direção à unção;
v Permita que a unção flua através de você para mudar vidas;
v Envolva a todos durante a ministração... não monopolize o momento.
Sexto Elemento: VISÃO E PRÁTICA DO PURÊ DE BATATAS
v Este tema está largamente estudado no livro “O Purê de Batatas”, lançado pela MDA Publicações (Editora Premius) – Se você ainda não o tem, adquira já o seu!;
v A visão do purê de batatas trata essencialmente de um estudo aprofundado de João 17: A Oração Sacerdotal de Jesus;
v A comparação ilustrativa é a de um purê, onde as batatas são cozidas, descascadas, amassadas, misturadas com sal, gordura e leite, e transformadas numa deliciosa massa cremosa e homogênea;
v A oração de Jesus nos mostra como um bom pastor ou líder de célula deve orar;
v Jesus ora por proteção e santificação, mas a sua maior insistência é pela unidade, comunhão entre os discípulos;
v A prática do purê de batatas enfatiza repetidamente a necessidade de toda a célula – e a igreja – serem um, para que isto sirva como um forte testemunho para o mundo que nos rodeia e assiste;
v Como resultado do purê de batatas, havia grande perseverança entre os irmãos da Igreja Primitiva (Atos 2:46);
v Como resultado do purê de batatas, os crentes primitivos experimentavam muita alegria (Atos 2:46);
v Como resultado do purê de batatas, a comunidade dos crentes primitivos vivia a simplicidade que caracteriza a toda a mensagem do Evangelho (Atos 2:46);
v Os crentes do purê de batatas original tomavam suas refeições juntos com alegria e simplicidade de coração;
v Por conta de se tornarem um, “muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos” (Atos 2:43) – o mesmo precisa acontecer hoje;
v Por conta de se tornarem um, havia constante ajuda aos necessitados, que eram atendidos em suas necessidades mais básicas (Atos 2:44-45);
v Por conta de se tornarem um, eles tinham muita alegria compartilhada, pela construção de relacionamentos fortes;
v Por conta de se tornarem um, eles atraiam novas pessoas para Jesus (Atos 2:46-47);
v Quando nos tornamos um, trazemos abundante graça sobre os cristãos, sobre a célula (Atos 4:32);
v Quando nos tornamos um, promovemos o crescimento autêntico da igreja de Jesus (Atos 5:14).
Sétimo Elemento: UM BOM ENXERTO PARA AS DUAS CÉLULAS
v Enxerto é material, ferramenta, combustível, enchimento de qualidade, normalmente para completar ou acrescentar algo semelhante ou melhor que o original, apressando o processo de frutificação;
v Para que a célula se multiplique com qualidade, o enxerto se faz com o prepara adequado dos auxiliares, deixando-os bem maduros, aptos, capazes, conhecendo profundamente o funcionamento da célula e como executar todos os demais elementos do seu DNA – código genético;
v É importante levar os auxiliares e membros para o TADEL, onde devem receber instrução e encorajamento;
v A multiplicação deve ser feita colocando liderança de qualidade nas duas células e desmembrando o povo sabiamente, para que ambas continuem mantendo o mesmo padrão de qualidade que produzirá quantidade;
v O líder mais antigo deve continuar dando apoio e atenção ao mais novo, pois os sucessos da nova célula e do novo líder são resultado do seu trabalho;
v Cada líder deve ter em mente que todos os membros de sua célula são auxiliares, pois a célula não deixa de ser um pequeno TADEL;
v Uma das principais razões da existência da célula é gerar líderes, que por sua vez gerarão outros líderes, numa cadeia dinâmica de crescimento e multiplicação de quantidade e qualidade, como fica bem claro no ministério e nos ensinos de Jesus.
POR QUE MULTIPLICAR AS CÉLULAS
v As necessidades dos crentes e incrédulos são mais completamente supridas num ambiente de grupo pequeno – um grupo muito grande descaracteriza;
v A multiplicação dá aos membros da célula maior oportunidade para ministrar aos de fora, pois novas portas são abertas e novas possibilidades são criadas;
v Em um grupo menor todos são importantes, ninguém é negligenciado;
v Porque ajuda a resolver o problema físico de espaço, do abarrotamento;
v Porque com a reunião muito grande não há muitas linhas de comunicação, e perde-se o senso de comunidade, de família;
v Porque fica difícil trazer novas pessoas fazê-las sentir-se à vontade, integrá-las bem na vida do grupo.
QUANDO A CÉLULA NÃO SE MULTIPLICA
v Pode sofrer uma séria estagnação: A célula empaca, não vai para frente nem para trás, mas vai ficando monótona, fria, corriqueira;
v Pode sofrer uma mutação: Ela começa a se transformar numa outra coisa: clube social, lanchonete, cassino, banca de estudos, “consultório profético”, etc.
v Pode sofrer uma mortificação: Quando ela não consegue mais se manter viva entra em óbito. Algumas vezes acaba-se totalmente, e outras vezes é acometida por morte cerebral: o corpo ainda está lá, mas em estado vegetativo.
PREPARATIVOS PARA UMA MULTIPLICAÇÃO ABENÇOADA
v Persista em oração diante do Senhor pelos alvos e datas estipulados;
v Continue treinando seus auxiliares;
v Desenvolva estratégias criativas e inspiradas de evangelismo;
v Alimente bem os novos convertidos, através do discipulado um a um;
v Ganhe novos membros, pelo batismo e pela transferência;
v Marque a data para multiplicação, e divulgue-a largamente;
v Fixe um endereço para a nova célula, garantindo um bom anfitrião;
v Combine os detalhes com seus supervisores e pastores;
v Organize um grande jantar de festa, para celebrar a multiplicação;
v Convide seus supervisores e pastores para a célula de multiplicação;
v Depois, é só monitorar o crescimento da nova célula, e tudo se inicia novamente, com muita alegria e mais uma porta aberta para anunciar o amor de Jesus!
Lição Três
AS CINCO FUNÇÕES DA CÉLULA MDA
Só para relembrar, como efeito de compreensão, o que é uma célula?
Uma célula é um grupo constituído de seis a dezesseis pessoas,
reunindo-se semanalmente para aprender como tornar-se uma família,
adorar o Senhor, edificar a vida espiritual uns dos outros,
orar uns pelos outros e levar pessoas ao Evangelho.
A célula tem muitas funções. Na visão do MDA, muitas funções são observadas e reconhecidas, mas, na prática operacional do dia-a-dia, destacamos cinco delas, as quais julgamos extremamente essenciais, e que englobam todas as demais.
As cinco funções são uma maneira pela qual podemos medir a temperatura e a atmosfera espiritual e social da célula, e assim garantir que ela cumpra o seu papel no Corpo de Cristo.
Primeira Função: EVANGELISMO E INTEGRAÇÃO
v Quem está cheio de Jesus vai automaticamente atrair outros para si mesmo, para a célula, para a igreja e para o Senhor Jesus. Agora, uma vez que a pessoa entregou a vida para Jesus, ela tem que ser cuidada e integrada na vida da igreja local.
v Algumas pessoas tomam uma decisão inicial por Jesus e depois não vão mais à igreja. Por quê? Porque se sentem “um peixe fora d’água”.
v Nesse sentido, a célula serve como uma ponte de integração para dentro da igreja local. Assim, a pessoa não se sentirá como “peixe fora d’água”, e sim como uma parte integral da igreja.
COMO A AMIZADE FAZ A DIFERENÇA NO EVANGELISMO
v A amizade quebra preconceitos e resistências;
v A amizade derruba barreiras das mais diversas;
v A amizade aproxima as pessoas, encurtando as diferenças;
v A amizade leva ao conhecimento de Cristo;
v A amizade é o caminho que Deus usa para atrair homens e mulheres para a salvação em Jesus;
v Precisamos ganhar as pessoas primeiro para nós, depois nós as ganhamos para Cristo.
Para conduzir pessoas a Cristo, nós ganhamos amigos, e não inimigos.
Assim, nós transformamos inimigos em amigos, amigos em irmãos,
salvos em Cristo, irmãos em discípulos, e discípulos em líderes.
O EXEMPLO DAS CRIANÇAS NAS FESTAS E LUGARES PÚBLICOS
v Em festas de aniversários, em restaurantes, nas escolas, em retiros e na própria igreja, é muito interessante ver como as crianças iniciam seus relacionamentos;
v As crianças chegam aos eventos meio tímidas, encostando-se nas paredes, agarrando as pernas dos pais e mães, mas, aos poucos, vão encontrando meios de chamar a atenção umas das outras;
v Às vezes uma puxa um brinquedo meio diferente, abre um saco de bombons, ou usa qualquer outro artifício que sirva de abertura;
v Em pouco tempo já estão correndo, subindo nos brinquedos, jogando bola juntos, nadando na piscina, etc... Muitas vezes, os adultos só se aproximam comuns dos outros em lugares públicos porque seus filhos abriram a porta primeiro;
v O mesmo princípio deve-se aplicar à igreja, às células, ao evangelismo;
v O projeto Natanael-3 é uma das estratégias mais eficientes para ganhar
amigos e conhecidos para Jesus;
v Pelo projeto Natanael você ora regularmente, durante certo período, por três pessoas específicas, até vê-las convertidas ao Senhor. Normalmente fazemos isso próximo de uma campanha, de um evento de colheita promovido pela igreja;
v Quando o Natanael se converte, passa logo a ser integrado na célula e na igreja, e a ser discipulado; quando não, ainda continuamos a orar e a investir nele, mas não com aquela concentração cerrada: colocamos outro no lugar, mas não abandonamos, apenas diminuímos a marcação colada;
O SEGREDO DA BOA INTEGRAÇÃO
v Num certo sentido, é mais importante integrar alguém na vida da igreja local do que levá-lo a tomar uma decisão pública. Por quê? Porque se ele estiver integrado na vida da igreja, ao ponto de não querer mais sair (pois tem ali preciosa amizade e relacionamentos), mais cedo ou mais tarde ele entregará a vida para Jesus, porque estará sendo constantemente exposto à Palavra de Deus e ao Espírito Santo;
v Se a pessoa somente tomar uma decisão superficial de seguir a Jesus, e não for integrada na vida da igreja local, ela se torna uma presa fácil para as mentiras do diabo;
v Uma das chaves para essa integração é o cultivo de relacionamentos de profunda amizade. Se uma pessoa se sente que ela tem amigos genuínos em um lugar, ela tende a querer continuar a freqüentar aquele lugar. Ela pensa assim: “Eu tenho relacionamentos preciosos e amizades profundas aqui, quero ficar voltando”;
v O segredo principal de cultivar essa amizade profunda é você ser cheio do amor de Jesus e assim demonstrar esse amor genuíno, dando atenção e investindo tempo na vida da pessoa que você quer ganhar para Jesus.
v Uma das maneiras poderosas de cultivar essa amizade profunda é através de eventos sociais, oficiais e extra-oficiais, realizados pelos irmãos da célula. Esses eventos incluem café da manhã, retiros, piqueniques, almoços, jantares, aniversários, chás de bebês, chás de casamento, vigílias de oração, atividades esportivas e de recreação, etc.;
v Lembre-se: uma amizade profunda não é cultivada com uma conversa superficial de cinco, dez ou até mesmo vinte minutos. É necessário investir tempo para ouvir o coração da pessoa e assim integrá-la na vida da igreja.
A IMPORTÊNCIA DOS GRUPOS DE EVANGELISMOS (GE’s)
v Um GE (Grupo de Evangelismo) é uma reunião periódica, programada, predefinida,
objetivando levar pessoas a Cristo de maneira informal e espontânea;
v O GE pode ter duas (02) pessoas ou vinte (20), ou mais, contanto que exista uma definição de tempo e atividades;
v Qualquer cristão maduro, comprometido com Jesus e com a sua igreja, e com a devida bênção de seu discipulador e liderança de célula, pode começar um GE;
v O GE acontece em lugar e horário pré-definidos e têm inicio e fim programado, pois o objetivo é ganhar pessoas para Jesus;
v Os GE’s são mais breves e informais que o culto de celebração e a célula;
v Os GE’s ajudam a criar vínculos de amizade e gerar fome e sede pela salvação em Cristo;
v GE’s são um ambiente menos eclesiástico e litúrgico, deixando a pessoa desarmada e mais à vontade para questionar e se expor à Palavra;
v As pessoas do GE que forem se convertendo aos poucos, podem ser inseridas numa célula – a célula onde congrega o líder daquele GE;
v Diferentemente da multiplicação, o GE é outra excelente ferramenta para dar origem a novas células;
v Quando muitas pessoas se convertem ao mesmo tempo, e aquele líder de GE preenche os demais requisitos para tornar-se líder de célula, o GE pode converter-se automaticamente numa célula;
v Se depois de determinado tempo elas não se converteram, não faz sentido continuar evangelizando indefinidamente. Continue dando atenção para aquela pessoa, mas não de uma maneira tão sistemática e insistente – procure formar novos GE’s, com pessoas mais abertas e responsivas.
COMO GARANTIR UMA BOA INTEGRAÇÃO
v Se o contato da pessoa com as reuniões da igreja começou pela célula, a integração deve ter início ali mesmo, na célula, como os irmãos sendo amorosos e atenciosos com aquele ou aquela visitante;
v Se o contato for direto com a celebração de domingo, o acolhimento e as pessoas que o levaram – que o conhecem, ou que estejam por perto na igreja – devem dispensar-lhe toda atenção e cuidado;
v Logo após a conversão, o novo decidido deve receber uma fonovisita em 24horas , para dar-lhe as boas vindas à família, e a marcação de uma vista pessoal.
v Ainda na primeira semana da conversão ele deve ser inserido numa célula, se ainda não estiver, e começar o Acompanhamento inicial – discipulado um a um;
v Membros ativos e frutíferos foram conquistados porque as pessoas se interessaram por elas;
v Membros ativos e frutíferos foram conquistados porque foram convidados para almoçar ou fazer outras refeições nas casas dos líderes ou de outros membros mais antigos;
v Membros ativos e frutíferos foram conquistados porque as pessoas da célula e da igreja se preocuparam com suas famílias;
v Membros ativos e frutíferos foram conquistados porque sentiram que as pessoas demonstraram genuíno interesse por eles;
v Quando as pessoas são amadas e valorizadas, suas mentes e seus corações se abrem para aquilo que temos a dizer.
Segunda Função: PARTOREIO E DISCIPULADO
v Como podemos cuidar bem de cada pessoa? Como garantir que as necessidades espirituais básicas da pessoa serão supridas, seus questionamentos respondidos e seu crescimento contínuo assegurado?
v A principal função do pastor não é cuidar das ovelhas; sua função prioritária deve ser preparar os santos para que eles aprendam a cuidar pessoalmente das ovelhas;
v Nossos líderes de células são verdadeiros heróis, pois são eles que pastoreiam as ovelhas no dia a dia das células, formando uma grande equipe pastoral com o pastor titular e todos os demais líderes da igreja;
v Deus tem gerado no interior das ovelhas esse coração de pastor, de maneira que eles desejam ser líderes de células e apascentar outros;
v É muito gratificante saber que, ao mesmo tempo em que sou discípulo de Jesus, sou também cooperador Dele como pastor, equipando os outros irmãos para que cada um cuide daqueles que o Senhor lhe confiou;
v A palavra “pastor” vem de uma raiz que significa “proteger”, da qual nós temos o termo “pastor de ovelhas”. O termo grego é poimhn = poimén, e significa “aquele que apascenta como um pastor, pastor, cuidador de ovelhas”;
v Na função de um pastor/líder está incluído nutrir, ensinar e cuidar das necessidades espirituais do corpo;
v O líder pessoalmente não é obrigado discipular todo mundo, cuidar de todos sozinho, pois ele, com certeza, não dará conta de tão grande tarefa;
v Como a pessoa deve ser bem cuidada através da célula, cada líder de célula deve providenciar um discipulador que vai ajudar o novo membro nesse processo de integração e crescimento;
v Os outros discípulos na célula são auxiliares que devem estar revestidos do mesmo espírito de amor, cuidado e visão correta das prioridades de Deus, e assim ajudarão a manter esse padrão de cuidado e integração;
v Temos que cuidar bem das pessoas que Deus nos dá porque Ele nos pedirá contas por cada um daqueles que um dia foi entregue aos nossos cuidados;
v O bom pastoreio e discipulado de todos os membros da célula é uma das condições para nosso crescimento futuro: se formos fiéis no pouco, Deus nos colocará sobre o muito.
OUTRAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O DISCIPULADO UM A UM
v Discipulado pessoal é uma prioridade crucial, ética e estratégica para o desenvolvimento da igreja toda;
v Os dois são discípulos de Jesus, e discipulado é ajudar outro crente a se tornar um melhor discípulo de Jesus;
v Discipular exige estar na mesma célula juntos (especialmente nos estágios iniciais), e juntos crescer em serviço a Deus e ao próximo;
v Devemos orar regularmente por crentes famintos de discipulado, e que por sua vez vão querer reproduzir isto na vida de outros;
v Nossos discípulos precisam ter fome e sede da Palavra de Deus, e precisam igualmente encontra em nós canais competentes por onde flui a vida e a Palavra de Deus para alimentá-los;
v Nossos discípulos precisam falar de Cristo com toda intrepidez e ousadia, e ao mesmo tempo servir aos outros cristãos com alegria e abnegação.
v Nossos discípulos precisam dar passos assustadores de fé, bem como achar tempo para crescer.
Terceira Função: COMUNHÃO
v A verdadeira comunhão bíblica acontece em um contexto onde cristãos verdadeiros estão buscando intimidade com Deus e relacionamentos sadios uns com os outros (Atos 2:46-47).
v A VISÃO DO PURÊ DE BATATAS é a grande ferramenta da comunhão bíblica;
v O livro “O Purê de Batatas” oferece uma compreensão ampla para todos que querem cuidar daqueles que se achegam à sua célula ou à igreja;
v Comunhão vem do grego, cuja palavra original é Koinonia (Koinwnia): o ideal de vida cristã que deve ser experimentado por todas as famílias, todas as células, toda igreja;
v Uma atmosfera de união deve permear a vida do grupo continuamente, mesmo nos momentos em que as pessoas não estão juntas fisicamente;
v A verdadeira unidade é tão preciosa que deve ser vivenciada sete dias por semana, vinte quatro horas por dia, o mês inteiro, o ano inteiro;
v A célula verdadeira não faz fofoca quando expõe um problema: eles oram e amam uns aos outros;
v A comunhão na célula evita que ela se torne uma “panelinha”, mas seja um lugar de amor e carinho, como na igreja de Jerusalém, onde “...todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum” (Atos 2:44).
MANEIRAS DE FORTALECER A COMUNHÃO NA CÉLULA
v Pela realização de atividades de lazer e recreação juntos, como ir à praia, jogar bola, ir ao cinema, fazer caminhadas e passeios ecológicos, etc.;
v Pelo estímulo do crescimento espiritual uns dos outros, encorajando-os a vivenciar as atmosferas de amor, alegria e fé;
v Pelo evangelismo de qualidade juntos, onde podem compartilhar a alegria de ganhar novas pessoas para Jesus e cuidar delas juntos;
v Pelo conforto amoroso sincero, quando há atritos e desavenças entre os membros, de maneira que o amor é reavivado e a confiança restaurada.
Quarta Função: TREINAMENTO DE LÍDERES
v Uma igreja baseada em células sempre produz muitos líderes de qualidade, e essa reprodução acontece no contexto da célula;
v Para alguém se tornar perito em qualquer coisa que fizer na vida, ele terá que aprender aquilo pela prática, não somente pela teoria;
v Nenhum líder é perfeito, por isso não podemos colocar expectativas tão altas que ninguém preencha os requisitos, mas devemos procurar líderes que sejam fiéis, disponíveis e ensináveis;
v Um pedreiro não aprende a construir belas casas apenas fazendo um curso numa sala de aula: ao contrário, ele anda com pedreiros, trabalha como ajudante de pedreiro e logo já começa a erguer suas próprias paredes.
v Semelhante ao treinamento de pedreiro, o campo de estágio onde os líderes de células são treinados é o contexto da própria célula – que será enriquecido com a oferta de cursos e treinamentos diversos;
v Esta igreja tem um gráfico bem definido chamado Trilho de Liderança, onde estão bem delineados todos os passos que alguém percorre, desde o momento em que se converte, até tornar-se um líder;
v Temos uma grande riqueza de acompanhamento, tanto no discipulado como na sala de aula, a fim de preparar as pessoas para serem cristãos fortes e habilitados para toda boa obra;
v Uma das principais armas para o treinamento eficaz de líderes de células bem sucedidos é a freqüência assídua ao Treinamento Avançado de Líderes – TADEL, as terças e domingos;
v Muito mais sobre o Treinamento de líderes da Igreja da Paz pode ser encontrado nos cursos da Escola Ministerial da Paz – EMP e nos treinamentos contínuos do TADEL;
v O líder de célula deve mobilizar todos os seus membros a freqüentarem oTADEL e o Curso de Fundamentos (Nova Criatura + Curso de Membresia +Família Cristã + ide e Fazei Discípulos);
v Outra exigência bem destacada para liderar uma célula é ter feito este curso que ora ministramos: Treinamento de Líderes de Células – TLC.
Quinta Função: CRESCIMENTO E MULTIPLICAÇÃO
O PRINCÍPIO DA MULTIPLICAÇÃO
v Multiplicação é uma das leis fundamentais do universo: galáxias, animais, plantas, tudo se multiplica;
v O primeiro mandamento de Deus ao homem, no Éden, foi para crescer e multiplicar-se (Gênesis 1:28);
v Há custos envolvidos na multiplicação: mais trabalho, mais problemas, porém mais frutos, mais retorno, mais alegria.
ILUSTRAÇÕES BÍBLICA DE MULTIPLICAÇÃO
v Jacó teve 12 filhos. A bíblia diz que eles se multiplicaram e encheram a terra do Egito: “mas os filhos de Israel foram fecundos, e aumentaram muito, e se multiplicaram, e grandemente se fortaleceram, de maneira que a terra se encheu deles” (Êxodo 1:7);
v Jesus escolheu 12 discípulos. Hoje, todos nós cristãos somos resultado da multiplicação desses homens;
v Jesus transformou a água em vinho numa casa, num casamento – significa alegria, presença do Espírito Santo, provisão divina (João 2:1-11);
v Jesus multiplicou pães e peixes, e seus discípulos os distribuíram para o povo, significa a nossa participação – junto com Ele – na alimentação das multidões famintas (João 6:1-15);
v A visão e o método de Deus no Novo Testamento para realizar o trabalho é a multiplicação;
v Discipulado não é a visão e o ministério de qualquer igreja ou organização em particular; discipulado é a visão e o ministério de Deus.
CONSIDERAÇÕES SOBRE A MULTIPLICAÇÃO
v As células não se dividem, elas se multiplicam em unidades “gêmeas” com as
mesmas características, mesmo código genético;
v As células eclesiásticas funcionam como as autênticas células do corpo humano, onde a vida da igreja local se encontra sintetizada em todos os seus variados aspectos como adoração, intercessão, evangelismo, crescimento espiritual, assistência social, etc.;
v Para garantir a qualidade da célula, ela não deve ficar muito grande, para que haja sempre uma atmosfera de família, de intimidade, de compartilhamento;
v As células crescem até o ponto de saturação, quando elas necessariamente se multiplicam, e assim surgem novas estruturas orgânicas, as células “filhas” e “netas”, que por sua vez se tornarão “mães” e “avós”, indefinidamente;
v As células se multiplicam em intimidade com Deus, levando todos a serem íntimos com Jesus, de uma forma cada vez mais crescente, e reproduzindo essa fome de Deus na vida dos discípulos;
v As células se multiplicam em comunhão, levando todos a crescerem na expressão horizontal da unidade do corpo de Cristo, e reproduzindo isto na vida de mais e mais cristãos;
v As células se multiplicam em novos membros para o grupo, crescendo e multiplicando o número de discípulos, e reproduzindo este alvo para que haja mais “discípulos fazedores de discípulos”.
QUALIDADE É A CHAVE PARA A MULTIPLICAÇÃO
v O treinamento de líderes deve ser contínuo e profundo, preparando outros para reproduzir aquilo que nós fazemos;
v Se não multiplicarmos espiritualidade, estaremos perdendo metade dos nossos resultados;
v Em todo o contexto do Novo Testamento vemos o discipulado centrado no indivíduo, não em programas;
v O discipulado não é uma reunião, um evento, mas um processo artesanal, individualizado: reunião um a um;
v Discipular não é um dom dado apenas para alguns escolhidos; é para todos os seguidores obedientes de Jesus;
v Todo crente deve fazer a si mesmo duas perguntas: “Quem é meu Paulo?” e “Quem são meus Timóteos?”
A IMPORTÂNCIA DO ESTABELECIMENTO DE ALVOS PARA A MULTIPLICAÇÃO DA CÉLULA
Alvos não são sonhos mirabolantes, calcados numa fé otimista-humana
sem base na Palavra de Deus. Alvos são possibilidades reais de conquistas
ainda não acontecidas, traçando um mapa ousado e seguro de como chegar lá.
v Alguém já disse que se você estiver mirando em nada, certamente acertará em cheio!
v Toda célula precisa ter uma data pré-definida na qual ela se multiplicará. O momento para a definição desta data não é quando a célula cresce e se torna madura, mas desde o início;
v Líderes que conhecem o seu alvo multiplicam de uma forma regular e com maior freqüência do que os que não conhecem;
v Fixar data de multiplicação nos estágios iniciais da célula ajudará a combater o isolacionismo: quando a célula não quer se multiplicar nem receber pessoas novas, ficando somente “nós e nós mesmos, unidos, nos amando até Jesus voltar!”
v Mesmo a célula sendo boa, mas se o líder falhar na fixação de alvos (que sejam facilmente lembrados pelos membros) ele tem 50% de probabilidade de multiplicar a sua célula;
v Fixar alvos e datas aumenta a probabilidade de multiplicação de uma boa célula para 75%. Existem células extraordinárias onde essa probabilidade ultrapassa os 100%;
v Cada supervisor deve checar se o líder está lançando os alvos com clareza e se os membros estão compreendendo. Todos precisam saber “na ponta da língua no coração” a data da multiplicação da célula;
v A data da multiplicação deve estar claramente escrita no cartaz ou banner que a célula usa como identidade informativa visual;
v Além da data de multiplicação, a célula deve ter outros bem claros:
§ Todo mundo tendo um discipulador até tal período;
§ Alvos de levantar determinadas cotas de alimentos para a marcha do amor;
§ Alvos de ter uma reunião de oração regular da célula;
§ Alvos de ganhar tantas pessoas para Jesus em tanto tempo;
§ Alvos de mandar um número de pessoas para o Retiro com Deus;
§ Alvos de ter tantos membros fazendo as classes da Escola Ministerial Paz – EMP, como preparação para liderar novas células;
§ Alvos de ter todos os membros da célula bem empregados, cuidando dignamente do sustento de suas famílias, etc.
Lição Quatro
O COMPARTILHAMENTO NA CÉLULA
OITO FATORES INDISPENSÁVEIS A TODAS AS CÉLULAS
1. Louvor e Adoração: Deve ser alegre, animado, empolgante. De preferência usamos um CD com as músicas mais conhecidas e usadas no momento pela igreja. Em ocasiões especiais, como o dia de compartilhamento livre, pode-se tocar um instrumento na célula, reveja a lição dois deste material.
2. Avisos da Agenda: Sobre o Culto de Celebração, TADEL e outros eventos importantes. Devem ser feitos não como simples repasse de informações ou anúncio, mas com alegria, motivação contagiante. Não podem ser simplesmente lido da folha de estudo como algo mecânico, mas compartilhados com vibração e graça.
v O bom líder transfere o crescimento para a igreja mãe. Para um ramo dar fruto, ele tem que estar ligado ao tronco;
v A célula que cria raízes próprias e deixa de se conectar ao tronco, à raiz principal, torna-se um monstrinho à parte, um órgão desconectado do corpo.
v Qualquer célula que está crescendo, mas não consegue levar o povoa celebração, tem alguma coisa errada com ela. Pode ser que esteja com filhos desnaturados, com raízes próprias. O bom líder sabe que sua célula tem que estar ligada com a celebração. Se o crente é fiel ao culto de celebração e à célula, mais cedo ou mais tarde ele consegue vencer, superar as barreiras e crescer espiritualmente.
3. Oferta da célula: com muita alegria e empolgação, explicando o destino dos valores arrecadados. A seguir veja como ministrar uma boa oferta, na célula ou no culto de celebração.
4. Oração abençoando os alimentos da “marcha”. A marcha do Amor é parte da ação social permanente da célula. Os membros e visitantes não são obrigado, mas todos os membros são encorajados a trazer semanalmente um ou mais quilos de alimentos secos não perecíveis para ajudar alguém em necessidade. Quando se formar uma cesta, a célula pode abençoar alguém. Quando não há ninguém na célula precisando, os alimentos são direcionados para igreja, que lhes dará o devido destino.
5. Passar a visão: Visão de comunhão, de evangelismo, de discipulado, de crescimento. Além de outros aspectos da visão, deve-se enfatizar sempre a multiplicação, ressaltando a sua data. Mais sobre isto na lição três: um bom enxerto para as duas células, e na última lição desse material, específica sobre a multiplicação.
6. Testemunho: Pode ser testemunho de conversão. Nesse caso, fale sobre como foi sua vida antes, fale como você conheceu Jesus e como é sua vida agora depois de conhecer a Jesus. Pode ser testemunho de cura, de bênçãos financeiras ou alguma intervenção sobrenatural de Deus na sua vida ou de sua família. Mais sobre o compartilhamento do testemunho veja adiante nesta lição.
7. Palavra com criatividade: Faça-o com dinamismo e unção. Ministre o estudo da folha Mensagem para as Células. É disso que trataremos em toda esta lição. Veja também a lição dois deste material, sobre revelação na palavra.
8. Oração pelas necessidades: De maneira dinâmica e criativa, alguém delegado pelo líder da célula pode ministrar esse momento.
v Algumas células usam caixinha fechada, onde as pessoas escrevem e colocam os pedidos, e todos oram de maneira genérica. Outras vezes podemos coletar os pedidos escritos e lê-los para todos, e todos oram;
v Os pedidos podem ser escritos num cartaz, e todos oram olhando para o pedido escrito;
v Podemos também ouvir todos os pedidos e distribuí-los entre os presentes: “esse ora por esse”, “aquele ora por esse”, “você ora por ela”, “vocês dois oram por isso”, etc.;
v Dependendo do pedido, podemos fazer um clamorzão, todos orando ao mesmo tempo;
v Há outras maneiras criativas que o Espírito vai dar para o líder e para os membros. Sejam sensíveis e façam tudo com graça e empolgação.
v Não podemos esquecer-nos de orar pelos pedidos da Folha de Alvos que a igreja fornece no início do ano. Aqueles que tiverem sido respondidos, basta agradecer a Deus pela resposta.
Além doa fatores acima, podemos e devemos fazer apelo evangelístico,
sempre que haja pessoas não crentes na célula e sempre que o Espírito Santo
assim dirigir. Não insista muito, não force ninguém, não fale da religião dos
outros. Lembre-se que você quer que eles, e assim haverá outras
oportunidades, se eles não se converterem logo de primeira.
Alguém deve cuidar para que sempre haja comes e bebes ao final da célula,
ainda que seja algo simples e barato, pipoca ou cafezinho com biscoitos.
As pessoas não devem sair correndo quando a reunião termina. Deve-se dar
bastante atenção para os visitantes. Esse momento deve ser encorajado e
praticado com toda a atenção, pois ele gera comunhão e solidifica vínculos e
Compromisso.
REVENDO ALGUNS DETALHES DE UM FORMATO SIMPLES DE REUNIÃO
v Coloque as cadeiras em forma de círculo, para ajudar na interatividade;
v Apresente os visitantes, quando houver, sem constrangê-los;
v Use uma forma apropriada de “quebra-gelo”, de maneira criativa e alegre;
v Testemunhe alguns motivos de louvor, como orações respondidas;
v Ministre a oferta com muita alegria, explicando seu destino e utilização;
v Ministre a palavra para aquela reunião, na dependência do Espírito Santo;
v Estimule a conversa no compartilhamento, com a participação de todos;
v Compartilhe a “visão da célula” e da igreja, como já mostrado;
v Ore pelas pessoas necessitadas, de dentro e de fora da célula;
v Faça um apelo para salvação, quando houver pessoas não salvas;
v Termine com um lanche e bastante comunhão.
ORIENTAÇÕES PRÁTICAS PARA OCOMPARTILHAMENTO DA PALAVRA
v Não pressione ninguém a orar, falar ou compartilhar. Estimule as pessoas,mas não as pressione. Isso pode afastá-las do grupo.
v Não deixe que os irmãos aproveitem a oportunidade para falar de assuntos irrelevantes. Cada um deve compartilhar somente o que Deus falou consigo através da Palavra ministrada no dia ou sobre algo que ele está enfrentando em sua vida prática.
v Estimule o compartilhamento de problemas e lutas pessoais com a célula. Onde há honestidade, os vínculos são firmados. Tenha o bom senso de perceber os limites de detalhes das confidências compartilhadas. Corte amorosamente se você perceber que a pessoas está “indo muito longe” ou comprometendo terceiros que não estão presentes.
v Todo testemunho deve ser para edificar e motivar a célula. Desestimule toda palavra negativa e pessimista.
v Nunca permita discussões doutrinárias. O momento não é para debater doutrina, mas para estudar a palavra e relatar vivencias pessoais.
v Não deixe que uma pessoa monopolize esse tempo falando excessivamente. Administre esta parte com amor e cuidado, não sendo rude com ninguém, mas também não deixando uma ou duas pessoas darem um showzinho particular.
v Não permita que um irmão exponha a falha do outro. Cada um deve falar somente dos seus próprios pecados, se quiser; suas próprias lutas e fracassos.
v Não tente ter todas as respostas. Uma vez que alguém faça uma pergunta, não se julgue na obrigação de ter que dar uma resposta. Caso não saiba, diga que vai perguntar a um dos seus líderes e depois trará a resposta ao grupo.
v A regra geral para o líder é: Esteja sempre alegre e bem humorado nas reuniões. Isto libera a tensão, relaxa o corpo e descansa o nosso espírito.
Toda a célula se ressente de um líder constantemente melancólico.
v Lembre-se sempre de deixar o Espírito dirigir a reunião. Deus pode usar alguém neste momento de compartilhamento e dar uma virada na reunião. Seja sensível a isso.
CONDUZA O COMPARTILHAMENTO FAZENDO PERGUNTA AOS MEMBROS
v As pessoas estão mais interessadas no que elas têm a dizer do que no que elas têm a ouvir. Por isso, a melhor forma de estimular o compartilhamento na célula é fazendo perguntas. No final de cada Palavra, escreva algumas perguntas para facilitar o compartilhamento do grupo.
v Perguntas envolvem o grupo. Quando não há envolvimento, não há discipulado. Quando não há envolvimento, não há mudança. É impossível envolver pessoas sem fazer-lhes perguntas! O líder precisa trabalhar para que cada membro da célula compartilhe algo significativo com o grupo a cada semana.
v Perguntas edificam relacionamentos. A célula possui muitos objetivos, e um deles é a edificação de relacionamentos e vínculos de amor. Boas perguntas ajudam o grupo a se conhecer e aprofundar os vínculos. Quando respondemos perguntas falamos de nós mesmos e nos damos a conhecer. Quando somos conhecidos e conhecemos os outros, os medos e constrangimentos desaparecem.
v Perguntas nos ajudam a descobrir as necessidades da célula. Os líderes precisam conhecer o nível espiritual de cada membro e quais as suas necessidades mais urgentes. Essas informações são claramente fornecidas quando as pessoas respondem às perguntas. As perguntas revelam o grau de maturidade do grupo. Não é possível haver compartilhamento na célula sem perguntas.
COMO ELABORAR BOAS PERGUNTAS
Todo líder de célula precisa ser um especialista na arte de formular perguntas. Não podemos deixar nenhuma pessoa excluída do compartilhamento, e as perguntas são a melhor forma de envolvê-las.
v Boas perguntas são amplas. Nunca faça uma pergunta cuja resposta seja simplesmente “sim” ou “não”. Uma boa pergunta deve estimular o compartilhamento e não bloqueá-lo.
v Boas perguntas são abertas, possibilitando várias respostas, sem que nenhuma delas esteja necessariamente errada. Por exemplo: “Em sua opinião, nossos filhos precisam conhecer a Palavra de Deus?” “Se você estivesse no barco, quando Jesus andou sobre as águas, o que você faria?”
v Boas perguntas não inibem a reposta. Um líder resolve perguntar para alguém: “você crê em milagres, não crê?” Essa é uma pergunta opressora que já traz a resposta que esperamos que a pessoa nos dê.
v Boas perguntas estimulam a honestidade. É melhor perguntar: “O que?”, “Qual?” ou “Como?”, do que perguntar “por que”?. É melhor perguntar, por exemplo, “Como você se sentiu?”, do que “Por que você sentiu”?. Respostas aos por quês são difíceis de dar, e quase sempre são polêmicas. Mas, quando perguntamos: “O quê?”, “Qual”? ou “Como”?, a resposta é quase sempre pessoal e prática; será um estímulo à honestidade.
v Boas perguntas produzem novas perguntas. Perguntas amplas estimulam as opiniões e as experiências, além de favorecerem o pensamento e aprendizagem. Se depois de perguntar algo a alguém o compartilhamento acaba, então nossa pergunta não foi feliz. Podemos refazer a pergunta com mais clareza.
A HONESTIDADE NO COMPARTILHAMENTO DA CÉLULA
Um dos objetivos do compartilhamento é que as pessoas possam também abrir
eventuais dificuldades pessoais e buscar ajuda no grupo. Somos perdoados quando
confessamos nossos pecados a Deus; mas somos curados quando também
confessamos aos nossos irmãos (Tiago 5:16).
Lembrem-se que nem tudo pode ser compartilhado na célula. As questões mais profundas da vida pessoal de alguém devem ser abordadas no discipulado pessoal um a um, não diante de todo o grupo.
Sua tarefa como líder de célula é criar um ambiente onde as pessoas possam ser honestas e encontrar ajuda para sua dificuldade. Procure eliminar toda barreira à honestidade em sua célula. Veja como você pode estimular a honestidade na célula.
v Estimule um ambiente adequado. Se os membros da célula estiverem mais interessados em discutir teologia do que se envolver com vidas carentes do amor de Deus, ou se estiverem mais interessados na festividade do que nas pessoas, crie, então, um ambiente que valorize as pessoas e suas necessidades.
v Ensine as pessoas a serem sensíveis. Uma das maiores barreiras à honestidade surge quando pensamos que somos os únicos com problemas. Quando estamos numa batalha e ninguém se solidariza conosco, a tendência é nos sentirmos os piores e mais fracos da igreja. Sempre que alguém estiver em dificuldade, solidarize-se com ele, compartilhando algo pessoal seu também.
v Não permita na célula a presença dos “amigos de Jó”. De vez em quando alguns irmãos bem intencionados são muito rápidos em oferecer diagnósticos. E assim, ao invés de ajudar-nos, acusam-nos, dizendo: Você não tem orado o suficiente ou o diabo está lhe oprimindo, etc. Tais comentários até podem ser verdadeiros, mas precisam ser expostos de
forma a não produzir fardo e acusação.
v Não permita inconfidências. Uma das maiores barreiras à honestidade é o medo das fofocas. Se as pessoas perceberem que algum membro da célula não é confiável, elas jamais se abrirão ali honestamente.
COMO PREPARAR E COMUNICAR SEUTESTEMUNHO PESSOAL
Sua experiência de conhecer a Cristo é única, mas pode servir como uma arma poderosa para comunicar o evangelho com outras pessoas. Um bom testemunho precisa ser bem preparado, para que possa ser adaptado a toda e qualquer situação, principalmente em ambientes informais como a célula, jantares, confraternizações, na igreja ou em programas para o rádio ou televisão.
Preparar bem vai lhe ajudar a falar com mais confiança, sabendo que sua palavras foram bem escolhidas, têm embasamento bíblico e se aplicam à situação ou ao momento em que é compartilhado – tem a ver com a realidade das pessoas que o estão ouvindo.
O corpo de um testemunho geralmente tem três parte: como era a sua vida antes de receber a Cristo, como você recebeu a Cristo, e como a sua vida está diferente depois de ter recebido a Cristo. Isto é conhecido como o formato ANTES-COMODEPOIS. Aí você só precisa captar a atenção das pessoas no início e encerrar comum forte pensamento de conclusão. Você precisa:
v Conhecer a base bíblica para dar um testemunho pessoal;
v Conhecer os benefícios de se preparar e dar um testemunho pessoal;
v Escrever seu testemunho pessoal usando um esquema de três itens.
“Antes, santifiquem a Cristo como Senhor em seus corações. Estejam sempre preparados para responder a qualquer que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês” (I Pedro 3:15).
v Um testemunho bem preparado e claramente organizado, dado no poder do Espírito Santo, geralmente é muito eficaz quando você está falando de Cristo a outros;
v Ele mostra que Deus está trabalhando em sua vida (Mateus 5:14-16).
v É uma das suas ferramentas ministeriais mais valiosas. Ele é eficaz em grupos grandes, pequenos e situações com apenas uma pessoa.
v Ele apresenta Cristo de uma maneira clara e positiva com a expectativa de que todos que ouvirem vão querer conhecê-lo pessoalmente.
SIGA UM ESQUEMA DE TRÊS ITENS
v ANTES: Como era a sua vida antes de receber a Jesus Cristo? Como era minha vida? Quais eram minhas, necessidades e problemas? Qual era o centro das atenções da minha vida? Onde estava minha segurança e felicidade? Como essas áreas começaram a me desapontar? Em qual fonte procurei segurança, paz de espírito e felicidade? De quais maneiras minhas necessidades não eram satisfeitas?
(Lembre-se que exemplos farão de você uma testemunha confiável aos não cristãos. Evite uma ênfase na religião. Não gaste muito tempo falando sobre atividades de igreja antes de sua vida começar a mudar. Do mesmo modo, evite ser explícito e sensacionalista ao falar de drogas, imoralidade, crime ou alcoolismo).
v COMO: Como você recebeu a Cristo? Quando foi a primeira vez que ouviu o evangelho? Como? Quando fui exposto ao verdadeiro cristianismo? Quais foram minhas reações iniciais? Quando minhas atitudes começaram a mudar? Por quê? Quais foram as lutas finais que passaram por minha cabeça pouco antes de aceitar a Cristo? Apesar de ter havido lutas, porque decidi aceitar a Cristo?
v DEPOIS: o que aconteceu depois de você receber a Cristo? Quais mudanças específicas Cristo fez em minha vida, ações e atitudes? Quanto tempo demorou para que eu começasse a notar as mudanças? Pó que minha motivação é outra? Como seria se eu tivesse recebido a Cristo quando criança?
Se você recebeu a Cristo quando criança, você poderá seguir o esquema de três itens. Todavia, você provavelmente colocará uma ênfase maior na sua vida depois que recebeu a Cristo ou no momento que seu relacionamento com Cristo se tornou mais significativo.
PONTO DE AÇÃO
v De preferência, escreva o seu testemunho, anotando os pontos importantes para não esquecer nada. Peça a Deus para lhe dar sabedoria e guiar você ao escrever. Mas não é para ler, é para ter um bom roteiro.
v Tente preparar o seu testemunho para falar em três, em cinco e em dez minutos. O tempo que você usará para apresentá-lo vai da sua audiência.Para isto, anote todos os dados numa folha de papel.
v Peça para um amigo ou o seu discipulador ouvir o seu testemunho antes de você compartilhá-lo publicamente. Faça quaisquer correções necessárias. Corte as coisas repetidas. Evite detalhes muito longos ou desnecessários.
v Depois, memorize seu testemunho e pratique sua apresentação. Fique bem seguro. Pratique falando-o em 3 minutos, em 5 e também em 10 minutos.
O QUE FAZER AO PREPARAR SEU TESTEMUNHO PESSOAL
v Peça ao Senhor para lhe dar muita sabedoria ao preparar seu testemunho;
v Prepare seu testemunho para que ele comunique tanto a grupos quanto a pessoas individualmente;
v Mantenha-se dentro do seu limite de tempo de três minutos. Somente quando avisado previamente que você tem mais tempo é que você deve usar uma versão mais longa;
v Seja real. Não dê a entender que Cristo remove todos os problemas da vida, mas que Ele capacita você a lidar com ele e a superá-los pelo andar em obediência e submissão;
v Considere sua audiência. Prepare e fale para comunicar com o grupo particular ao qual você se dirige, para que ele possa se identificar com você.
v Fale corajosamente sobre Jesus. Ele é a ênfase do seu testemunho pessoal. Não dê glória ao diabo.
O QUE NÃO FAZER AO PREPARAR E APRESENTAR SEU TESTEMUNHO PESSOAL:
v Não fale muitas frases que reflitam negativamente sobre igrejas, organizações ou pessoas;
v Evite mencionar denominações ou igrejas pelo nome, inclusive a católica ou outros grupos religiosos;
v Evite falar como se estivesse pregando. Fale seu testemunho como se estivesse conversando;
v Não use termos vagos como “alegre”, “cheio de paz”, “feliz” ou “mudado” sem explicá-los;
v Evite usar palavras bíblicas ou clichês muito evangélicos tais como “salvo”, “convertido”, “condenado”, “ímpio”, “bênção”, “poder”, “tribulação” ou “pecado”, sem tornar claro o que você quer dizer. Essas palavras não são entendidas por muitos não cristãos.
ESTILO DE APRESENTAÇÃO
v Prepare e apresente como se estivesse falando com um amigo ao invés dedar uma palestra formal;
v Comece com uma sentença ou um fato que chame a atenção;
v Seja positivo do começo ao fim. Fale de problemas, mas fale igualmente das soluções em Jesus;
v Seja específico. Dê detalhes suficientes para chamar a atenção;
v Seja preciso. Cuidado para não se tornar prolixo ou repetitivo, redundante;
v Inclua experiências interessantes e que façam as pessoas pensar;
v Use um ou dois versículos bíblicos, mas apenas quando se relacionarem diretamente com sua experiência. Explique as referências se a sua audiência não for familiar com a Bíblia. (Por exemplo: “Um dos discípulos de Jesus disse...” ao invés de “I João 5:11-13 diz..”).
v Modifique e refaça seu testemunho sempre que necessário. Preste sempre à atenção em quem é a audiência.
v Finalize com frases e pensamentos que forneçam uma conclusão completa e lógica. As pessoas devem ser tocadas no mais profundo.
COMO APRESENTAR SEU TESTEMUNHO
v Ensaie seu testemunho até que ele se torne natural;
v Compartilhe seu testemunho com convicção, no poder do Espírito Santo;
v Seja alegre. Peça ao Senhor para lhe dar uma aparência agradável e natural;
v Fale claramente, mas num tom natural e descontraído. Fale alto o suficiente para ser ouvido;
v Não fale dirigindo-se à sua cadeira ou sentado. Também não fique olhando para o teto;
v Evite maneirismos nervosos tais como esfregar seu nariz, balançar-se, mexer com moedas no seu bolso, brincar com um lápis ou pigarrear;
v Evite usar pressão emocional, pessoas ou igrejas pelo nome – especialmente de maneira negativa;
v Lembre-se que um testemunho com êxito é aquele comunicado no poder do Espírito Santo, deixando os resultados com Deus. Você ficará surpreso em como o Espírito Santo agirá!
Lição Cinco: PRINCÍPIOS PODEROSOS A SEREM OBSERVADO PELOS LÍDERES DE CÉLULA
Depois de mais de duas décadas envolvidos no ministério de células, nós do MDA temos nos convencido de que não há melhor atmosfera para cumprir o imperativo da Grande Comissão do Senhor Jesus do que a célula e o discipulado pessoal um a um.
Através do discipulado um a um o cristão normal cumpre a sua missão aqui na terra, tanto vivendo em comunhão e relacionamento com outros santos como alcançando novas pessoas para dentro da vida da igreja e do Reino de Deus. Contudo, incorporar simplesmente um programa de células não é garantia de que uma igreja se tornará saudável e crescente.
Um ministério de células deve estar baseado em relacionamentos e valores bíblicos, não apenas em um bom programa. A célula deve ser um lugar onde uma família espiritual é criada – onde pais e mães espirituais treinam e liberam seus filhos espirituais para formar novas famílias (I João 2:12-14).
Se não for assim, o ministério de células se torna apenas um ornamento, uma ferramenta para dar impressão de que a igreja é moderna, acompanha o mover eclesiológico pelo qual passam as denominações e os novos grupos cristãos.
“Células” podem também se tornar o mais recente programa da igreja, até que surja uma novidade mais atraente. Por isso, se quisermos alcançar o mundo com um ministério de células que prioriza relacionamentos pessoais, temos que enfatizar muito mais os valores bíblicos do que os métodos.
Muitas igrejas, ao começar seus programas de células, escolhem métodos sem entender corretamente os valores por trás desses métodos. Isso certamente causará problemas. Mas, quando nós entendemos os valores que são ensinados, os métodos se seguirão.
No MDA nós não sacralizarmos métodos, fórmulas, nem tampouco achamos que temos um modelo imexível, infalível como o cânon das Escrituras. O modelo está sendo aperfeiçoado, melhorado a cada dia. Se alguém adaptar ou traduzir para a sua realidade e contexto alguns dos nossos métodos, de maneira nenhuma perderá a sua porção ou galardão no céu.
Com base no que temos aprendido com outros irmãos e ministérios, e principalmente naquilo que o Senhor tem nos ensinado ao logo deste tempo, cremos que um poderoso ministério células – um modelo como o MDA – é um “odre” para que os valores espirituais sejam encorajados e experimentados. Assim, cremos, como outros ministérios também crêem, que o que se segue são alguns princípios e valores fundamentais ser observados:
ENTENDER QUE ESTAMOS NOS PREPARANDO PARA A COLHEITA
v O Senhor promete derramar o Seu Espírito nos últimos dias. Uma colheita virá quando o Senhor atrair multidões para o Seu Reino.
v Antes de profetizar o enchimento do Espírito Santo par Israel e para todos os povos, o profeta Joel profetiza uma abundância de cereais, de grãos, uma grande colheita: “Eis que vos envio o cereal, e o vinho, e o óleo, e deles sereis fartos, e vos não entregarei mais ao opróbrio entre as nações... As eiras se encherão de trigo, e os lagares transbordarão de vinho e de óleo” (Joel 2:19,24).
v Antes de mandar os doze discípulos de dois em dois, Jesus compadeceu-seda multidões, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têmpastor (Mateus 9:36).
v Uma das maneiras de nos prepararmos para a colheita é a oração, em obediência ao mandamento de Jesus, quando disse: “Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara” (Mateus 9:38).
v Em João 4:35, Jesus já aponta os campos prontos para a colheita: “Eu, porém, vos digo: Erguei os vossos olhos e vede os campos, pois já branquejam para a ceifa”.
v Jesus está convidando a igreja para preparar novos odres (novas células) para conter o vinho novo de sua colheita, a qual Ele fará com a nossa ajuda obediente.
v Hoje os nosso lares (vida pessoal, familiar, célula, igreja) transbordam de vinho e de óleo, simbolizando a graça de Deus e a unção do Espírito Santo, que nos habilita para realizarmos a maior colheita do universo – recolher os frutos maduros para os celeiros do nosso Deus e Pai.
CONHECER NOSSO PROPÓSITO E ALCANÇAR OS PERDIDOS (EVANGELISMO)
v A comunhão genuína ocorre quando nós, como um grupo coeso, enfatizamos a importância de alcançar os perdidos.
v Células que focalizam somente o crescimento interior se seus membros se tornam estagnadas. Focalizar e alcançar o exterior traz vida para dentro da célula.
v No MDA dá-se uma forte ênfase ao evangelismo pessoal, aos eventos de colheita, mas acima de tudo à estratégia denominada Projeto Natanael 3, onde cada membro da célula tem pelo menos três pessoas que ele está tentando levar a Cristo, como Filipe fez com Natanael (João 1:45-510).
v Uma vez que um Natanael ou uma Natanaela se converte, podemos substituí-los por alguém mais, de maneira que podemos ter sempre alguém como alvo das nossas orações e objetivo de conduzi-las a Jesus.
v Uma pesquisa feita pelo Dr. Flavel Yeakley, sobre a maneira como as pessoas se aproximam da igreja ou permanecem nela, revela o seguinte:
POR QUE AS PESSOAS ACEITAM OU DEIXAM DE ACEITAR A IGREJA
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GRUPOS | ABORDAGENS | RESULTADOS |
3 GRUPOS DE 240 PESSOAS CADA |
COMO FORAM ABORDADAS COM A MENSAGEM |
RESULTADOS OBTIDOS |
PRIMEIRO GRUPO
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Monólogo Manipulador. Método de pressão: “pegar pelo braço e forçar”.
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71% afastaram-se logo depois. Não continuaram.
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SEGUNDO GRUPO
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Transmissão de informação. “Aqui está o Evangelho; é pegar ou largar”.
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84% não aceitaram.
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TERCEIRO GRUPO |
Diálogo criativo, por amizade, amor genuíno.
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94% aceitaram a mensagem e se tornaram membros ativos da igreja.
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v Vemos, portanto, que a amizade é uma chave poderosa para abrir mentes e corações para a mensagem da Palavra de Deus.
v Devemos investir os nossos dons específicos para o cumprimento da Grande Comissão. Cada crente fiel é um ministro salvo, chamado e autorizado para o ministério (I Pedro 2:9).
v Ser ministro do Senhor significa que cada um de nós tem pelo menos um dom específico, que pode e deve ser usado na sublime missão de ganhar vidas.
v Devemos servir o não cristão (aquele que ainda não teve uma experiência com Deus) com o dom dado por Deus através do Espírito Santo. De acordo com pesquisas, nós temos bom relacionamento, em média, com 8 a 9 pessoas.
v Será que todas as pessoas do nosso relacionamento mais próximo estão salvas? Será que não temos nenhuma oportunidade de servir essas pessoas com o nosso dom? Será que elas não têm nenhuma necessidade? Será que temos amado, nos importado o bastante com elas?
v Devemos esforçar-nos para que estas pessoas ouçam o Evangelho. O líder, auxiliar ou membro de célula que vive o Evangelho não tem dificuldade de pregar o Evangelho, pois a sua vida demonstra que há relacionamento com Deus, e essa é a maior pregação.
v Existem muitas “formas” de evangelismo que podemos usar, como por exemplo: panfletagem, cartazes, faixas, grandes ajuntamentos, mídia, etc. são métodos que podem ou não funcionar bem, dependendo de onde, como e para quem são empregados.
v Melhor que os métodos acima, devemos fazer convite pessoal para que essas pessoas entrem em contato com a célula e a igreja. Um convite pessoal àquela pessoa com a qual desfrutamos de um bom relacionamento, a quem já servimos com o nosso dom específico, e com quem já temos compartilhado a fé, é a melhor opção.
v Eu pessoalmente já tive a alegria de ganhar alguém para Jesus, de ter um “filho espiritual”?
v Minha vida e atitudes demonstram que eu conheço e me relaciona com Cristo ressurreto, e com a pessoa que providencia discipulado e cuidado pessoal para mim?
v Estou disponível, pela graça de Deus, para compartilhar a fé com aqueles com quem tenho constantes contatos? Tenho amado e me importado com o perdido, ficando atento às suas necessidades?
v Tenho me colocado à disposição da minha igreja, com alegria e entusiasmo, para ver a obra de Deus crescer e prosperar? Posso olhar para algumas pessoas na igreja e dizer: “Esta pessoa está aqui porque o Espírito Santo me usou para trazê-la?”
PRATICAR A GRANDE COMISSÃO (DISCIPULADO)
v A grande ordem de nosso Mestre é para irmos e fazermos discípulos, não apenas convertidos.
v As células providenciam a oportunidade para que cada crente se envolva na tarefa de fazer discípulos (Mateus 28:19-20). Elas são verdadeiras incubadoras de toda a vida da igreja, em todas as suas dimensões.
v Na célula acontece também o treinamento de liderança. Cada auxiliar e cada membro, ao desempenhar qualquer função na célula, estão fazendo a obra de Deus. Assim, devemos estimulá-los a fazer o trabalho.
v Quando os auxiliares são treinados, eles desenvolvem seus dons espirituais, e assim novos líderes e auxiliares são por eles despertados e treinados.
v A Grande Comissão trata, sobretudo, de um evangelismo responsável, onde aquele que ganha a pessoa para Jesus assume também a responsabilidade pelo seu crescimento e desenvolvimento espiritual.
v É muita irresponsabilidade quando um homem sai por aí gerando filhos sem reconhecê-los ou assumir o compromisso natural de cuidar deles. O mesmo é verdade quando se tratam de filhos espirituais!
v Devemos ter muito cuidado para que nossos esforços de evangelismo não se transformem em vacinas contra o cristianismo real. Lembrando que uma vacina ou inoculação impede alguém de receber um contágio real ao lhe darmos apenas uma pequena porção daquilo que queremos impedir, tornando a pessoa imune e resistente àquele contágio no futuro.
v A Grande comissão é uma tarefa plural, dada a vários discípulos ao mesmo tempo. Existem muitos mandamentos na Bíblia que estão no singular, mas a Grande Comissão é corporativa – deve ser praticada pelo corpo. Jesus não disse: “Vai e faz discípulos” (segunda pessoa do singular), mas “Ide e fazei discípulos” (segunda pessoa do plural).
v A tarefa da Grande Comissão é mais bem cumprida quando agimos juntos: todos indo, todos discipulando, todos batizando, todos obedecendo, todos ensinando; a tarefa se faz de maneira mais acelerada quando treinamos os discípulos para a multiplicação.
LEVANTAR PAIS E MÃES ESPIRITUAIS
v Existem milhares de professores hoje, mas poucos pais e mães espirituais para nutrir os novos cristãos.
v Células são excelentes incubadoras em que as famílias espirituais crescem e se desenvolvem. Com um pai ou uma mãe espiritual ao seu lado, um filho ou uma filha espiritual vai crescer e se tornar espiritualmente forte, aprendendo de maneira rápida e natural pelo exemplo.
v Assim como nas famílias naturais, as famílias espirituais saudáveis esperam que seus filhos também se tornem pais e mães experientes, sendo liberados pela multiplicação para liderar ou para começar suas próprias células e, no futuro, até mesmo igrejas (I Coríntios 4:15-17; I João 2:12-14).
v Muitos têm medo de assumir o papel de pais ou mães espirituais porque seus referenciais foram falhos, sejam os referenciais biológicos sejam os espirituais.
v Muitos têm medo, insegurança, indiferença, preconceito, impaciência, desmotivação e insensibilidade, quando o assunto é cuidar de filhos espirituais: educá-los, fazê-los crescer, tornar-se maduros e reprodutivos.
CARACTERÍSTICAS DE VERDADEIROS PAIS E MÃES ESPIRITUAIS
v Nesse tópico, ao falar de pais e mães espirituais, estamos falando de líderes de célula e discipuladores. Conseqüentemente, estamos também falando de todos os níveis de liderança que vêm acima destes;
v Pais e mães espirituais ajudam os seus filhos a reconhecer, desenvolver e cumprir o potencial que lhes foi dado por Deus;
v Pais espirituais ajudam seus filhos a construir um saudável senso de propósito e identidade, ajudando-os a cumprir seu chamado e missão de vida;
v Pais e mães espirituais são mentores dos seus filhos, estimuladores e promotores do seu potencial;
v Como os pais e mães naturais, os pais e mães espirituais também demonstram amor (linguagem de amor), carinho e afeição;
v Pais e mães espirituais constroem uma atmosfera de afirmação, segurança e compromisso para assegurar o bem-estar e êxito dos seu filhos;
v Pais e mães espirituais treinam e supervisionam nas primeiras tarefas, como a águia que empurra os filhotes do ninho, mas ficam ao seu lado, até que eles aprendam a voar e percam o medo das alturas;
v Pais e mães espirituais fazem provisão. Provisão é o acúmulo para o futuro investimento numa visão; providência de recursos para os seus em função de uma visão;
v Pais espirituais transferem unção e partilham herança. Você já orou liberando sobre seus filhos aquilo que Deus tem lhe dado? Muitos pais entendem a importância de amar, prover e treinar, mas desconhecem a fundamental importância de transferir unção, bênção e autoridade para seus filhos;
v Pais e mães são modelos exemplos. Na verdade, um bom pai e uma boa mãe espiritual sempre são um bom filho ou uma boa filha;
v Verdadeiros pais espirituais confiam e investem antes de verem qualquer resultado. Líderes só se tornam líderes quando outro líder resolve acreditar na sua vida;
v Os verdadeiros pais enxergam o que seus filhos se tornarão antes deles o serem de fato. É uma visão de fé e confiança. Essa é a diferença chave entre irmãos e pais;
v Outros se relacionam com você na base do que você é, como faz o gerente de banco: você é o cliente. Pais espirituais enxergam o potencial, despertam a liderança que está incubada dentro das pessoas, treinam, dão oportunidade para o desenvolvimento de seus filhos, investem nos seus sonhos e os apóiam para cumprirem seu destino;
v Pais espirituais são acessíveis. Tios ou profissionais do púlpito ou dos palcos são burocráticos, sistemáticos, difíceis de serem achados e, quando encontrados, não estão disponíveis, têm sempre algo muito sério e importante para cuidar do que atender gente;
v Pais espirituais não são dominadores, são orientadores – sua maior arma de influência é seu exemplo.
DEVEMOS VER A IGREJA COMO PESSOAS, NÃO UM PRÉDIO
v Isso é o que poderia ser chamado de resistir ao “mito do santo templo”. O templo é importante, mas não estamos mais nos dias do Antigo Testamento, quando as pessoas deviam subir a Jerusalém para adorar a Deus no templo situado no Monte Sião.
v A igreja são pessoas (os chamados). Cada pessoa é importante e escolhida por Deus. Jesus nos diz que Ele mesmo é o que edifica a Sua igreja. Ele não estava falando de um templo físico, mas de um agrupamento, uma companhia de pessoas.
v Já vimos nas primeiras lições deste material que a igreja do novo Testamento se reunia tanto de casa em casa como publicamente (Mateus 16:18; Atos 20:20).
v Os prédios são os ambientes físicos necessários para o ajuntamento celebracional da igreja.
v Todo líder e todo membro de igreja quer a estrutura física de sua igreja bonita, aconchegante, climatizada, atraente. Não há nada de errado nisso. O erro está quando temos prédios belíssimos cheio de pessoas vazias.
v A verdadeira igreja de Jesus são pessoas, perdoados, salvos, remidos. Assim como se emprega tijolos e pedras para as construções físicas, Jesus é a pedra maior, e todos nós pedras auxiliares na grande construção da Casa de Deus.
v O apóstolo Pedro ilustra bem a verdade acima: “Chegando-vos para ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo” (I Pedro 2:4-5).
v A igreja está edificada sobre um fundamento muito sólido, conforme demonstra Paulo apóstolo: “edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor, no qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito” (Efésios 2:20-22).
v A igreja enquanto agência divina, possui cinco funções básicas: proclamação, adoração, comunhão, serviço e ensino. Entre esses papeis não existe aquele que possua maior ou menor grau de importância, todos são preponderantes. Porém, é exatamente o ensino, o discipulado que é o responsável por dar qualidade e sustentação aos demais.
v Existem muitos templos bonitos que não têm uma igreja viva se reunindo neles, como é o caso de muitas catedrais suntuosas na Europa e na América do Norte. Ou o caso daqueles que se transformaram em museus ou centros culturais, aqui mesmo no Brasil.
v Existem muitos casos de igrejas sem templo. São ajuntamentos de pedras vivas que alugam um espaço, que tomam emprestadas salas e quintais, escolas, quadras esportivas, ambientes em que possam realizar suas celebrações.
v Existem igrejas que não podem se reunir publicamente por conta da perseguição dos governantes, como é o caso de alguns redutos comunista e ateístas que ainda permanecem no mundo, ou a perseguição do fundamentalismo religioso, como é o caso de muitos países do Oriente Médio.
v Nossa vida, nosso corpo é o verdadeiro santuário, prédio do Senhor: “Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado” (I Coríntios 3:16-17).
v Assim, sendo cada membro do corpo de Cristo uma pedra viva, devemos lapidá-las bem para que cumpram corretamente a sua função na construção deste grande edifício.
OS SANTOS SÃO CHAMADOS PARA FAZER O TRABALHO DO MINISTÉRIO
v Devemos resistir ao “mito do santo homem”. Pensar que o “santo homem” (pastor) deve fazer todo o trabalho do ministério sozinho é um mito. Na verdade, todos são santos, apenas com responsabilidades de tamanhos e formatos diferentes.
v O que Ele fez, e com que propósito? “E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para edificação do corpo de Cristo...” (Efésios 4:11-12).
v Na verdade, todos os crentes devem ser santos e operantes. Deus tem dado dons a cada um dos Seus filhos, talentos e ministérios para serem usados na edificação da Sua igreja.
v Muitos dons e ministérios só podem ser bem desenvolvidos num contexto de pequenos grupos. Desta forma, os crentes são liberados para treinar outros. Quando todos os membros estão funcionando corretamente em seus dons e ministérios, a igreja toda vai crescer e prosperar.
v Os pastores e obreiros não terão que fazer todo ministério, mas, ao contrário, são liberados para treinar cada crente para ser um ministro, desenvolver o trabalho (Efésios 4:11-12).
v Nem os apóstolos, nem profetas, nem os evangelistas, nem os pastores e mestres estão destinados a realizar o trabalho do ministério ou mesmo edificar o corpo de Cristo no varejo. Essas tarefas devem ser feitas pelo povo, os cristãos comuns que vivem Cristo no meio da comunidade.
v Os cinco ofícios de apóstolo, profeta, evangelista, pastor e mestre, têm apenas uma função: a de equipar os cristãos comuns para preencherem as tarefas que lhes foram designadas.
v No grego original a palavra “equipar” é katartismon (katartismon), de onde também provêm as palavras “artesão”, “artista”, “artífice”, alguém que trabalha com as mãos para fazer e construir algo.
v É especialmente interessante que esta mesma palavra aparece pela primeira vez no Novo Testamento em conexão com a vocação dos discípulos. Quando Jesus andava ao longo das margens do mar da Galiléia, ele viu dois pares de irmãos, Pedro e André, Tiago e João, sentados num barco, muito ocupados com alguma coisa. Eles estavam consertando suas redes. A palavra “consertar” é aquela mesma traduzida em Efésios 4 como “aperfeiçoamento”, ou “equipamento”, nas nossas versões.
v Esta figura sugere que o papel dos cinco dons de apoio dentro da igreja é essencialmente o de consertar os santos, aprontando-os para o trabalho. A palavra também é traduzida como “aparelhar” ou “preparar”.
v J. H Thayer, uma autoridade na língua grega, diz que a palavra significa “fazer de alguém aquilo que ele deveria ser”. Talvez o equivalente contemporâneo mais próximo seja “colocar em forma”. O objetivo dos apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres é, em última análise, colocar os santos em forma para efetuarem o trabalho do ministério.
v Nas palavras de Pedro, o ensino da verdade da palavra de Deus é aquilo que ele chama de pastorear o rebanho de Deus que há entre vós (I Pedro 5:2). Esse pastorear aqui é uma idéia mais ampla, significando o trabalho de todo os cinco ministérios em conjunto.
v O líder de célula e o discipulador são co-responsáveis, juntamente com toda a liderança da igreja, por treinar e edificar todos os santos para o serviço.
v Quando Pedro escreve a certos pastores (ou presbíteros) ele se retrata como um presbítero como eles, e os exorta: “pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiado, antes tornando-vos modelos do rebanho” (I Pedro
5:2-3).
v Devemos seguir o conselho de Paulo, quando descreve seu próprio ministério, nesses termos: “A Cristo nós anunciamos, advertindo a todo homem e ensinando a todo homem em toda sabedoria, a fim de que apresentemos, todo homem perfeito em Cristo (Colossenses 1:28).
v Advertindo a todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria: este é o caminho que Paulo seguiu para pôr os santos em forma. Em linguajar ainda mais moderno, os líderes são como personal trainers daqueles que estão combatendo o bom combate.
DESENVOLVER CONFIANÇA E RELACIONAMENTO
v A igreja do Novo Testamento é edificada sobre confiança e relacionamento, não apenas em reuniões e programas. A célula deve acontecer com base nesse mesmo programa.
v A visão do MDA prioriza relacionamentos em todos os sentidos, tanto para com Deus, com a família, com os líderes, liderados, com os membros da célula, amigos não cristãos, de maneira que Cristo seja encarnado na vida de cada cristão.
v Primeiro, e antes de tudo, devemos confiar em Deus; depois devemos confiar nos nossos companheiros de trabalho e ministério. Quando os relacionamentos são muito fortes, correndo nas veias da célula e todos os seus membros, Deus ajunta as pedras vivas por meio da argamassa de relacionamentos saudáveis (I Pedro 2:5; Efésios 4:16).
v Esse assunto já foi bastante discutido neste material. Para maior aprofundamento, leia os livros O Fator Barnabé e O Purê de Batatas, de autoria do Pr. Abe, e ambos publicados pela MDA Publicações em parceria com Premius Editora.
ESPERAR E PROMOVER MULTIPLICAÇÃO ESPIRITUAL
v O Senhor nos ordena que sejamos frutíferos, multipliquemos e enchamos a terra. Tudo que tem vida deve se multiplicar. Crentes que conduzem outros a Cristo se multiplicam. Células se multiplicam. Igrejas se multiplicam.
v Uma chave para experimentar multiplicação espiritual é esperar que ela aconteça (Gênesis 1:28; Atos 6:1,7; 9:31). Um espírito de fé bíblica e genuína deve estar presente em cada fase, cada etapa da vida da célula e do discipulado, para garantir resultados divinos.
v O ministério de células deve treinar o maior número possível de líderes como preparação para as futuras multiplicações das células. Cada célula não pode ter apenas um auxiliar, mas vários.
v O ideal é que cada membro da célula seja um auxiliar. No momento da multiplicação ou fundação de novas células, alguns ou todos estarão preparados para desempenhar a nobre função de cuidar dos irmãos, liderá-los para a maturidade.
v Na visão do MDA, o ideal é que a célula se multiplique duas vezes por ano. Assim, em 12 meses, uma célula deve treinar, no mínimo, seis auxiliares diretos e três indiretos.
v Este assunto já é e ainda será amplamente tratado em outras lições deste material, por isso releia as lições para mais aprofundamento sobre o tema.
SER FLEXÍVEL E CRIATIVO
v Deus valoriza a flexibilidade e a criatividade, e nós precisamos fazer o mesmo. Duas impressões digitais nunca são iguais, nem duas células também o são.
v Todos nós usamos os mesmos princípios bíblicos, mas a maneira que eles operam varia de cultura para cultura, de igreja para igreja, de célula para célula.
v Peça ao Senhor que lhe dê sabedoria para permanecer criativo no ministério de células. Surpreenda seus membros cada semana com algo novo e criativo, coisas interessantes e agradáveis que motivarão a todos.
v Cuidado para não tem uma mentalidade de fôrma de bolo, bitolada, querendo que tudo saia quadradinho ou redondinho. Rotina produz enfado, monotonia. Criatividade libera vida! (II Coríntios 3:17-19).
v Algumas igrejas têm apenas células gerais, sem grupos homogêneos. Isto é um erro. O correto é ter células de jovens, empresários, senhores, senhoras, pais e mães solteiros, de crianças, etc.
v Há igrejas que radicalizam em torno das células homogêneas: não aceitam, terminantemente, células heterogêneas. Maridos, mulheres e filhos têm que estar necessariamente separados, cada um numa célula só de homens, só de mulheres, só de meninos, só de meninas, e ainda de acordo com a sua idade.
v Deve haver flexibilidade para que na mesma igreja co-existam células homogêneas e células heterogêneas. Os casais podem congregar juntos, se esse for o seu desejo, assim como existem jovens solteiros que se sentem melhor numa célula de adultos com vários casais.
v Relacionamentos, afinidades, vinculações são mais importantes do que a estratificação etária e de gênero que valorizamos. As pessoas precisam se bem cuidadas, conquistadas para esse ou aquele desafio, e não empurradas para fazer o que não gostam ou não entendem direito.
v Precisamos de odres novos para o vinho novo. Mas Jesus nunca disse que existe um tamanho ou um formato correto de odre, fora do qual tudo o mais não serve. Devemos usar qualquer odre que seja necessário e útil para que o vinho novo produza crescimento e maturidade.
CAPACITAR O POVO DE DEUS
v Jesus prometeu aos seus discípulos que eles fariam maiores obras do que Ele fez, e nós estamos incluídos nesta promessa. Ele nos capacitou para fazer a obra de Deus em nossa geração.
v Líderes sábios capacitam os líderes das células como ministros de Senhor Jesus Cristo, assim como capacitam também os auxiliares e membros (João 14:12; II Timóteo 2:2).
v Um bom líder de célula sempre prepara a sua substituição no trabalho. Ele sabe que a célula vai se multiplicar, sabe que ele vai se tornar um supervisor, e que não estará mais tão próximo (presente em cada reunião) das células por ele geradas.
v Como líder, não faça nada que alguém mais não possa fazer. Deixe que outros sirvam. Alegre-se em ver o Senhor usando outros para ministrar através do Seu Espírito, enquanto você os treina e discípula.
v Para a glória de Deus, temos observado todos esses princípios em atividade nas igrejas engajadas na visão do MDA. O ministério está colocado nas mãos do povo, e os santos estão fazendo o trabalho de ganhar e cuidar das multidões.
v Dessa maneira, ao treinar os santos para fazer a obra do ministério, a equipe pastoral estará cumprindo a vontade do Senhor Jesus, como bem apresenta a declaração do Pacto de Lausanne, encabeçado por Billy Graham e John Stott: “A igreja toda levando o Evangelho todo para o mundo todo”. Lembrando sempre que a célula é a igreja!
v Os santos bem treinados são como um time, um exército, que competem unidos, com a certeza de que a vitória é certa, sabendo que Aquele que disse: “estarei convosco todos os dias, até a consumação dos séculos”, estará mesmo!
v E temos, nas palavras de Paulo, o propósito final de todo esse treinamento e
cuidado:
Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, do qual todo o corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor. (Efésios 4:13-16)
LIÇÃO 6: ATITUDES FUNCIONAIS PARA LÍDERES VENCEDORES
BONS LÍDERES TÊM BOAS ESTRATÉGIAS
v Muitos se sentem mais motivados a orar em vigílias. Programe vigílias eventuais para a sua célula. Façam caminhadas de oração ao redor do quarteirão. Convide a célula toda para as vigílias e vigilhões que acontecem na igreja.
v Use o batismo de cada novo membro como pretexto para uma festa de testemunho para a família dele. Convide todos os parentes e amigos.
v Procure criar um ambiente descontraído e alegre na sua célula. Grupos onde há descontração e alegria multiplicam mais facilmente do que grupos formais.
v Faça um cartão-convite personalizado de sua célula. Dê uma quantidade para cada membro e peça-lhes que os distribuam entre seus próprios amigos.
v Dê um nome para a sua célula. Que seja um nome significativo, agradável, e do qual os membros vão se lembrar facilmente. Devem saber o significado e primar para que ele tenha tudo a ver com o crescimento e desempenho do grupo todo.
v Programe para que toda a sua célula vá com uma mesma camiseta na celebração do domingo. Isto cria uma identidade na própria célula e um senso de grupo unido. Os próprios membros podem discutir a arte, os dizeres, a cor, etc.
ORAÇÃO E LIDERANÇA EFICAZES
v Orar diariamente pelos membros da sua célula transforma o seu relacionamento com eles. Eles o reconhecerão e seguirão sua liderança espontaneamente.
v Se você orar diariamente pelos membros da sua célula, você sentirá o seu próprio coração cheio de amor e paciência por eles.
v Ore por todos os eventos da célula – seja a macro célula, uma festa de aniversário, um evento de colheita, um jantar, um churrasco. Esteja pronto para testemunhar em qualquer circunstância!
v Tempo gasto “afiando o machado” para decepar as árvores não é tempo perdido. Uma hora gasta em oração fará com que uma hora de trabalho renda mais que uma centena delas sem oração. Desenvolva uma disciplina de oração!
v Todo líder de célula precisa ser cheio do Espírito Santo! Busque poder e ousadia! Todos querem estar perto de quem está perto de Deus!
v Células eficazes fazem mais que orar. Elas suprem, de maneira prática, as necessidades dos irmãos. Elas garantem que ninguém continue com necessidades ou problemas resolvíveis não resolvidos no seu meio.
v Faça um livro de oração na sua célula! Registre nele os pedidos e as respostas de oração. Ore com ele em toda reunião do grupo. Pode ser um cartaz, uma agenda, um caderno, enfim, um material fácil de utilizar. Para os mais modernos, pode ser até uma planilha no computador, tipo Excel.
v Experimente fazer uma lista de alvos de oração da sua célula. Entregue uma cópia para cada membro, e ore em toda reunião por cada pedido da lista.
v Crie um relógio de oração na sua célula. Distribua os discípulos da célula de forma que haja oração pelos alvos da célula diariamente. (Pode ter mais de um intercessor por dia, ou um intercessor ter mais de um dia de oração).
NADA DE CENTRALIZAÇÃO
v Delegue funções e responsabilidades para cada membro da célula, mesmo que seja algo bem simples. Isto produz compromisso e seriedade em todos.
v Dê várias oportunidades às pessoas do seu grupo. Não rotule ou desista de alguém só porque falhou em o trazer lanche na última reunião. Ou porque se esqueceu de selecionar as músicas para o louvor, ou porque não compartilhou bem o estudo.
v Acredite nas pessoas! Delegue responsabilidades para cada membro de sua célula! Quando nos sentimos úteis, nos comprometemos mais. As pessoas aprendem fazendo, por isso envolva todos os membros da célula nas atividades grupais.
v O líder deve ser um facilitador: alguém que faz a célula acontecer com a participação de todos, não um chefe controlador que sufoca a célula e faz tudo sozinho.
O CUIDADO COM AS REUNIÕES
v Prepare com cuidado e antecedência a reunião da célula. Lembre-se que pessoas vêm de longe para ouvir a palavra e precisam ser alimentadas. Se for somente para ouvir alguém lendo a folha de estudos, ele poderá pegá-la na reunião do TADEL ou baixá-la da internet e estudá-la sozinho.
v Usar somente o CD no louvor da célula. Cantem junto com o CD. Isto pode melhorar significativamente o seu momento de louvor e adoração. Isto evita o surgimento de estrelas cantantes ou tocantes que não poderão estar presentes em todas as células do setor, da área, do distrito, da região ou da rede.
v Você nunca poderá levar os outros a níveis que você mesmo não atingiu! Antes de ministrar ao grupo, ministre a Deus!
v Tudo o que Deus faz, Ele o faz pela Palavra e pelo Espírito. Isto é tudo o que você precisa na célula: uma palavra viva e apaixonada e a unção fresca do Espírito.
v Ao compartilhar na célula, sempre fale de coisas práticas que podem ser úteis no dia-a-dia. Fuja das doutrinas estéreis e de teologias mortas! Não precisa ficar discutindo quem será a besta do Apocalipse, quem foi a mulher de Caim, se Adão tinha umbigo, e coisas do gênero.
v Permita que o fogo de Deus incendeie a sua vida! Deixe o seu coração queimar e as pessoas virão para lhe ver pegando fogo! Seja um incendiário na sua célula!
v Quando as pessoas ouvem, elas podem estar ou não interessadas, mas quando elas falam, elas se interessam. Use e abuse do quebra-gelo! Não aceite ninguém calado na célula!
v No período do louvor escolha cânticos conhecidos e fáceis. É mais fácil focalizar a atenção em Deus, quando não temos que lutar com letras e ritmos. Providencie folhas com a letra dos cânticos para ajudar aqueles que não sabem as letras de cor. No caso de haver visitantes, isto se torna fundamental para que não se sintam excluídos.
O LÍDER DA CÉLULA – UM PASTOR DE VERDADE
v Líderes de células eficazes procuram conhecer cada pessoa que entra na célula. Ele dá atenção a todos, indistintamente, e não se limita só aos de seu relacionamento.
v O bom líder de célula visita aconselha e ora pelo rebanho doente. O líder que se vê como um pastor terá muitas ovelhas que se multiplicam.
v Se você for fiel em cuidar bem das ovelhas que Deus lhe deu, Ele, com certeza, confiará muitas outras em suas mãos.
v Priorize as ovelhas. Alimente-as e proteja-as, e a sua célula crescerá saudável e fecunda.
v A sua função principal como líder de célula não é só dirigir uma reunião, mas motivar pessoas, edificar vidas e aperfeiçoar os santos. Relacionamento é tudo.
v Reconheça os membros da sua célula, elogie-os e mostre-lhes o quanto são importantes para a igreja como um todo! Fazendo isso, você os estará motivando para o avanço da célula.
v Você é o pastor do seu grupo. Como tal, apresente-os perfeitos diante de Deus, como alguém que vela suas vidas e os ama com o mesmo coração de Jesus.
ATITUDES DIANTE DO FRACASSO
v Não tema o fracasso! Líderes bem sucedidos aprendem com as suas próprias falhas e se tornam, em conseqüência, muito mais fortes. Desafie sua célula a crescer. Para um homem de Deus o fracasso é momentâneo e a vitória é definitiva!
v Para o líder bem sucedido, o fracasso é o começo – é o trampolim da esperança. Aprenda com seus próprios erros, e nunca desista. Se você não atingiu o alvo, tente novamente – e novamente, e novamente.
v O sucesso somente pode ser obtido por meio de fracassos repetidos e avaliados. Ele é resultado de muitas tentativas fracassadas.
v Admita fracassos diante do grupo. Não oculte os seus erros e desculpe-se sinceramente. As pessoas irão amá-lo por isso, e se sentirão livres para ser gente.
v Um dos maiores temas da bíblia é que o fracasso nunca é final. Em Deus, podemos nos levantar e tentar de novo. Se a sua célula não se multiplicou este ano, ainda dá tempo. Se não, tente no próximo ano novamente.
NADA DE INDEPENDÊNCIA – PRESTE CONTA
v Você tem preenchido regularmente o relatório da sua célula? E quanto Às reuniões de discipulado: você é assíduo?
v Um líder independente está fora da visão geral das células e do Reino de Deus.
v Entregue seu envelope de ofertas e com dados devidamente preenchidos para o seu supervisor ou líder responsável por recolhê-los. Observe os prazos, pois eles também têm prazo marcado para entregar na secretaria de células.
v Ao planejar algo maior na sua célula, como um retiro, mudança de local da reunião ou a multiplicação propriamente dita, comunique com antecedência e decida junto com seus supervisores.
NUNCA DESISTA DE NINGUÉM
v A maioria das pessoas se converte aos poucos – gradualmente. Não desista se alguém parece retroceder. Crie um ambiente de liberdade e aceitação, e a pessoa acabará se firmando.
v Não permita membros ociosos na sua célula. Se há alguém assim, desafie-o a mudar. Se resistir, exorte-o. Seja firme e não desista de fazer de cada discípulo um ministro.
v Cada discípulo é um projeto em construção, não um modelo acabado. Por isso é normal termos irmãos que ficam desanimados entre nós. Conforte-os e seja sensível às suas dificuldades. Eles logo passarão desanimados a animadores!
v Tenha sempre uma palavra de ânimo. Não permita que eles percam a esperança. Creia com eles, transmita empatia, exale coragem revigorante.
v Os irmãos mais fracos devem ser carregados pelos mais fortes. Os membros devem dar-lhes a mão, passo a passo, amá-los e conduzi-los até que se fortaleçam no Senhor.
v Jesus disse que o bom pastor dá a vida pelas ovelhas. Caro líder, você é um pastor na sua célula. Ame seus discípulos a ponto de se doar por eles, como fez Jesus.
INVISTA EM RELACIONAMENTOS
v Enfatize um compartilhamento transparente na célula. O visitante pode ser tocado, se ele puder perceber que não somos perfeitos, mas apenas
perdoados.
v Uma pesquisa feita com crentes que estão fora da igreja mostrou que 70% deles saíram da igreja porque sentiam que ninguém se importava com eles. O amor é a chave para ganhar, consolidar e edificar!
v Conhecer-se mutuamente e compartilhar as necessidades têm que ser alvos primordiais das células. Nessa atmosfera de aconchego e amor, os visitantes são impactados.
v Estimule os membros a se convidarem mutuamente para almoços, jantares e lanches nas casas uns dos outros, sem excluir ninguém. Isto aumenta e estreita os vínculos entre o grupo.
v Estabeleça um discipulador para cada novo convertido n sua célula, ou seja, um irmão – ou uma irmã – mais velho para cuidar dele e acompanhá-lo continuamente. Teremos ai uma micro célula MDA. Essa micro célula deve se falar freqüentemente pelo telefone e encontrar-se durante a semana,ao menos uma vez.
v Valorize o momento do lanche na sua célula. Ele pode ser a chave para consolidar o visitante. Estimule a célula a ficar em função do visitante nesse momento.
v Oficialmente, a célula se reúne uma vez por semana. Mas a célula, em si, é um estilo. Os vínculos devem acontecer a semana toda.
v Não é interessante ter grupos grandes sem vidas transformadas! A qualidade deve preceder a quantidade. Boa quantidade sempre dá lugar à multiplicação.
ESTABELEÇA ALVOS
v Se você está mirando em nada, certamente acertará em cheio!
v Líderes que conhecem o seu alvo multiplicam de uma forma regular e com maior freqüência do que os que não conhecem.
v Espere grandes coisas de Deus e empenhe-se em fazer grandes coisas para Deus.
v Quatro princípios para estabelecer alvos:
1. Estabeleça alvos específicos, direcionados para data, pessoas e números
a serem alcançados;
2. Sonhe com esses alvos, de maneira que passem a fazer parte da sua
vida, impregnem-se em você;
3. Anuncie esses alvos à sua célula, de maneira que todos possam sonhar
planejar e trabalhar juntos em prol das mesmas realizações;
4. Faça os preparativos para alcançar alvos. Quem espera uma grande
colheita, prepara os celeiros; quem aguarda o nascimento de um bebê prepara o berço.
RESOLUÇÃO DE CONFLITOS NA CÉLULA
É inevitável que surjam conflitos. Contudo, o líder deve saber como enfrentá-los, exterminá-los da célula e ao mesmo tempo proteger as pessoas, mantê-las unidas, coesas, curadas das “doenças” que deram origem ao conflito.
Existe uma diferença entre um conflito sadio e um conflito destrutivo numa célula. É um conflito destrutivo é afronta oposição aberta, desejo de anular pó que outros estão fazendo.
QUANDO O CONFLITO É SADIO, NORMALMENTE O ALVO DO CONFLITANTE É
v Ser ouvido pelo grupo ou pela liderança;
v Expressar um ponto de vista;
v Expandir e clarear o entendimento do grupo;
v Promover (cura) pessoal e para o grupo;
v Receber respostas pessoais e ajuda;
v Concluir em unidade, paz e consenso para encorajar o líder.
Um antagonista que traz uma dinâmica errada e doentia para a célula dever ser identificado e confrontado.
COMO AGE UM ANTAGONISTA
v Quer atenção e admiração para si e para suas idéias;
v Provocando separação entre pessoas, muitas vezes com a intenção de criar seu próprio “reinozinho”;
v Provoca a desestabilização do grupo por motivos diversos que somente a cabeça dele mesmo poderá explicar, se ele quiser;
v Tem interesse próprio, que se não for suprido vai fazê-lo continuar antagonizando;
v Ele promove conflito em vez de paz;
v Tenta controlar e manipular os outros, para transformá-los em seus aliados;
v Sente necessidade de mudar os outros, atraí-los para suas idéias ou pretensões;
v Quer sempre ganhar uma discussão, pelo simples prazer de ver os outros perderem ou serem humilhados, e muitas vezes o líder da célula é seu alvo principal – o antagonista quase sempre tem problema com a autoridade;
v Estabelece facções no grupo e apresenta-se ele mesmo como o solucionador dos problemas, como sendo o lado certo da questão;
v Tenta enfraquecer a liderança e a autoridade dos líderes que estão responsáveis.
O QUE O LÍDER DE CÉLULA DEVE FAZER A RESPEITO DE UM ANTAGONISTA?
v Antecipar-se ao antagonista: Se você reconhecer um antagonista antecipadamente, tente não deixar que ele se envolva com sua célula. Uma vez que isso aconteça, haverá muita chance de que você terá problemas.
v Não se acomode com o antagonista: Uma vez que o antagonista se torne parte da célula, não se acomode com a presença dele. Mantenha-se alerta e leve em conta eventuais ações dele que possam ser destrutivas e separatistas.
v Tome ações imediatas: Fale diretamente com ele na hora da afronta ou crítica, e diga: “isto não é apropriado. O que você está dizendo é prejudicial a este grupo. Eu não permitirei que isso aconteça”. De preferência chame-o sozinho, à parte. Se ele persistir e fizer o antagonista publicamente, na célula, depois de advertido, então chame-o à atenção diante de todos.
v Exerça uma liderança forte: Seja forte. Nunca permita que um antagonista ganhe a primeira rodada ou a habilidade de intimidar. Exerça a sua autoridade como líder da célula.
v Proteja o seu grupo: Se necessário, simplesmente peça a ele que não retorne ao grupo. O grupo é mais importante do que uma pessoa! Às vezes é uma pessoa que já tem sua própria igreja; outras vezes, é alguém que já teve várias igrejas e agora não tem nenhuma. Pode ser também alguém que está procurando ovelhas para formar seu próprio rebanho.
v Mostre a maneira apropriada para ele ser curado: Pode ser que ele precise primeiro de aconselhamento e ajuda espiritual, não de falar na célula. Ofereça o discipulado um a um para ele, mostrando-lhe que no discipulado alguém vai poder ouvi-lo mais atentamente e cuidar de suas dúvidas e questionamentos.
v Cuidado para não colocar alguém com pouca maturidade e embasamento bíblico para cuidar do antagonista, senão ele vai enrolá-lo para suas pretensões. Aí você correria o risco de ter dois antagonistas, ao invés de um.
COMO CONFRONTAR COM COMPAIXÃO
A maioria dos pastores são “sentimentalizados”, o que significa que os sentimentos, a dignidade e a aprovação das pessoas tendem pesar muito em seu processo de tomada de decisões.
Quando temos essa natureza “sentimentalizada”, nem sempre é fácil repreender alguém. Alguns até preferem ser repreendidos a repreender. Por quê? Alguns ficam por um longo tempo se perguntando se por acaso aquela pessoa não está certa, temendo cometer o erro de julgar erroneamente, ou tentando enxergar mais de um lado na mesma história.
Outros temem a quebra de relacionamentos. Um bom pastor não gosta de ferir as pessoas. Contudo, deixá-las errar sem ser repreendidas não é amor, é tolerância; é “passar a mão por cima”, como se diz popularmente.
ALGUNS PRINCÍPIOS MUITOS ÚTEIS PARA A REPREENSÃO
v Garanta que a sua repreensão não vai ser mal interpretada;
v Nunca repreenda alguém na hora da raiva; deixe as coisas esfriarem, espere seu estado de espírito estar bem calmo.
v Não repreenda por escrito ou pelo telefone – somente face a face (e, se necessário, com uma testemunha).
v Não destrua a dignidade da outra pessoa, mas ajude-a a crescer. Nós confrontamos para edificar, restaurar; não para humilhar, destruir.
v Faça questão de conhecer a história inteira, não apenas parte dela. Ouça mais de um lado, antes de chamar alguém aos “carretéis”.
v Identifique claramente as implicações do comportamento da pessoa, e faça-a compreender isto.
v Sempre dê à pessoa a oportunidade de reconhecer seus erros e ofereça-lhe a chance de um novo começo.
v Sempre corrija a pessoa em particular, nunca na frente dos outros.
RESTAURAÇÃO DE RELACIONAMENTOS QUEBRADOS DE ACORDO
COM MATEUS 18
Um dos maiores problemas no meio da igreja são conflitos não resolvidos. Outros são problemas resolvidos de maneira errada. Pior ainda são as tentativas falhas de resolver atritos que, ao invés de resolver uma situação, terminam criando outras.
Temos aprendido nesse treinamento sobre a importância da comunhão na vida da igreja. Essa comunhão é ameaçada quando surgem fofocas, disputas, desentendimentos, choques de personalidade e de interesses.
O que devemos fazer quando alguém peca contra nós, provocando tristeza no nosso coração? O que fazer quando há mal entendidos no meio do grupo?
v Somos todos santos e filhos de Deus, mas não somos blindados. Estamos vulneráveis aos ataques do inimigo, razão por que não podemos nos desgrudar de Cristo nem dos nossos irmãos.
v O fato de sermos “irmãos” (v. 15), não nos isenta da possibilidade de enfrentarmos divergências nos relacionamentos da família da fé, pois a irmandade não elimina a nossa individualidade.
v Temos diferenças de criação, formação, visão, doutrina, teologia, liturgia, estratégia e outras que, sem desejarmos, colocam-nos na situação de ofendidos ou ofensores para com alguns de nossos irmãos.
v É lindo como Jesus ensina e demonstra que o ofendido é responsável pelo ofensor (v. 15), pois todo pecado é uma doença que precisa ser tratada de maneira ágil e positiva.
v Cada situação relacional em que um irmão de forma definida peca contra nós indivíduos ou nós igreja é, na verdade, uma convocação feita por Deus para que, em amor, responsabilizemo-nos pelo tratamento do irmão.
v Este é uma dos maiores desafios da comunhão no Reino de Deus: o ofendido é o terapeuta separado por Deus para a cura do ofensor!
v De acordo com Mateus 18:15-17, a restauração do relacionamento deve ser um processo constante e equilibrado, gradual, dando tempo e oportunidade para que o ofensor caia em si e se arrependa.
v Uma vez estabelecido claramente qual foi o pecado, o primeiro passo a ser dado é o da confrontação pessoal (v. 15): Jesus ensina que é necessário “argüir” = “provar, argumentar, repreender, fundamentar, esclarecer, demonstrar” num contexto de descrição, procurando evitar a exposição pública do ofensor.
v Se o resultado não for satisfatório o passo seguinte é o da confrontação representativa comunitária formal (v. 16): ainda num contexto de transparência e privacidade, devemos buscar auxílio de testemunhas, ou seja, terapeutas auxiliares que nos ajudarão no esforço de cura do irmão ofensor.
v Persistindo a resistência em admitir culpa, a situação exige uma confrontação comunitária formal (v. 17a): O ofendido deve informar oficial e amorosamente a liderança maior da igreja para que esta, de maneira ágil e sábia, assuma a responsabilidade terapêutica de tratamento do irmão em pecado.
v Paulo, instruindo seu discípulo Timóteo, mostra como confrontar corretamente, segundo este princípio: “Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e sim deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente, disciplinando com mansidão os que se opõem, na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade, mas também o retorno à sensatez, livrando-se eles dos laços do diabo...” (II Timóteo 2:24-26).
v O versículo 17 de Mateus mostra que, infelizmente, nem todo processo de restauração produz o resultado almejado, pois Jesus lembra que é real a possibilidade do ofensor “recusar” a mudança.
v Diante da recusa definitiva do ofensor, a igreja como comunidade terapêutica autorizada por Deus deve considerá-lo como “gentio e publicano”, ou seja, deve aplicar a ele uma disciplina firme e forte.
v Depois de haver feito tudo, devemos agir em fé, sem qualquer sentimento de culpa, na expectativa de que pela dor da disciplina haja o retorno à santidade perdida.
v Mesmo disciplinando os insubmissos, devemos ter aquela fé e aquela expectativa ensinada pelo escritor de Hebreus:
“Além do que, tivemos nossos pais segundo a carne, para nos corrigirem, e nós os reverenciamos; não nos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, para vivermos?
Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade. E, na verdade, toda a correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas depois produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela” (Hb12:9-11).
v Uma vez conseguida a restauração relacional, aperfeiçoa-se a unidade da comunidade (v. 18-20), e assim os vínculos de amor e confiança se restabelecem.
v Não existe comunidade sem diversidade, nem diversidade sem divergência. A confrontação deve ser feita na certeza de que é possível construir uma convergência em Deus que proporciona unidade para ligar (v. 18) e unidade para acordar (v. 19).
v A autoridade para “acordar” mencionada acima deve estar associada a uma espiritualidade que nos impulsiona a estabelecer parcerias de oração (“acordos”) sobre dificuldades relacionais específicas as quais cremos sinceramente que o Pai é capaz de sanar.
v A prática correta da confrontação produz a unidade necessária para que a célula inteira experimente a presença de Jesus (v. 20). Quando construímos e vivenciamos este acordo terapêutico pela oração, Jesus assegura a Sua presença em nosso meio.
v A experiência cristã evidencia que, muitas vezes, não temos nenhum controle sobre o que fazem conosco, mas temos o controle sobre como reagiremos ao que nos foi feito.
v Precisamos buscar diligentemente a comunhão da célula e da igreja, e só podemos fazê-lo percorrendo o caminho que vai da tristeza da ofensa para a experiência da plenitude da presença restauradora de Jesus.
Lição Sete: PERFIL E MODELOS DE UMA REUNIÃO DE CÉLULA
A célula pode ter quantas reuniões os seus membros puderem participar e concordarem em ter. A idéia geral é de que a célula reúna-se apenas uma vez por semana, no dia da reunião maior e oficial daquele grupo. Mas isto não reflete muito o perfil de uma célula saudável e florescente.
Uma célula saudável tem “muitas” reuniões. Cada vez que os membros se encontram, cada vez que fazem alguma atividade juntos, ali temos uma reunião. Não é preciso que se crie uma agenda rígida e cansativa. O importante é que a célula não fique presa apenas à reunião oficial. Outros ajuntamentos são extremamente importantes para manter a unidade e a motivação em alta.
EXEMPLOS DE OUTRAS REUNIÕES DA CÉLULA
v Reunião de oração semanal, na casa do anfitrião ou na casa de outro irmão. Ali eles oram uns pelos outros, pela liderança, pelos familiares, pelos amigos não crentes, pelos alvos pessoais e coletivos, pela multiplicação, etc.;
v Encontro para um café da manhã ou para um café da tarde na casa de qualquer dos membros ou até mesmo num local neutro, como um restaurante,shopping ou lanchonete;
v Encontro das mulheres da célula para irem ao supermercado, ao cabeleireiro, a um aniversário, ou fazerem qualquer atividade juntas;
v Encontro das mulheres para fazerem uma visita a alguém seja alguém da célula, uma parenta ou amiga de alguém que precisa de atenção e cuidado;
v Encontros para visitar alguém no hospital, uma mulher que acabou de ter bebê, alguém se recuperando de cirurgia, etc.;
v Encontro dos homens para uma atividade esportiva, um churrasquinho ou qualquer outra atividade que seja do interesse de todos;
v Todos sentando juntos na igreja, durante o culto de celebração, como uma maneira de se manterem continuarem aquela comunhão gostosa que eles têm na célula.
RECOMENDAÇÕES PARA A REUNIÃO PRINCIPAL DA CÉLULA
v Na reunião principal da célula, deve prevalecer a liberdade e a espontaneidade. Assim, não podemos fixar padrões rígidos para a reunião, pois é necessário seguir a direção do Espírito Santo. Ele, como vento, não pode ficar preso a um sistema de padrões;
v Haverá reuniões principais que o Espírito conduzirá para que a ênfase esteja no louvor, outras no ensino, na comunhão, numa profunda adoração e busca do Espírito Santo.
v Algumas vezes a forte ênfase da reunião será a oração por libertação e cura, e em outras será a oração intercessória;
v O importante é que todos aprendam a ser sensíveis e não anulem a vontade do Espírito. Portanto, a regra é que não há regras. Cada líder de célula deve procurar ouvir de Deus para cada reunião e obedecer. No entanto, é importante termos uma direção preestabelecida para que possamos nos guiar;
v É bom que o líder de célula e os auxiliares cheguem algum tempo antes da reunião para terem um período juntos de oração e garantir que o local está preparado para a reunião. Isso sem dúvida ajudará na atmosfera da reunião;
v Normalmente o líder de célula deve começar ou pedir para um dos auxiliares comece a reunião, com um tempo de oração. Nesse tempo, não deve haver pressa nem religiosidade, com o ministrador procurando envolver os irmãos e criando um ambiente descontraído;
v A oração deve ser de acordo com o ambiente do grupo. Se o ambiente estiver propício para a guerra, faça oração de guerra; se o ambiente for propício para ações de graças, faça orações de ações de graças; se a célula estiver indiferente, leve os irmãos a se envolverem orando de dois em dois, uns pelos outros;
v Outra maneira de começar a reunião é ler um trecho da bíblia e levar os irmãos a confessarem a Palavra em voz alta. Outra maneira é começar aclamando ao Senhor com gritos de exaltação, proclamando quem Deus é, e expressando nosso amor por Ele.
v Valorizem o tempo de louvor e adoração. O Espírito Somente fluirá num ambiente onde há louvor e adoração. É nessa atmosfera que Deus produz arrependimento, consagração, perdão, contrição, reconciliação, cura e libertação. É também num ambiente de adoração que a Palavra de Deus é liberada com revelação;
v A pessoa que dirige o louvor não deve ser uma pessoa superficial, mas intensa no Senhor e com realidade de vida. Estimule as expressões físicas de louvor, como palmas, danças, brados, ajoelhar-se, erguer as mãos, mas sem forçar ninguém a isso;
v Se o louvor estiver amarrado ou desafinado, é melhor parar tudo, orar ou fazer outra coisa, mas não continuem o louvor em um ambiente oprimido;
v Antes de começar a facilitação do estudo, é bom dar as boas vindas aos visitantes, apresentando-os pelo nome ao grupo, mencionando a pessoa que os convidou. Seja simpático, deixe-os sentirem-se à vontade;
v O líder de célula deve evitar cair no erro de repregar a mensagem e falar demais. Seu papel nesta hora é levar os irmãos a falarem, procurando sempre envolver os mais calados, dirigindo perguntas especificamente a eles ou pedindo para ler um trecho bíblico;
v A folha que contém o estudo baseado na mensagem do último domingo é normalmente repassada aos líderes de célula no TADEL. O líder deve pedir ao auxiliar principal de vez em quando conduzir o estudo, como parte prática do treinamento.
FORMATOS SUGERIDOS PARA UMA REUNIÃO EFICIENTE DE
CÉLULAS NA VISÃO DO MDA
FORMATOS SUGERIDOS PARA DIFERENTES REUNIÕES
Estes formatos passarão em breve por ma reformulação geral. Estão aqui a título de exemplo. |
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Primeiro Modelo de Adultos:
1. Ler um versículo dos Salmos, ou outra porção inspirativa e logo após oração – 5 minutos;
2. Louvor e adoração (pode ser com CD) – 10 minutos;
3. Descontração e testemunho 7minutos;
4. Palavra – 25 minutos;
5. Passar a visão – 5 minutos;
6. Avisos sobre o culto de celebração e TADEL, oração final,oração de bênção e oração pelas doações da “marcha do alimento” – 8 minutos. _________________________
Tempo total 60 minutos
8. Comunhão (com comes e bebes). |
Segundo Modelo de Adultos
1. Descontração – 3 minutos;
2. Louvor e adoração – 12 minutos
3. Oração pelas necessidades – 5 minutos;
4. Testemunho – 3 minutos;
5. Palavra – 20 minutos;
6. Passar a visão – 7 minutos;
7. Conclusão e oração final – 3 minutos; __________________________
Tempo total 53 minutos
9. Comunhão (com comes e bebes).
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Estas não são formulas rígidas, mas modelos sugestivos de como utilizar bem o tempo que temos para fazer uma reunião dinâmica e produtiva. A ordem não tem que ser necessariamente esta. É possível deixar o louvor mais para o final, depois da mensagem.
Só não é muito recomendável começar pelos comes e bebes. A parte da comida está colocada estrategicamente no final para encorajar o compartilhamento entre os membros e uma maior aproximação com visitantes e não crentes.
Não é o fim do mundo se um ou outro desses elementos tomarem um pouco mais de tempo. O líder e seus auxiliares sempre podem flexibilizar e manter controle do tempo e do desenvolvimento do “roteiro”.
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FORMATOS SUGERIDOS PARA DIFERENTES REUNIÕES
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Terceiro Modelo de Adultos:
Enquanto os irmãos estão chegando,efetuar a entrega do correio. Este “correio” é composto de cartinhas ou cartões de incentivo e entusiasmo para aqueles irmãos ou para aqueles que precisam de alguma congratulação e apoio.
1. Oração inicial e marcha contra o desânimo, as enfermidades, etc. 5 minutos; 2. Adoração – 8 minutos; 3. Avisos sobre o culto de celebração, TADEL, e outros eventos importantes: 5 minutos 4. Testemunhos – 5 minutos 5. Passar a Visão – 5 minutos 6. Palavra – 18 minutos 7. Oração de desafio – 5 minutos 8. Oração pelas necessidades – 3 minutos 9. Oração pelos “Natanaéis 3” – 3 minutos _________________________________
Tempo total 57 minutos
10. COMUNHÃO
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OBSERVAÇÕES GERAIS APLICÁVEIS PARA TODOS OS MODELOS:
§ Considerar a realização de uma reunião de planejamento, para definir como será a próxima reunião; § No momento de passar a visão, pode ser feita a “VISÃO RESPONSIVA”:
P. Qual o nome mais doce do universo? R. Jesus! P. Qual o segundo nome mais importante para nós? R. Família! P. Quais as três letras que estão revolucionando o mundo? R. MDA! P. Qual a palavra que já está em todos os cantos de Araçatuba? R. Células P. Qual a nossa paixão? R. Almas! P Em tudo isso nós vamos ter o quê? R. Sucesso! P. Por quê? R. ISTO É SÓ O COMEÇO!
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§ Em toda reunião da célula deve-se falar a respeito da multiplicação, e enfatizar que todos os membros são auxiliares.
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Se alguma coisa tiver que ser longa na reunião da célula, que seja a comunhão, ao final. Nesse momento, sirvam qualquer lanche imediatamente após a oração final. Dessa maneira, quem precisar sair mais cedo não ficará constrangido.
Os líderes e os anfitriões devem ser bastante solícitos e atenciosos neste momento, de tal maneira que todos sintam-se em casa, à vontade e com desejo de retornar.
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FORMATOS SUGERIDOS PARA DIFERENTES REUNIÕES
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Modelo para Reunião de Jovens
1. Dinâmica jovem (Ex. berlinda, gincana, desafio bíblico, entrevista, testemunho, dança, drama, etc.) – 10 minutos;
2. Louvor e adoração – 12 minutos;
3. Compartilhar a Palavra – 15 minutos;
4. Avisos do culto de celebração, TADEL e eventos – 3 minutos;
5. Compartilhar a visão (multiplicação através da rede) 5 minutos
6. Oração de conquista, oração pelos “Natanaéis”, e concluir com uma declaração de fé – 10 minutos
___________________________ Tempo total 55 minutos
8. COMUNHÃO – Obs.: 40% da comunhão acontece na célula, e 60% acontece fora dela (isto inclui manhãs alegres, esportes, retiros, excursões, trilhas, aniversários, etc.).
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Modelo para Reunião de Adolescentes
1. Oração com confissão de fé, passando uma mensagem deincentivo – 5 minutos;
2. Louvor e adoração com coreografias, incentivando-os a aprender danças – 10minutos;
3. Testemunho – Ex.: Dar uma folha em branco no início do grupo para cada pessoa escrever o seu testemunho, que será lido no final da reunião – 7 minutos;
4. Palavra, com recursos audiovisuais e criatividades variadas – 20 minutos;
5. Ler a folha do testemunho e dar ações de graças – 5 minutos;
6. Oração pelos enfermos, pelos Natanaéis e pelos alimentos da “Marcha”, e ações de graças – 8 minutos; ___________________________ Total geral 55 minutos
8. COMUNHÃO.
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Lembre-se que adolescentes e jovens precisam de mais movimento, mais estímulo visual. São eles que estão constantemente expostos à mídia, à televisão, ao cinema, aos vídeos-games e à internet. Por isso não podemos apresentar-lhes somente mensagens verbais, sem dinamismo, recursos visuais, brincadeiras e interatividade.
Artes manuais, desenhos, filmes e jogos educativos são ferramentas e recursos que darão bons resultados, se forem empregados em consonância com os estudos e objetivos da célula.
Distribua tarefas, peça que eles mesmos se encarreguem de procurar e trazer para a reunião sugestões e atividades criativas, as quais enriquecerão os estudos e produzirão dinamismo e graça.
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FORMATOS SUGERIDOS PARA DIFERENTES REUNIÕES
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Modelo para Crianças de 0 a 8 anos
1. Louvor e adoração (que pode ser com CD’s infantis) – 10 minutos;
2. Brincadeiras – 10 minutos;
3. Historinha Bíblica (logo após a historinha, é bom as crianças colorirem personagens da respectiva história) – 15 minutos;
4. Passar a visão (data da multiplicação e convidar amiguinhos) – 5 minutos;
5. Orações pelos problemas das crianças e pelos alimentos da “Marcha do Alimento” – 5 minutos
___________________________ Tempo total 45 minutos
7. Muita Comunhão.
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Modelo para Crianças de 7 a 12 anos
1. Louvor e adoração com coreografias e danças – 10 minutos;
2. Atividades Bíblicas (perguntas e respostas, gincanas, etc.) – 10 minutos;
3. Mensagem (baseada na história contada no culto das crianças do domingo, que pode ser ilustrada e participativa) – 15 minutos
4. Oração pelos alimentos trazidos na “Marcha” – 5 minutos;
5. Passar a visão sobre CC, TADEL, ganhar os amiguinhos, dar bom testemunho, ser obediente aos pais, multiplicação, etc. – 6 minutos;
6. Oração por cada criança e pelas famílias – 5 minutos;
__________________________ Tempo total 50 minutos
8. COMUNHÃO
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No caso da Igreja da Paz, existe um Ministério Infantil que realiza o Culto das Crianças todos os domingos. Lá as professores repassam lições, fazem atividades estimulam a participação de todos.
As células infantis também fazem proveito de dinâmica e dos materiais que são utilizados aos domingos, de forma que se mantém uma qualidade boa e unificada.
Dependendo da idade das crianças, varie e adapte essas sugestões de acordo com seu caso específico. É sempre bom procurar ajuda e apoio dos obreiros e líderes do Ministério Infantil, pois eles têm recursos e sugestões maravilhosas.
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A CONSOLIDAÇÃO FEITA NA CÉLULA
“...foram batizados os que de bom grado receberam a Sua palavra” (Atos 2:41)
v Todos os membros da célula devem estar engajados na tarefa de convidar e influenciar pessoas. Esses são passos que levam a uma conversão profunda e genuína.
v Sendo a conversão algo muito íntimo e pessoal, o melhor espaço para tal é um ambiente amigável e acolhedor, e nesse sentido a célula desempenha um papel fundamental. Ato contínuo deve ocorrer a integração da pessoa na vida dessa célula.
v É muito difícil integrar na família quem ainda não nasceu. Um casal está esperando um nenê. Fazem os exames médicos que o sexo do feto esperado é menino. O casal escolhe o nome, faz todos os preparativos. O casal brinca falando do filho como se já fizesse parte da família. Mas mesmo com toda essa atitude de boa aceitação, o filho não pode ser integrado na família antes de nascer.
v O alvo da evangelização é fazer discípulos. Muitas pessoas, pela nossa experiência, não são ganhas para Cristo na igreja, mas no ambiente da célula.
v Muitos, quando vão à igreja pela primeira vez, já foram três, quatro ou mais vezes na reunião da célula, grupos de evangelismo ou qualquer outro evento promovido pelos irmãos.
v Assim, quando alguém se converte na célula, podemos e devemos começar a consolidá-lo ali mesmo. Os irmãos que trabalham no Acolhimento e na Consolidação da igreja, com toda a experiência que já acumulam dos cultos de celebração, podem fazer isso muito bem. Mas não só eles. Todos os membros da célula devem estar aptos a realizar essa tarefa, em todo e qualquer lugar.
v O alvo desta fase de evangelização, consolidação, é o crescimento ou odesenvolvimento dos discípulos. Por isso uma consolidação firme é também baseada numa evangelização firme. Se a pessoa foi à célula, é porque o processo de evangelização já está surtindo efeito.
PASSOS FUNDAMENTAIS PARA A CONSOLIDAÇÃO NA CÉLULA
v Iniciar o apelo com amor e cuidado, sem insistir muito com as pessoas, deixando-as à vontade, mas apontando claramente a importância de tomar uma séria decisão por Cristo;
v Lembrar-se que muitos estão tendo o primeiro contato com Evangelho, e nós queremos que eles voltem, por isso o apelo na célula não pode ser feito com todos os ingredientes com que é feito na igreja: nem demorado, nem direto demais: “Você, Maria da Dores, não quer entregar sua vida a Jesus agora?” A não ser que o líder tenha uma profunda convicção do Espírito Santo que deve fazer desse jeito;
v Aconselhar a pessoa nos mesmos moldes da consolidação feita na igreja, explicando-lhe os passos essenciais da decisão de seguir a Cristo e de como caminhar Nele daqui para frente;
v Fazer a pessoa repetir a oração de confissão de aceitar a Cristo como seu Senhor e Salvador;
v Os demais membros da célula devem abraçar e felicitar o novo decidido pela escolha feita de seguir a Jesus;
v Anotar dados como endereço, telefone, melhor horário para encontrá-lo em casa, etc.;
v Convidar o novo decidido a ir à igreja na próxima reunião de celebração e, quando ele for, o conselheiro que o ajudou na célula, ou líder da célula, deve sentar-se perto dele no culto, e levá-lo a confirmar publicamente a decisão jáfeita na célula;
v De preferência, o conselheiro deve oferecer para ir junto com o novo decidido para a igreja, seja no carro de qualquer um deles, seja de ônibus, metrô, a pé, etc. – como for mais conveniente, dependendo da região onde moram;
v Não tem problema se o novo decidido passar outra vez pela orientação feita na consolidação da igreja; ele ou a pessoa que o acompanhar deve explicar que ele já tem uma célula: assim ele não será “pescado” por outras células ou redes.
Obs.: Esses mesmos passos servem para pessoas ganhas no Evangelismo pessoal, no local de trabalho ou estudo, etc...
ENVELOPE E RELATÓRIO DA CÉLULA
A célula, tal qual a igreja, é um organismo vivo, dinâmico, crescente. Por isso ela precisa de constante acompanhamento, monitoramento e cuidados, como temos estudado ao longo desta manual.
Dizemos que a célula é a igreja no lar. No templo, a vida da igreja flui espontaneamente, e todas as funções do corpo são desenvolvidas. No lar não pode ser diferente. Ali, toda a vida da igreja deve tomar forma. Na célula oramos pelos enfermos, confortamos os desanimados, ministramos a Santa Ceia, evangelizamos, adoramos.
A célula também deve prestar contas de suas atividades para os supervisores e para a igreja. Para tanto usamos um sistema simples de relatórios em forma de envelope, o qual nos fornece todas as informações básicas necessárias para um acompanhamento semanal equilibrado. Quando queremos dados minuciosos, passamos um formulário mais detalhado. Contudo, esse detalhamento só é feito de maneira ocasional, para não sobrecarregar os líderes com informações que não precisam se fornecidas toda semana.
O monitoramento semanal das células é feito pelo preenchimento do envelope relatório. Esse envelope cumpre uma dupla função, como veremos a seguir.
FUNÇÃO ESTATÍSTICA DO ENVELOPE
v Toda célula tem um número de membros compromissados. Com isso não queremos dizer as pessoa que já se batizaram nas águas ou fizerem as classes de treinamento da Escola Ministerial Paz – EMP.
v Os membros compromissados da célula são todos aqueles que congregam fielmente na célula, já tomaram a decisão de seguir a Jesus e estão sintonizados em comunhão e compromisso com os outros membros. O líder da célula e os demais auxiliares devem garantir que cada membro seja discipulado dentro da própria célula, e que também freqüente o culto de celebração aos domingos.
v Pode parecer heresia, mas é possível alguém ser membro fiel da célula e ainda não ser membro da igreja ou até mesmo salvo. “E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo” (Romanos 10:17). Essa exposição à Palavra produz a fé salvadora, mas antes já existe comunhão, amizade, familiaridade com os demais irmãos membros daquele grupo.
v Portanto, ao preencher o número de membros compromissados, tenha em mente aqueles que são assíduos e identificados com a célula, comprometidos com sua funções e com os demais irmãos.
v Preencha também o número de visitantes. Normalmente uma pessoa só é visitante até três ou quatro vezes. Depois disso, veja com carinho se ela já não se enquadra na categoria de “membros não convertidos”.
v Quando você perceber que um visitante está madurinho, já participa da ministração do estudo, seja perguntando seja respondendo, pode ser o tempo de fazer um apelo bem feito visando pescá-lo. Às vezes a pessoa está pronta oferecendo-se para ser crente, mas ninguém entende. É preciso saber puxar as redes na hora certa.
v E as crianças de 0 a 12 anos? Se forem poucas crianças, filhos dos membros da célula, e se a célula não tiver uma programação fixa e definida para elas (com líder próprio), então não conte esse grupinho com uma célula autônoma.
v É muito comum as células apenas separarem as crianças dos adultos, e uma pessoa jovem ou adulta ajudar a cuidar delas. Normalmente há revezamento, para que a mesma pessoa não fique perdendo a reunião principal toda semana.
v Se for o caso acima, preencha o número de crianças no envelope. Mesmo que seja uma criança visitante, preencha neste campo de crianças de 0 a 12 anos, pois o campo de visitante é para ser preenchido por visitantes de 13 anos acima.
v Existem muitas casas onde duas células se reúnem. Além da reunião principal, há uma célula infantil em outro espaço da residência. Para ser célula autônoma de crianças é preciso que tenha regularidade, programação definida, material próprio, crianças assíduas freqüentadoras e um líder definido.
v O líder da célula de crianças não pode ser membro de uma célula de adultosque se reúna no mesmo dia e local. É recomendável que ele/ela tenha outracélula (em dia diferente) de sua idade onde poderá congregar.
v Ao preencher o envelope de uma célula de crianças, preencha o primeiro campo (membros compromissados presentes) apenas com o líder, ou líderes, se houver mais de um, e se ele tiver mais de 12 anos.
v Há casos de líderes de células com 10 ou 11 anos, mas nesses casos é preciso ter sempre um adulto presente, normalmente um dos pais, um irmão mais velho ou outro parente desse líder mirim.
v O total de presentes são todas as pessoas presentes na célula naquela reunião específica. Membros, crianças e visitantes são somados aqui. Se tiveram pastor ou supervisor da igreja na reunião, coloque-o como visitante.Qualquer outro irmão da igreja que estiver presente será somado como visitante.
v Muita atenção para o preenchimento do número dos MDAs. O número de MDAs de uma célula é composto pela quantidade de pessoas que são discipuladas pelo líder e pelos membros da célula, mesmo que não congreguem naquela célula específica.
v Um exemplo bem simples de contagem do MDAs é quando o líder da célula é discipulado por alguém que não congrega com ele. Nesse caso, ele não é contado como MDA na sua própria célula, mas sim naquela onde congrega o seu discipulador.
v Se o líder da célula discípula uma ou mais pessoas de outras células (normalmente do mesmo setor), essas pessoas serão contadas como MDA saqui onde está o discipulador. Por isso é possível ter uma célula com 10 membros e 18 MDAs. Assim como é possível ter uma célula com 10 membros comprometidos, todos sendo discipulados, e ter somente 6 MDAs. Pode ser que alguns são discipulados por pessoas de outras células.
v Todos os supervisores e pastores precisam ter uma célula onde são contados como membros. Como precisem supervisionar muitas células, eles são justificados nas suas muitas faltas em suas células. Os pastores, devido às suas muitas ocupações, só ocasionalmente participam de suas células, mas reúnem-se semanalmente numa célula chamada GD, com seus líderes.
v Quando o supervisor de setor ainda tem poucas células, ou quando elas acontecem em dias diferentes da semana, fica mais fácil para ele freqüentar a sua própria célula, até mesmo numa base semanal.
v Na célula onde os pastores e supervisores congregam, ali são contados todos os seus MDAs, o que normalmente fará que aquela célula tenha um número de MDAs bem maior que o número de membros.
v Os campos dos MDAs é para ser preenchido não pelos MDAs presentes na reunião, mas pelo número de MDAs que efetivamente existem. Quando alguém está ausente da reunião, ela não é contado como membro compromissado presente no envelope, mas é contado com MDA, se estiver sendo discipulado.
v As ofertas e o relatório das células (os dois em um só envelope, para facilitar a vida de todo mundo), devem ser entregues para o supervisor de células.
Dêem, e lhes será dado: uma boa medida, calcada, sacudida e transbordante será dada a vocês. Pois a medida que usarem também será usado para medir vocês” (Lc 6:38).
Lição Oito: O CAMINHO DA MULTIPLICAÇÃO CELULAR SEGUNDOJESUS E O MDA
Mateus 28:18-20 é o resumo mais conciso da vida de Cristo aqui na terra. Nossa obrigação é estudar a vida de Cristo e perpetuar s Sua missão de vida. Está bem claro na Bíblia que a vida de Cristo demonstrou que seu propósito era criar um movimento de multiplicação que pudesse resultar no cumprimento da Grande Comissão.
Jesus disse: “Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo” (João 17:18; 20:21). O desejo de Jesus é que nós continuemos a fazer exatamente o que Ele fez. O livro de Atos registra como o movimento de multiplicação que Jesus começou alcançou todo o mundo conhecido. O cumprimento de Mateus 28 é simples: fazer o que Jesus fez. Jesus deu só um mandamento em Mateus 28: “fazer discípulos”. Como? Indo, batizando e ensinando a obedecer.
v Ir reflete a prioridade que Jesus demonstrou quando entrou em nosso mundo para converter-se em um “amigo de pecadores” (Mateus 11:19).
v Batizar reflete Sua prioridade de consolidar aqueles novos crentes na obra de Cristo e então no corpo de Cristo.
v Ensina a obedecer reflete Sua prioridade de treinar os trabalhadores que queriam uma relação mais profunda com Cristo. Existem três prioridades equilibradas no mandamento da Grande Comissão: buscar os perdidos, edificar os crentes e treinar os trabalhadores. O resultado da aplicação destas prioridades numa vida é um movimento de multiplicação que continua até hoje.
A PRIORIDADE DA MULTIPLICAÇÃO
Robert Coleman diz o seguinte: “A prova de qualquer vida cristã é a multiplicação dessa vida em outros”. Da mesma forma, a prova do sucesso de qualquer ministério cristão é a multiplicação desse ministério na vida de outros.
Produzir fruto é mencionado mais de 50 vezes no Novo Testamento. Nas Escrituras, a fidelidade era atribuída à produção de frutos, a qual se associava à multiplicação. Um exemplo disso é a Parábola dos Talentos.
EM QUE TEMOS FALHADO?
No corpo global de Cristo dos dias de hoje é raro encontrarmos verdadeiros ministérios de “multiplicação”. Muitos crescem mediante a adição, e algumas igrejas permanecem no mesmo nível, com a assistência até mesmo diminuindo em outras áreas.
85% de mais de 350.000 igrejas nos Estados Unidos estão diminuindo em freqüência ou se mantém com a mesma quantidade de membros. 2/3 das igrejas estão crescendo porque as pessoas vêm de igrejas que estão mortas ou morrendo. Menos de 3% das igrejas nos Estados Unidos estão crescendo ou aumentando o número de novos convertidos.
No Brasil, milhares ou até milhões se convertem todos os anos. As igrejas até que se enchem, mas falta um acompanhamento consistente, um discipulado sério. Por conta disso temos muitas igrejas frágeis, superficiais e sincréticas.
Jesus enfatizou com igual valor a evangelização e o discipulado. Falhamos quando enfatizamos somente um e não os dois. Ambos são inseparáveis.
O QUE FEZ JESUS?
Jesus tinha, cronologicamente, uma estratégia definida para criar um movimento de multiplicação: buscar os perdidos, edificar os crentes e treinar os trabalhadores. Simples, mas revolucionário.
v Ele se preparou apropriadamente
Jesus passou os primeiros 30 anos sendo treinado para o ministério que Seu pai tinha para Ele. Ele cresceu “em sabedoria, estatura e graça diante de Deus e diante dos homens” (Lucas 2:52). Ele treinou pelo exemplo.
De acordo com João 17, a obra de Cristo consiste em fazer discípulos fazedores de discípulos em cada nação, os quais podem criar e sustentar este movimento de multiplicação em todo o mundo.
v Ele estabeleceu a base apropriada
A primeira parte de Seu ministério foi estabelecer o fundamento para um movimento de multiplicação futuro.
A primeira metade do ministério de Jesus aconteceu no deserto da Judéia. Naquele período Jesus fez só dois milagres específicos que estão registrados, desafiou cinco indivíduos a seguir-lhe, e principalmente passou tempo com Seus seguidores originais.
QUATRO DISCIPLINAS MUITO CLARAS SE DESTACAM
NA VIDA E NO MINISTÉRIO DE CRISTO
w Forte disciplina da oração – 45 vezes na Bíblia vemos que Jesus vai orar. Seu ministério começou com 40 dias de oração, e terminou com oração.
w A disciplina da Palavra foi central em toda a vida e ministério de Jesus. Mais de 90 vezes Cristo citou o Antigo Testamento, referindo-se a 70 diferentes capítulos dessa parte da Bíblia.
w A disciplina de lembrar tudo o que Seu Pai havia feito e estava fazendo. Jesus era reverentemente submisso ao Seu Pai.
w A disciplina de desenvolver relacionamentos amorosos com Seus discípulos e com as pessoas ao Seu redor.
v Ele treinou uma equipe
Depois do primeiro ano e nove meses de ministério, o ministério de Cristo muda. Ele agora desafia cinco pessoas a ir mais profundo com Ele. Tiago, João, Simão, André e mais tarde Mateus foram desafiados a ser parte da primeira equipe de ministério de Jesus.
Esta equipe inicial ainda não são os doze apóstolos. São trabalhadores, não líderes nesta etapa de suas vidas. Ele viu seus corações e seu potencial para um impacto ministerial futuro. Eles eram mais disponíveis, fiéis, maleáveis e respondiam melhor a Sua liderança.
Nos próximos dois anos, à medida que Cristo faz destes trabalhadores uma prioridade, e também de outros que se foram se unindo a eles, estes trabalhadores aumentaram para mais de setenta.
v Ele os exortou a servir
Depois de selecionar Sua equipe ministerial, Jesus se mudou para Cafarnaum (Mateus 4:13), onde fez mais de 30 milagres e mais de 50 acontecimentos criativos, com indivíduos e multidões. A prioridade de Jesus era capacitar Sua equipe para que se convertesse em pescadores de homens.
v Ele escolheu líderes principiantes
Depois de investir dois anos e meio em Seus seguidores, selecionando uma equipe ministerial principal de discípulos, Jesus agora passa uma noite em oração e escolhe os doze discípulos como Sua equipe de liderança futura. Estes líderes apóstolos foram escolhidos da base de trabalhadores aprovados.
v Ele liberou Seus líderes
Depois de um ano de treinamento com Seus novos líderes, Jesus então lhes transferiu autoridade total. “Eu, pois, vos entrego um reino, como meu pai o entregou a mim” (Lucas 22:28-30).
v Ele continuou a conduzir o processo através do Seu Espírito
A última promessa de Jesus foi que Ele estaria com eles para sempre, até a consumação dos séculos (Mateus 28:20). O Espírito Santo agora era a fonte de “poder do alto” (Lucas 24:49) que continuaria o movimento de multiplicação através da história.
O livro de Atos registra a liderança do Espírito Santo neste movimento. Os discípulos aprenderam a depender plenamente Dele para direção e guia total. Abaixo você encontrará alguns dos atos do Espírito Santo:
§ Atos 1:8: “O Espírito Santo” veio;
§ Atos 1:16: “O Espírito Santo falou”;
§ Atos 2:4: “Foram cheios do Espírito Santos e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem”;
§ Atos 4:25: “Mediante o Espírito Santo... disseste”;
§ Atos 9:31: “Com o consolo do Espírito Santo”;
§ Atos 11:12: “o Espírito me disse”;
§ Atos 11:28: “Deus a entender pelo Espírito”;
§ Atos 13:2: “o Espírito Santo disse: Separai-me a Barnabé e a Saulo”;
§ Atos 13:52: “Os discípulos estavam cheios de gozo e do Espírito Santo”;
§ Atos 15:28: “Pareceu bem ao Espírito Santo e a nós”;
§ Atos 16:7: “O Espírito de Jesus não o permitiu”;
§ Atos 20:23: “O Espírito Santo me dá testemunho”;
§ Atos 20:28: “O Espírito Santo vos colocou como bispos”;
§ Atos 21:4: “Mediante o Espírito eles diziam”.
No decorrer dos anos o movimento de Cristo tem crescido em todos os lugares. Falta saber se nós, líderes em geral, tanto líderes de células como líderes em instâncias maiores, estamos andando como Jesus andou. Será que dependemos do mesmo Espírito Santo e andamos em íntima sujeição a Ele como faziam os irmãos da Igreja Primitiva? Tanto no passado como hoje, o mandamento permanece o mesmo: fazer discípulos de todas as nações!
v À medida que nossas igrejas e ministérios crescem, temos que avaliá-los a partir do ponto de vista de uma Cristologia forte. Estamos fazendo o que Jesus fez?
v Nós e nossa equipe de liderança entendemos claramente a missão e a paixão de fazer discípulos?
v Temos estabelecido um fundamento sólido baseado nas disciplinas de dependência de Deus, a Palavra, a adoração e o companheirismo?
v Estamos identificando e pondo como prioridade uns poucos trabalhadores, que são mais dedicados? Depois chegamos aos outros.
v Estamos apresentando o modelo e ajudando a servir como um estilo de vida?
v Estamos desenvolvendo uma equipe de liderança que claramente vive e supervisiona a missão de fazer discípulos?
v Temos capacitado e enviado esses líderes para multiplicar-se sob a liderança do Espírito Santo?
v Estamos ouvindo bem as direções do Espírito Santo para os próximos passos que devemos dar no ministério das células e no Reino de Deus?
OS AUXILIARES: LÍDERES DE CÉLULAS EM POTENCIAL
Um dos grandes segredos para uma multiplicação bem sucedida é um bom líder de células sendo formado. Como todas as formas de vida natural se reproduzem de acordo com a sua espécie, assim também é em termos espirituais. Bons líderes de célula vão se reproduzir de acordo com a espécie da qual provém, e assim a cadeia de cuidado e crescimento continua avançando.
Como podemos determinar que alguém tem o potencial de se tornar um poderoso líder de célula? Primeiro, pelo discipulado que opera na vida dele, tanto em termos pessoais como ministeriais. Segundo, pelo investimento continuo que os discipuladores e líderes fazem de confiar nele, empurrá-lo em direção a desafios e assessorá-lo nas suas tentativas iniciais de acertar o alvo.
Como características de um poderoso líder de células, podemos seguir um simples acróstico chamado FACES:
v Fiel – Ele é fiel a Jesus, à igreja e à célula?
v Abnegado – Ele dedica tempo sacrificial às pessoas da sua célula?
v Comprometido – Ele tem o alvo claro e definido de buscar o sucesso da célula acima de qualquer projeto pessoal?
v Ensinável – Ele está aberto a feedback/sugestão de outros?
v Servo – Ele coloca os outros em primeiro lugar?
Ao buscar um líder de células, o que procuramos acima de tudo? Não devemos procurar características prontas, habilidades já testadas e aprovadas. Nesse serviço não existe experiência anterior: cada novo crente, cada auxiliar, cada líder que surge é uma planta nova, frutificando pela primeira vez nesta visão, mas com garantias de um crescimento certo, com promessas preciosas de um futuro ministerial aprovado por Deus. E tudo por quê? Porque estão cuidando de vidas, valorizando o bem mais precioso que Jesus tem sobre a terra: Suas ovelhas!
PLANEJANDO A MULTIPLICAÇÃO DA SUA CÉLULA
O que se segue são passos que, se postos em prática, ajudarão a fazer da multiplicação da sua célula um acontecimento saudável e reproduzível. Todos querem multiplicar a sua célula, afinal esse é um dos maiores indicadores de que a vida da célula está acontecendo de acordo com os processos naturais, pois uma célula saudável sempre se multiplica. Como fazer, então? O que precisamos saber, e como fazer aquilo que aprenderemos?
1. Não tenha um alvo percentual para o número de membros da célula
Se você estabelece um alvo de ter 75% dos membros de sua célula envolvidos ativamente no discipulado e freqüentando fielmente a célula toda semana, você estará dizendo com isso que deseja que 25% não estejam em discipulado nem sejam tão fiéis assim.
O correto é desejar que todo mundo esteja envolvido no discipulado e na fidelidade às reuniões, de tal maneira que haja sempre uma progressão normal de crescimento em todas as pessoas que se juntam à sua célula. Concentre-se em promover os benefícios disponíveis em Deus para a vida da célula e confie que Deus vai trazer cada vez mais pessoas comprometidas para a reunião.
2. Cuidado ao estabelecer alvos com relação ao número de células que você
quer alcançar dentro de determinado período de tempo
Do mesmo jeito que os percentuais, devemos ter certeza de que estamos seguindo a direção de Deus ao definir números e quantidades de antemão. Uma nova célula deve surgir sempre que um novo líder esteja pronto e sempre que as pessoas estiverem prontas para este passo. Em alguns casos isto acontece muito rápido, em outros leva mais tempo. Em qualquer caso, não são as pessoas ou o novo líder que devem estar preparados por si só, mas líderes que devem promover uma cultura de amadurecimento preparo e prontidão.
Alvos não são sonhos, desejos fortes de que algo aconteça. Alvos são planos
bem traçados, bem elaborados e regados com muita oração e trabalho!
Quando as pessoas são colocadas em posição de liderança muito cedo, quando ainda não estão prontas para determinadas responsabilidades, e isso pode comprometer os resultados da célula. Pode até atrapalhar a vida pessoal daquele novo líder.
3. O pastor titular deve transformar em prioridade o ensino sobre a importância
das células
Nas igrejas do MDA é quase uma redundância falar desta prioridade. Seja nas ministrações de domingo, seja nos retiros e eventos da igreja, as células e o discipulado sempre são o carro-chefe. O púlpito é o melhor lugar onde se deve transmitir a visão e motivar os membros.
Se nós acreditamos que há base na Palavra para encorajar o florescimento de células fortes e poderosas por toda a cidade, em todas as igrejas, precisamos, então, retransmitir esse ensino com toda energia para a congregação. Se o pastor deixa bem claro que as células são vida de Deus para o seu povo, e que a igreja precisa abraçar com todas as forças esse ministério, então ele verá mais esse desejo reproduzido nos membros, com bastante amadurecimento e participação na visão celular.
4. Encontre maneiras de reconhecer publicamente as células existentes
Antes de tudo, isto faz com que as pessoas que ainda não estão nas células saibam quem são os líderes. Caso alguns ainda não estejam em células, poderão ver quem são os líderes e assim procurar envolver-se nas reuniões.
Em segundo lugar, as pessoas gostam de receber reconhecimento e apreciação pelo seu trabalho. Quando isto é feito em público, estamos lhes dando reconhecimento por algo que eles fazem lá nas casas, nos bairros, longe dos palcos.
Finalmente, esse reconhecimento gera nos outros o desejo de também querer ser líderes, e assim estaremos lançando as bases para que mais pessoas aspirem a ter suas próprias células.
5. Crie um sistema de acompanhamento para os líderes existentes
Desenvolva um sistema de supervisão com aqueles líderes mais experientes, mais dedicados e que já multiplicaram suas células várias vezes. Estando qualificados, e se tiverem tempo, são eles que vão discipular e supervisionar os novos líderes e as novas células. Coloque os novos líderes debaixo destes, levando em conta a afinidade e a origem das novas células surgidas.
À proporção que as células crescem, vão surgindo também novos níveis, novas estruturas, e alguns líderes vão subindo nas posições hierárquicas. No caso da Igreja da Paz, todos os seus pastores hoje em posição de liderança alta, sem exceção, passaram pelo sistema paulatino e gradual da estrutura celular. Ninguém entra pela janela!
6. O líder deve ter um braço direito funcional
Por muitas razões: para compartilhar os fardos, delegação responsabilidades, ajudar na administração do tempo, prestação de contas, etc. os líderes de células, em qualquer dos níveis de liderança ou supervisão, devem ter sempre alguém trabalhando em próxima parceria com eles. Eles devem compartilhar o mesmo coração para com o trabalho das células. Na seqüência, essa pessoa vai poder fazer igual, ou melhor, na construção de sua própria célula, setor, área, distrito, região ou rede.
7. Encoraje as pessoas a freqüentarem as células existentes antes de começarem as novas
Quando as pessoas participam de células vibrantes e saudáveis, elas têm uma noção completa da vida da célula, do coração da igreja local. Isto lhes dará uma identidade grupal, elas falarão mais facilmente a mesma linguagem e reproduzirão os mesmos valores.
Um dos grandes motivos para as pessoas começarem novas células é quando as células originais estão muito grandes, e quando novos líderes já estão formados, prontos para cuidar de parte do rebanho. E devemos lembrar, sempre, que o melhor lugar para encontrar novos líderes é dentro da célula que está em andamento. Não é saudável contar com líderes que “caem de pára-quedas”, ainda que sejam da mesma igreja, rede, distrito ou área.
A boa ave choca seus próprios ovos, não ficando atrás dos filhotes alheios já crescido. Mesmo assim, devemos estar atentos para os casos de adoção espiritual e ministerial, pois eles existem. Só não devemos retirar filhotes do ninho dos outros, quando eles não estão órfãos.
8. Descubra os novos líderes dentro das células já existentes
Onde mais? A melhor pessoa para liderar uma nova célula é alguém que está sendo fiel à célula onde ela freqüenta. Ali ela tem relacionamentos, conhece as pessoas e tem a oportunidade de ministrar aos demais membros. Se a pessoa quer liderar, mas tem um histórico de ausências injustificadas na célula, tem tendência a ficar desanimada, e não está disposta a discipular pessoas e fazer visitas, é bom ficar com um pé atrás e pensar bem antes de colocá-la numa posição de liderança. Baseie a sua escolha em caráter aprovado, não em dons e personalidade carismática.
9. Saiba encontrar e preparar seus novos líderes
Não é bom que os pastores se reúnam para escolher quem serão os novos líderes para as novas células, sem levar em conta a opinião dos líderes que já estão lá, com a “mão na massa”. Em alguns lugares chega a acontecer de uma pessoa ser convidada pelos pastores para liderar uma célula ou setor, e seus líderes mais próximos ou discipuladores nem sequer serem consultados antes, nem informados, depois do fato ter sido consumado. De repente os líderes e supervisores de célula descobrem que pessoas chaves em suas células não estão mais lá, porque foram tiradas para liderar debaixo de outro setor ou local. Isto não é saudável. E graças a Deus isto não pode acontecer nas células MDA.
CONSELHOS PRÁTICOS PARA SELECIONAR E PREPARAR NOVOS LÍDERES
Se a célula é saudável, haverá sempre novas pessoas chegando e novos líderes sendo treinados. Assim, a multiplicação será uma conseqüência natural. Haverá um pipocar continuo de novas células e novos líderes.
Geralmente o melhor momento para a célula se multiplicar é quando as pessoas pedem para que isto aconteça. Mas pode acontecer de as pessoas se amarem tanto, de estar juntas que não queiram se separar por nada. Nesse caso, precisamos gerar neles uma mentalidade de expansão, de alargamento. Em qualquer dos casos, garanta que o Espírito Santo esteja conduzindo o processo!
O próprio Espírito Santo vai conduzir o processo, preparar os líderes e os membros – para saírem e começarem novas células – quando nos rendermos inteiramente a Ele. Ainda assim há alguns princípios práticos que podemos observar.
Se você percebe que há na sua célula algumas pessoas prontas para serem novos líderes, pergunte ao seu discipulador, supervisor ou pastor o que eles pensa. Se ele acha uma boa idéia, comece a investir na pessoa para ser uma dos próximos líderes. Se a pessoa não abraçar a idéia de primeira, não force a barra, vá com calma. Deixe Deus fazer a parte Dele. Se a pessoa demonstrar muito interesse e corresponder ao investimento, comece então o seu treinamento prático. Isto pode ser feito sistematicamente, de várias maneiras.
v Determine um tempo para reunir-se regularmente com a pessoa. Discuta seus planos para a próxima reunião da célula, e mostre-lhe o que você pensa fazer. Pergunte a opinião dela para ver o que ela poderia fazer diferente e explique suas estratégias e alvos para as reuniões.
v Discuta a última reunião, para ouvir a opinião da pessoa sobre o que ela gostou muito e o que poderia ter sido feito diferente. Deixe que ele o ajude a planejar a próxima reunião e as atividade3s da célula para as próximas semanas.
v Encoraje seu auxiliar a orar pelos outros membros todos os dias (considerando-se que o próprio líder já faz isto todos os dias). Garanta que ele esteja em constante contato com seus próprios discípulos e outros membros da célula, para ajudá-los em seu andar cristão, família, trabalho, etc.
v Durante as reuniões da célula, experimente de vez em quando separar o grupo em dois, e deixe que o auxiliar ministre para metade do grupo a mesma coisa que você fará com a outra parte. É claro que ele deve saber desta manobra com antecedência. Mais tarde, na mesma reunião, quando você ajuntar todo o grupo de volta, peça um feed-back informal de como foi a experiência ali “do outro lado”. Pelas respostas você poderá ter uma idéia de como ele se saiu.
v Um dos próximos passos seria deixar o auxiliar planejar toda a reunião da célula e liderar com você presente. Ajude-o, se for necessário, mas deixe que ele seja o líder e os outros saibam disso. Depois, converse com ele sobre o seu desempenho, e dê-lhe conselhos sobre como melhorar, elogiando-o nas coisas que ele foi bem e motivando-o com palavras animadoras.
v Sentindo que à hora é chegada e que os auxiliares estão prontos (depois de muita oração), compartilhe com a célula que a multiplicação já é um processo em construção, e pergunte o que eles acham. Peça que eles orem sobre o assunto. Discuta com o auxiliar principal quem você acha que deveria sair com ele.
v Sendo o momento exato de Deus, mesmo antes que a gente fale as pessoas já estarão sentindo o mesmo nos seus corações, e até já sabem entre elas;quem vai com o novo líder e quem fica com o “antigo”.
v De preferência, não deve ser o líder antigo quem pergunta para as pessoas se elas querem mudar com o novo líder. Os líderes das duas (ou mais células devem combinar entre si e deixar que o novo líder seja aquele a fazer as perguntas. Parece mais natural, e as pessoas não ficarão constrangidas em ter que dar a resposta, seja ela qual for.
v Se ninguém está querendo sair com o novo líder para formar a nova célula, então o processo de preparo para a multiplicação não foi bem feito. Alguma coisa deixou de ser feita, como preparar as pessoas para este momento tão importante. É por isso que um dos fatores indispensáveis nas reuniões de todas as células MDA é passar a visão.
v Se todas as coisas estiverem bem ajustadas, marque a data e prepare o nascimento da nova célula. Façam uma grande festa de multiplicação, tenham muita comida e bebida de crente, muita música e alegria, e despeçamos irmãos da nova célula com oração.
CIRCUNSTÂNCIAS ESPECIAIS
v Se uma pessoa quer mudar de célula, faça questão de averiguar se está tudo certo quanto a isso na célula de onde ela está vindo. A mudança pode ser por motivos de trabalho, distâncias, horários, afinidades etárias ou profissionais, de gênero, etc. Pode ser problemas na outra célula, e nesses casos ela tem que seguir os princípios de Mateus 18.
v O líder anterior deve saber que a pessoa pretende mudar de célula, e deve dar a sua bênção e permissão. Caso ele não dê, e não tenha uma justificativa aceitável para isso, a pessoa deve procurar o líder que está sobre o líder. Mas nunca vá para o próximo nível sem antes ter falado diretamente com a pessoa responsável mais próxima.
v É mais fácil quando a transferência acontece dentro da mesma Rede, Região, Distrito, Área ou Setor, pois aí existe uma identidade, uma cor, e todos terminam se entendendo com mais tranqüilidade.
v Outras vezes a transferência acontece para células de “bandeiras” diferentes (Rede, região, distrito, área, setor), para a cobertura de outra supervisão. Mesmo dentro da mesma igreja, não é tão fácil. Aqui é preciso exercer um forte espírito de amor e quebrantamento, sabendo que o Senhor Jesus é o elo maior que une todos debaixo da mesma graça e propósito.
v O Espírito Santo vai nos ajudar a administrar e combinar a idéia de não perder ninguém com a outra idéia de ser humildes, ceder para os irmãos, dar o primeiro lugar ao outro e considerá-lo superior a nós mesmos. Ele mesmo vai nos ensinar a amar, cuidar, proteger e entregar a ovelha para alguém que vai cuidar igual ou melhor que nós, quando for o caso. Ela permanece no mesmo aprisco, apenas num canto diferente do pasto. Isto significa dentro da mesma igreja, diga-se de passagem!
v Caso alguém peça para mudar de igreja, devemos observar aqui os mesmos princípios de amor e de humilhação – fazendo de tudo, consertando tudo – para que a pessoa fique. Se mesmo assim ela ainda quiser ir, devemos levar o caso aos líderes acima de nós, que saberão o que fazer.
v Se mesmo depois de passar pelo “aperto de amor” dos pastores a pessoa ainda quiser mudar, ele será abençoada, mas a liderança vai crer que um dia ela voltará, se assim for o desejo de Deus. O nosso é!
CONCLUSÃO GERAL
Este material termina por aqui, mas o treinamento continua. As experiências e o aprendizado continuam. Cremos que muitos liderados serão gerados e lançados aos campos, para a glória de Deus e terror do inimigo.
Sabemos que Deus está levantando uma geração nova de líderes em sua igreja, totalmente apaixonada por Jesus e pela sua obra. Homens, mulheres, jovens e crianças totalmente voltados para o cuidado individualizado das vidas, cheios de fé, santidade e obediência a Deus.
Já vemos o povo fazendo bom uso do ministério que está sendo colocado em suas mãos. Já vemos os mestres, os pastores, os evangelistas, os profetas e os apóstolos empenhados corretamente em equipar a igreja toda para fazer a obra de Deus. E vejo esta igreja cumprindo fielmente a sua tarefa.
Vemos famílias curadas, restauradas, expressando a vida de Deus pelo seu comportamento. Vemos os vizinhos, parentes e amigos dos crentes de nossas igrejas sendo atraídos para Cristo sem muitas palavras ou pregação, apenas pelo testemunho dos filhos de Deus.
Vemos milhares e milhares de missionários brasileiros se levantando e indo a todas as nações da terra, implantando poderosas igrejas que refluirão a mesma fé e os mesmos valores. Vemos Deus habitando a sua igreja para reinar com Cristo. Tudo isso através das células, através de líderes de células apaixonados e bem sucedidos. Cheios de Deus, esta geração fará história. Não podemos mais dizer “quem viver verá”, porém “estamos vivendo e vendo” as maravilhas do Senhor.
Cada líder de célula é um pastor, uma ferramenta poderosa na mão de Deus para promover o avanço do Seu Reino aqui na terra. Assim como alguém investiu nele, discipulando-o para ser uma bênção e um sucesso, assim ele fará com outros, numa cadeia incessante de crescimento e reprodução.
Deus nos ajude a cuidar bem das suas ovelhas. Deus nos ajude a negociar bem, até que Ele volte, com os talentos colocados em nossas mãos!.
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